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É oficial! Parlamento aprova lei que decreta o fim das vendas de automóveis novos com motores a combustão a gasolina e a diesel

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 10/06/2022 às 11:55
Atualizado em 11/06/2022 às 21:50
Lei - Europa - parlamento europeu - automóveis - motores a combustão - gasolina, diesel
Fim do motor a combustão se aproxima – imagem: Pixabay – Oil and Eletric

Parlamento da Europa aprovou o fim das vendas de carros novos com motores a combustão movidos a gasolina e diesel até 2035

O Parlamento Europeu aprovou nesta quarta-feira (08) a medida que propõe o fim da venda de veículos com motores a combustão movidos a gasolina e a diesel até 2035. Após votadas alterações específicas dentro da proposta para o setor de automóveis, a mesma avançou. De acordo com o relator da proposta, o parlamento chegou a um consenso, com 339 votos a favor, 24 abstenções e 249 contra.

Motores a gasolina e diesel não poderão ser comercializados

A proposta da Comissão Europeia para o setor automotivo tem como objetivo eliminar todas as emissões de CO2 de automóveis de passageiros ou veículos comerciais de grande porte movidos a motores a combustão de gasolina e diesel, ou seja, combustíveis fósseis.

Na prática, isso implica que, a partir de 2035, não será mais possível colocar estes tipos de veículos no mercado da União Europeia. Embora a aprovação da lei ainda não seja definitiva, a votação da quarta-feira (08) confirma a posição do Parlamento para as próximas fases nas negociações que acontecem entre o Conselho da União Europeia, o Parlamento Europeu e a Comissão Europeia.

A aprovação final é sempre do conselho, ou seja, dos 27 Estados-membros. De acordo com Helder Pedro, secretário-geral da Associação Automóvel Portugal (ACAP), à margem da Eletric Summit, as metas que foram a discussão são muito estreitas, afirmando também que os objetivos de eliminação de motores a combustão a gasolina e diesel para 2035 são prematuros.

Na observação de Helder, estes deviam ser discutidos não agora, mas por volta de 2028, quando faltasse apenas 7 anos para o prazo final.

Montadoras se sentem preocupadas com fim dos motores a combustão

Por ora, Helder Pedro vê como essencial o reforço dos incentivos à mobilidade mais sustentável e afirma que, por exemplo, o apoio à aquisição de veículos elétricos em Portugal ainda é inferior ao de outros países, que apresentam o dobro.

Além disso, também observa como essencial um plano a 10 anos para a rede de recarga de carros elétricos. A Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA) saudou na quinta-feira (09) a decisão do Parlamento, e os fabricantes de veículos estão preocupados com o fim dos motores a combustão a gasolina e diesel em 2035.

Para a associação, a redução de 15% nas emissões de CO2 emitidos pelos carros até 2025 e de 55% até a próxima década é vista como extremamente desafiadora e só pode ser alcançada com um aumento massivo do investimento em infraestruturas de carregamento de veículos elétricos, que sirvam de alternativa aos carros a gasolina e gasóleo.

ACEA também decreta decisão como prematura

A ACEA alerta que o setor de veículos está se preparando para uma grande transformação industrial e que devem ser tidas em contas as incertezas da atual conjuntura.

A Associação também afirma que, dada a volatilidade e incerteza que todos vivem mundialmente, com a escalada da inflação e guerra na Ucrânia, qualquer regulamentação de longo prazo que vá além desta década é prematura nesta fase inicial.

Em vez disso, é preciso uma revisão transparente para que as metas pós-2030 sejam definidas. A associação de fabricantes alerta também que a subida dos preços das matérias-primas para a produção deve gerar um aumento dos custos de produção e de venda de carros elétricos, podendo prejudicar a intenção de proibir a venda de carros com motores a combustão de gasolina e diesel em 2035.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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