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CNPEM em SP fecha acordo para desenvolvimento de supercondutores com a maior produtora de nióbio do mundo

10 de outubro de 2021 às 11:13
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CNPEM - SP - CBMM - nióbio - supercondutores
Sirius, laboratório de luz síncrotron de 4ª geração em Campinas (SP) — Foto: Nelson Kon

O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em SP, selou um acordo com a CBMM para elaborar pesquisas em prol do desenvolvimento de materiais supercondutores. A empresa brasileira CBMM é a maior produtora de nióbio do mundo    

O anúncio oficial do acordo entre CNPEM e CBMM para desenvolvimento de pesquisas estava na agenda do presidente da república, Jair Messias Bolsonaro (sem partido), que visitou Campinas, SP, na última sexta-feira (8). Bolsonaro participou de uma feira de nióbio e inaugurou algumas estruturas do Laboratório Sirius, da CNPEM. O Brasil, atualmente, é o maior produtor de nióbio do mundo e cerca de 80% desse mercado é atendido pela CBMM. Mesmo sendo dominante no mercado, o Brasil não é o único país a explorar o nióbio, pois ele é um metal não raro. Países como Canadá, Austrália, Rússia, Estados Unidos e parte do Continente Africano também fazem exploração do nióbio. Estima-se que haja pelo menos cerca de 85 jazidas quantificadas no mundo.

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A CBMM entrará com o produto e o absoluto conhecimento sobre o nióbio e os pesquisadores brasileiros contam com o know-how do CERN, com o intuito de avançar positivamente no desenvolvimento de supercondutores.

De acordo com Citadini, justamente por causa dessa super troca de conhecimento sobre o nióbio, um trabalho que poderia levar décadas até que se pudesse desenvolver um projeto bem estruturado e conceitual de um novo ímã para supercondutores – que com certeza será usado no Laboratório Sirius – foi desenvolvido e concluído em apenas seis meses de estudos e pesquisas.

James Citadini relatou que o desenvolvimento desse projeto estava previsto para que, em três anos, fosse desenvolvido apenas a parte inicial, onde se dedicariam inteiramente a parte conceitual da pesquisa. Porém, totalmente fora das previsões de Citadini, o desenvolvimento dessa parte ocorreu em apenas seis meses. Ele afirma ainda que possui uma meta, que é ter um protótipo totalmente funcional desse imã, até o final de 2022.

Para que serve o Nióbio?

O nióbio é o principal metal utilizado na produção de aços especiais e superligas, além de ser utilizado também em automóveis, turbinas de avião, gasodutos, navios, aparelhos de ressonância magnética e aceleradores de partículas, além de ser aplicado também em piercings e bijuterias.

A Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN), que é responsável pela operação do maior colisor de partículas do mundo, também faz parte dessa parceria junto à CBMM, que vê nessa parceria a possibilidade de ampliação da demanda mundial de nióbio, agregando valor aos produtos desenvolvidos.

Tecnologias desenvolvidas a partir do nióbio

James Citadini, gerente de engenharia e tecnologia do CNPEM, destacou que estudos sobre materiais supercondutores já existiam desde muito antes da chegada do Laboratório Sirius.

Boa parte da tecnologia necessária para montagem das próximas linhas de pesquisa irá depender de materiais que tiverem esses pontos específicos, além da busca por parcerias que auxiliem no desenvolvimento, do mesmo modo que aconteceu no presente momento.  

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