Cientistas do MIT afiram que o combustível a base de alumínio é promissor
O alumínio foi eleito justamente por conta do armazenamento de hidrogênio, que é altamente capaz de estocar em uma grande densidade, cerca de dez vezes maior, quando é levado em comparação ao armazenamento de um gás comprimido. Sem falar também que o alumínio reage ao entrar em contato com a água em temperatura ambiente, dando origem ao hidróxido de alumínio e hidrogênio.
Os impasses e impactos do estudo para o novo combustível
A reação do alumínio com a água em temperatura ambiente acontece, mas não com tanta frequência, nem instantaneamente. Ao reagir primeiro com o oxigênio, origina-se inicialmente uma nova camada de óxido de alumínio.
Essa nova camada gerada acaba impedindo que o alumínio entre em contato com a água em temperatura ambiente. Devido a este fato, os cientistas e demais pesquisadores consideraram melhor remover a camada superior do óxido de alumínio gerado. Em seguida, um novo teste foi gerenciado pela equipe: eles jogaram o metal mais uma vez na água em temperatura ambiente. Isso evitou que toda essa camada voltasse a se formar no decorrer da experiencia.
Mas os problemas não pararam por aí. Os cientistas notaram que o alumínio, em sua forma pura, consome alta carga de energia para ser produzido, a consequência disso é o impedimento da geração de um combustível de hidrogênio que fosse realmente sustentável.
Durante as pesquisas, os cientistas consideraram viável utilização da sucata de alumínio, mesmo que também traga elementos como silício e magnésio, que são totalmente indesejados.
Esses dois elementos são agregados junto à composição básica da sucata com o intuito de:
- aumentar sua resistência;
- evitar a corrosão do material;
- prolongar o tempo de vida útil;
- minimizar o ponto de fusão do material, quando submetido à altas temperaturas.
Os cientistas do MIT decidiram então passar na sucata uma mistura de gálio e índio, que servem para evitar que esses elementos indesejados atrapalhem a pesquisa e análise. Desse modo é possível adentrar a camada de óxido de alumínio, permitindo, assim, a tão esperada liberação do hidrogênio sem que haja a interferência de silício e magnésio.
O gálio e o índio são elementos considerados caros e pouco vistos no mercado, por isso os cientistas consideraram que reutilizar a mistura não reagente com o alumínio é uma grande vantagem econômica e ambiental.