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Construção naval: licitação das plataformas P-78 e P-79 da Petrobras é disputada apenas por estaleiros asiáticos

2 de fevereiro de 2021 às 11:45
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Construção naval: Plataformas P-78 e P79 da Petrobras serão construídas por asiáticos

A Petrobras recebeu na segunda-feira (01/02) as propostas comerciais das empresas pré-qualificadas para a licitação de construção das plataformas P-78 e P-79, que vão operar no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos. Três consórcios com a participação de estaleiros asiáticos se prepararam para fazer oferta à estatal.

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A licitação, lançada em julho de 2020 pela Petrobras, prevê a contratação das plataformas P-78 e P-79, para o importante campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, a principal aposta da companhia na garantia do crescimento de sua curva futura de produção.

O leilão que deveria contar com a participação dos estaleiros no Brasil, mas, devido ao modelo de contratação, contou apenas comas propostas da Coréia do Sul: Daewoo,  Samsumg e Keppel (Hyundai).

Nesta etapa, as empresas apresentaram seus preços, além da proposta técnica.Veja os preços apresentados e o nome dos dois possíveis vencedores:

  • 1º Keppel (Hyndai) – R$ 12.521.821.104,00
  • 2º Daewoo – R$ 14.107.992.912,00
  • 3º Samsung – R$ 15.146.522.280,35

Sobre as plataformas P-78 e P-79

Ambas as plataformas terão capacidade para processar diariamente 180 mil barris de óleo e 7,2 milhões de metros cúbicos de gás. A previsão é de que essas unidades entrem em operação em 2025.

Plataformas de tamanho similar têm custo de construção estimado em cerca de 1,7 bilhão de dólares, segundo uma fonte da Reuters

Novo modelo de contratação exigido pela Petrobras

As novas plataformas são resultado de estratégia da Petrobras para desenvolver novos projetos de unidades próprias, incorporando lições aprendidas nos FPSO’s já instalados no pré-sal, incluindo aspectos de contratação e construção naval, disse a empresa anteriormente.

A estatal utiliza ao longo do tempo tanto plataformas próprias, contratadas na modalidade chamada EPC, quanto afretadas, dependendo de decisões econômicas.

De acordo com a petroleira brasileira, o alto endividamento da companhia na década passada contribuiu para a decisão de priorizar o modelo de afretamento, cujos custos podem ser diluídos no balanço ao longo de 15, 20 anos, em vez de desembolsos bilionários para a construção das unidades.

A decisão foi reforçada depois da Lava Jato, deflagrada no início de 2014, quando passaram a ser revelados diversos ilícitos em contratos para a construção naval de unidades marítimas de produção no Brasil e no qual terminou por causar o impedimento da contratação de diversas companhias, além do fechamento de outras.

Devido a todo esse problema, as plataformas próprias contratadas passaram por muitos atrasos, e fez com que a Petrobras optasse pelo afretamento de novas plataformas.

Segundo a Petrobras, no intuito de voltar a diversificar sua carteira, a companhia lançou uma nova modalidade de contratação que, segundo ela informou anteriormente, incorporou lições aprendidas.

Dentre as mudanças, a Petrobras contratará um único fornecedor na modalidade EPC, responsável por todas as etapas do projeto. No passado, a estatal participava da contratação de fornecedores que construíam partes diferentes de uma mesma unidade.

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