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Companhia chinesa CTG pretende começar produção de hidrogênio verde no Porto de Suape em até quatro anos, com foco na exportação

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 28/07/2022 às 03:40
As pesquisas iniciais quanto à viabilidade de produção de hidrogênio verde no Porto de Suape já estão acontecendo e a companhia chinesa CTG espera começar a geração do recurso em cerca de 4 anos, com foco na exportação da produção local.
Foto: Freepik

As pesquisas iniciais quanto à viabilidade de produção de hidrogênio verde no Porto de Suape já estão acontecendo e a companhia chinesa CTG espera começar a geração do recurso em cerca de 4 anos, com foco na exportação da produção local.

A companhia chinesa CTG (China Three Gorges Corporation) está nesta terça-feira, (26/07), dando continuidade às suas pesquisas de viabilidade produtiva de hidrogênio verde no Porto de Suape, localizado no estado de Pernambuco, com projeções otimistas para o futuro. Isso, pois, caso seja bem-sucedida nas pesquisas, a empresa pretende focar na exportação do recurso e iniciar a sua produção para esse mercado internacional já nos próximos quatro anos.

Empreendimento de hidrogênio verde da chinesa CTG no Porto de Suape pode começar a sua produção voltada para a exportação nos próximos quatro anos

A companhia chinesa CTG acelera agora o seu processo de pesquisas de viabilidade produtiva de hidrogênio verde no Porto de Suape e espera ser bem-sucedida no final do processo para dar continuidade ao seu projeto de empreendimento no complexo pernambucano.

Segundo o vice-presidente corporativo da empresa, José Renato Domingues, a empresa pretende começar a produção na região nordestina nos próximos quatro anos, caso os estudos saiam como o esperado, e deverá focar na produção para as operações de exportação.

A CTG ainda anunciou um aporte total de mais de R$ 45 milhões em investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) pelos próximos três anos, com foco no mercado de produção de hidrogênio verde no Nordeste brasileiro, que vem crescendo fortemente nos últimos meses.

A empresa se uniu com o Governo de Pernambuco e com o Senai e lançou nesta semana o TechHub Hidrogênio Verde, um hub voltado para o desenvolvimento de seis projetos focados na produção, transporte, armazenamento e gestão de H2V no estado nordestino.

Essa iniciativa marca a entrada da companhia chinesa no ramo de produção de hidrogênio verde no Brasil, uma vez que a CTG possui um portfólio atual voltado para a geração de energia hidrelétrica e eólica, com capacidade instalada de 8,3 GW.

“Antes de passar da fase de laboratório para a fase industrial, temos que superar alguns desafios tecnológicos, como a questão da eletrólise e do transporte da amônia ou do metano produzidos a partir do H2V. Esse investimento que estamos fazendo no TechHub vai ser fundamental para nós”, afirmou o executivo José Renato Domingues.

Chinesa CTG pretende focar na produção de hidrogênio verde para as operações de exportação nos próximos anos com o empreendimento no complexo portuário

O cenário atual da corrida pela descarbonização dos setores, em especial o de transportes, vem fazendo com que a CTG se volte para as operações de exportação e foque nesse segmento com a produção futura de hidrogênio verde no Porto de Suape.

Isso, pois José Renato Domingues afirma que o cenário geopolítico internacional de conflitos entre a Rússia e a Ucrânia tornou o hidrogênio verde um produto cada vez mais buscado, com a busca pela descarbonização.

Dessa forma, o executivo afirma que, em primeiro lugar, a CTG fará fortes investimentos no desenvolvimento de pesquisa e tecnologia no Porto de Suape e, ao começar a sua produção de hidrogênio verde, focará na exportação do recurso para o mercado internacional, de modo a suprir essa alta demanda pelo produto.

E, além dos laboratórios previstos na TechHub Hidrogênio Verde, a Termope (Neoenergia) vai instalar um projeto para estudar a geração de energia para veículos a partir do hidrogênio verde.

Assim, o estado de Pernambuco será fortemente beneficiado com a geração de empregos e de economia e sofrerá um crescimento significativo no âmbito socioeconômico, enquanto a CTG desenvolverá o seu plano de expansão no mercado de hidrogênio verde.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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