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China realiza a primeira meia maratona com robôs humanoides disputando contra humanos

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 14/04/2025 às 06:03
A China está inovando com a primeira meia maratona entre humanos e robôs em demonstração de poder tecnológico.
A China está inovando com a primeira meia maratona entre humanos e robôs em demonstração de poder tecnológico. Foto: IA

A China está inovando com a primeira meia maratona entre humanos e robôs em demonstração de poder tecnológico.

Pequim está prestes a fazer história no cenário esportivo e tecnológico mundial com a realização da primeira meia maratona oficialmente disputada por robôs humanoides. O evento, programado para o dia 19 de abril, é promovido pelo governo da China como uma vitrine dos avanços no desenvolvimento da robótica no país e como um recado claro à concorrência internacional: os asiáticos estão acelerando na corrida tecnológica.

A chamada Meia Maratona Yizhuang de Pequim reunirá tanto corredores humanos quanto robôs desenvolvidos por empresas chinesas, numa prova de 21 quilômetros que pretende ir além do esporte. Mais do que desempenho físico, o evento representa a convergência entre inovação, inteligência artificial e ambição política.

Robôs vs humanos: Duas pistas, dois mundos

A organização da meia maratona pensou em tudo para garantir a segurança dos participantes.

Os robôs e os corredores humanos utilizarão pistas separadas, a fim de evitar acidentes e permitir que cada categoria tenha seu próprio ritmo e dinâmica.

Além das medalhas tradicionais, haverá prêmios específicos para as máquinas que completarem o percurso no menor tempo ou que apresentarem maior resistência energética, ou seja, aquelas que percorrerem a distância sem trocar baterias.

Segundo os organizadores, a expectativa é que os robôs completem os 21 km em cerca de três horas e meia. Um dos protótipos testados, o Tiangong Ultra, já conseguiu fazer o percurso experimental em 2 horas e 52 minutos.

Apesar do tempo ser consideravelmente maior que o de um atleta de elite — o recorde mundial da meia maratona é de 56 minutos e 42 segundos, estabelecido pelo ugandense Jacob Kiplimo.

Exibição de força tecnológica

Muito além de um simples evento esportivo, a meia maratona da China é um verdadeiro espetáculo de marketing tecnológico.

O país quer mostrar ao mundo, em especial aos Estados Unidos, que está à frente na corrida pelo domínio da robótica humanoide.

Como apontam especialistas, a rivalidade sino-americana agora também ocupa as pistas de corrida.

A China está inovando com a primeira meia maratona entre humanos e robôs em demonstração de poder tecnológico.
Foto: IA

Segundo a rede estatal CCTV, diversas empresas já estão em fase avançada de testes com seus robôs humanoides, ajustando desempenho, equilíbrio e consumo energético.

A startup DeepSeek, por exemplo, tem ganhado notoriedade por disponibilizar modelos de inteligência artificial mais acessíveis para outras companhias, impulsionando a automação em diversos setores.

Um recado para o futuro do trabalho

Além de ser uma vitrine internacional, o evento também serve como um alerta para dentro da própria China.

O aumento dos salários e a desaceleração econômica têm pressionado as empresas chinesas a buscarem alternativas tecnológicas.

A automação com robôs representa uma forma de conter os custos trabalhistas, ao mesmo tempo em que se mantém a produtividade e competitividade no mercado global.

A meia maratona com robôs simboliza essa transição. Ao colocar máquinas lado a lado com humanos numa atividade historicamente dominada por pessoas, o governo chinês envia uma mensagem clara: o futuro está chegando — e ele pode estar correndo ao seu lado.

A presença dos robôs humanoides são um novo capítulo nas maratonas

Nunca antes uma meia maratona havia contado com a presença oficial de robôs humanoides. A iniciativa da China coloca o país na dianteira de uma revolução que une tecnologia, esportes e política.

Ainda que os robôs não ultrapassem os humanos nas pistas por enquanto, a linha de chegada dessa corrida é muito maior: ela está no domínio do futuro.

Seja você um atleta, um entusiasta da tecnologia ou apenas um curioso, a Meia Maratona Yizhuang de Pequim promete entrar para a história — como a corrida que uniu pernas e circuitos numa mesma competição.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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