Como parte do plano de descarbonização, a Engie consegue realizar a venda da usina termelétrica Jorge Lacerda, em Santa Catarina
Ontem, segunda-feira (30/08), a Engie Brasil assinou contrato para a venda da usina termelétrica Jorge Lacerda à Diamante Holding, controlada da Fram Capital, por até R$ 325 milhões, informou a empresa em fato relevante. O complexo Jorge Lacerda é composto por um conjunto de termelétricas a carvão mineral, com capacidade instalada total de 857 megawatts (MW), localizado em Capivari de Baixo, no estado de Santa Catarina. Confira ainda esta notícia: Em Macaé, a Usina Termelétrica Marlim Azul inicia nova fase de construção com a chegada de novos equipamentos
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Detalhes do contrato da venda da usina termelétrica
Segundo a Engie, R$ 210 milhões serão pagos no fechamento da operação e até R$ 115 milhões estão sujeitos ao cumprimento de determinadas condições previstas contratualmente. A controlada da francesa Engie destacou que a venda do ativo é importante para o processo de descarbonização da companhia.
Segundo o presidente da Engie, Eduardo Sattamini, essa venda permitirá uma transição gradual para a economia da região, reduzindo potenciais impactos socioeconômicos quando comparada a um processo de descontinuidade das operações. Essa possibilidade de descontinuar foi admitida pela empresa em função das dificuldades para vender essas térmicas. Lideranças do Sul do estado de Santa Catarina avaliaram como positiva a evolução da negociação para a venda do complexo. Significa a continuidade do setor carbonífero que gera mais de 20 mil empregos e movimenta diversos setores econômicos na região.
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Plano de descarbonização da Engie
O desinvestimento da usina termelétrica Jorge Lacerda, no estado de Santa Catarina, faz parte do plano de descarbonização da Engie, que visa focar seus negócios em energias renováveis e combustíveis de transição para uma economia de baixo carbono. A empresa busca alternativas para ativos movidos a carvão e usinas termoelétrica são uma delas. Algumas sugestões foram analisadas, mas não foi alcançado um equilíbrio na negociação entre alocação de risco e condições de venda.
A partir daí, a Engie decidiu aprofundar as discussões sobre o futuro do terminal com diversas áreas do governo, associações de classe e sociedade civil. Atualmente, um plano alternativo para venda e desativação de ativos em fases é descrito em detalhes.
Além da unidade em Santa Catarina, a Engie projeta vender usina termelétrica Pampa Sul
A Engie, maior geradora privada do país, decidiu retomar o processo de comercialização da usina termoelétrica Pampa Sul, localizada no município de Candiota, no estado do Rio Grande do Sul. O projeto tem capacidade de 345 megawatts de eletricidade e está em operação comercial desde junho de 2019. A usina, movida a carvão, deixou de fazer parte da estratégia futura da empresa, que deseja descarbonizar seu portfólio até 2025.
Em 2015, a empresa prometeu descarbonizar seu portfólio de produtos até 2025 e, no passado, chegou a anunciar planos de vender suas duas termoelétricas catarinenses, Pampa Sul e Jorge Lacerda. No entanto, a Engie recuou no caso Pampa Sul até que a usina termoelétrica estivesse pronta para operação, com o intuito de reduzir riscos a potenciais interessados.
Usina Termelétrica Pampa Sul da Engie, tem capacidade instalada de 345 MW, sua construção só foi possível graças ao leilão de energia A-5 em Novembro de 2014. Sua construção iniciada no ano seguinte, ficou a cargo da empresa chinesa SDEPCI, que possui vasta experiência em obras com tecnologias de ponta no segmento termelétrico.