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Início Entre ferro, urânio, lítio e cobre, setor de minério de ferro é apontado como favorito para crescer no ramo da mineração em 2022

Entre ferro, urânio, lítio e cobre, setor de minério de ferro é apontado como favorito para crescer no ramo da mineração em 2022

6 de dezembro de 2021 às 10:11
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Mineração – minério – minério de ferro
Mineração/ Fonte: Jornal Correio

Descubra quais metais são as melhores oportunidades da mineração

Analistas têm a expectativa de que o setor de minério se aproveite do “Ano do Tigre” chinês para crescer. Apesar de 2021 ter sido de muita volatilidade nos ativos de minério, em 2022 o setor deve se desenvolver, mesmo em meio a mais um ano de desafios. Mas, em âmbito global, resta saber quais são as melhores oportunidades de mineração – ferro, urânio, lítio ou cobre?

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Na última quinta-feira, 2 de dezembro, a Ohmresearch reuniu três especialistas do setor, durante o evento Ohmresearch Global Insights 2022, para responder ao questionamento.

Segundo o especialista em commodities e mineração Gilberto Cardoso, o segmento do minério de ferro deve se aproveitar do “Ano do Tigre” chinês, com Olimpíadas de Inverno e as eleições no fim de 2022.

Após um ano de constantes oscilações para o preço do minério de ferro, que chegou a US$ 200 por tonelada em maio, houve estabilidade até julho e queda no segundo semestre, por motivos de suprir demanda e de declínio da produção do minério.

De acordo com o especialista, as Olimpíadas de Inverno e as eleições chinesas devem afetar o minério em 2022.

Gilberto Cardoso destacou ainda que o governo chinês impõe grandes restrições à produção de aço no país, principalmente como forma de tentar mostrar ao mundo um controle do impacto ambiental.

“Estão tentando mostrar para o mundo que eles estão compromissados com as questões ambientais. E essa mão pesada do governo (chinês) reflete no preço das commodities. É por isso que o minério de ferro caiu depois do meio do ano”, explicou.

Mas o especialista acredita que 2022 será positivo para o minério de ferro, principalmente depois das Olimpíadas. O que se espera é que os setores de infraestrutura e manufatura recebam tração e a produção do minério de ferro acelere.

Diante dessa perspectiva, ele destaca duas companhias do segmento: a Vale e a Fortesecure Metals Group (FMG). Para o especialista, a Vale é muito competitiva por ter melhor qualidade de materiais em relação à concorrência, mesmo com os custos de frete.

“Vale e FMG terão performances fantásticas comparando com margens de vendas e com destaque para aspectos ESG. Vão pegar o crescimento de 2022”, considera Gilberto, afirmando que a empresa do Brasil está muito descontada e há um potencial “ótimo” de upside para a estatal.

Mercado de lítio e cobre merecem atenção

O estrategista em ações e analista para América Latina, Ricardo Fernandez, deu dicas sobre os melhores ativos de lítio e de cobre atualmente.

De acordo com ele, para atender ao fim do ciclo do motor a combustão, o lítio, metal muito usado em baterias, deve ter a produção aumentada de 15% a 20% por ano. Isso se deve principalmente à crescente demanda global de automóveis elétricos.

Além disso, o analista recorda que os preços do lítio em 2018, momento em que as empresas de carros elétricos começaram a expandir de forma significativa, quando as empresas de carro elétrico começaram a expandir agressivamente, subiram de US$ 6 mil por tonelada para US$ 15 mil por tonelada.

“Com a pandemia, a produção de lítio paralisou e voltou para a casa dos US$ 5 mil e hoje está cotado a US$ 18 mil por tonelada.”

O estrategista chama a atenção para duas ações do setor: Albemarle (A1LB34) e Sociedad Química y Minera de Chile (SQM ou SOQUIMICH). “Essas empresas podem crescer 20% por ano ao longo dos próximos cinco anos”, projeta ele.

Porém, Ricardo afirma que prefere SOQUIMICH, porque ela negocia em metade do valuation da Albemarle. “A SOQUIMICH é a maior produtora de lítio do mundo e será assim pelos próximos cinco anos. Não são ações baratas, mas estão no olho do furacão em termos da revolução dos carros elétricos”, destaca.

De acordo com o especialista, devido a ampliação dos motores elétricos a procura por cobre vai aumentar globalmente nos próximos anos. Contudo, essa demanda provavelmente será menor que a do lítio.

Afirmou ainda que a China é a principal consumidora de cobre do planeta, utilizando 60% do volume total. Aproximadamente metade disso é para construir residências, fato que pode ser um problema visto que o segmento chinês passa por dificuldades devido a diversos motivos, com destaque para a crise da empresa Evergrande.

Fernandez não acredita que o preço do cobre irá subir muito nos próximos anos, já que isso irá depender da demanda e da velocidade em que as construções residenciais na China diminuirão.

Investimentos no mercado de urânio

O estrategista de crédito corporativo, Martin Tixier, informa que os yellowcakes são muito promissores se pensados em energia sustentável para o futuro. Yellowcakes é um material concentrado de urânio.

A procura por urânio pode crescer de 130% a 150% nos próximos anos, sendo que o consumo anual de urânio já tem crescido em 16% com a finalização da construção de 57 reatores.

Martin destaca a empresa do Cazaquistão KazAtomProm (0ZQ) que é o maior player do planeta em urânio e tem o poder de elevar significativamente sua produção. A companhia tem margem Ebitda de 60% e é 8 vezes mais barata que a Cameco, sua concorrente direta.

“A KazAtomProm poderá aumentar seu lucro em 6,5x ao longo dos próximos 5 anos, em função de custos mais baixos e política de dividendos, por isso está sendo negociada com descontos”, conclui o especialista.

Tixier lembra ainda que muitos países estão colocando urânio na matriz energética e que os preços do metal subiram em 2021 e provavelmente, continuarão crescendo em 2022.

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