Tecnologia de Elon Musk vira alvo de guerra eletrônica e espionagem espacial com planos de “assassinato orbital”
A constelação Starlink, que revolucionou a conectividade global e ganhou papel-chave em zonas de conflito, agora é vista como risco estratégico por China e Rússia, que trabalham juntas para neutralizar sua atuação no espaço.
O que está em jogo com os satélites Starlink?
A rede de satélites Starlink, da empresa SpaceX de Elon Musk, rapidamente se tornou uma peça central nas comunicações globais e na defesa em zonas de guerra, como ficou evidente durante o conflito na Ucrânia, onde os terminais garantiram acesso à internet mesmo sob bombardeios.
Mas essa capacidade disruptiva não passou despercebida pelas grandes potências. De acordo com reportagem publicada no Interesting Engineering, tanto China quanto Rússia estão desenvolvendo mecanismos tecnológicos avançados para rastrear, bloquear e até eliminar os satélites Starlink da órbita terrestre.
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Como China e Rússia planejam desativar os satélites da Starlink?
A Rússia já iniciou testes com sistemas como o Tobol e Kalinka, focados em interferir diretamente nas comunicações dos satélites da Starlink, visando cortar o acesso à rede em regiões específicas. Em paralelo, a China vem desenvolvendo um programa de rastreamento em massa inspirado em técnicas de caça de baleias. Com sensores acoplados a pequenos satélites próprios, o país asiático afirma conseguir rastrear mais de 1.400 satélites da rede de Elon Musk em tempo recorde, uma informação divulgada originalmente pelo portal Xataka.
Há estudos militares sugerindo o uso de tecnologias cinéticas e até lasers de alta precisão para incapacitar os satélites, algo que marca uma escalada perigosa na militarização do espaço.
A guerra no espaço já começou?
Segundo o relatório da Secure World Foundation, citado pelo site Space.com, essa disputa pela superioridade espacial não é apenas teórica: ações reais de interferência já estariam acontecendo. Em um mundo cada vez mais dependente de satélites para navegação, comunicação, transporte e até agricultura, a possibilidade de sabotagem em massa preocupa líderes globais.
Enquanto isso, Elon Musk já admitiu que a Starlink se tornou um alvo sensível. O bilionário afirmou publicamente que a empresa está reforçando a segurança cibernética da rede para garantir sua integridade mesmo diante de ataques coordenados.
Uma nova era de geopolítica orbital
A corrida para dominar o espaço não é mais movida apenas por exploração científica ou colonização de Marte. Hoje, os satélites tornaram-se ferramentas centrais de poder e defesa. A Starlink, com mais de 5 mil satélites em operação, simboliza essa nova fronteira, e a reação de China e Rússia indica que os próximos conflitos poderão ser decididos muito acima da atmosfera.
A crescente tensão levanta um debate global: até que ponto o espaço deve ser um território neutro? E o que acontece quando a conectividade, algo tão básico nos dias de hoje, vira arma em meio a disputas geopolíticas?