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Brasil acaba perdendo território para a Bolívia após nova atualização cartográfica!

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 19/07/2024 às 20:28
Atualização cartográfica revela detalhes precisos da fronteira entre Brasil e Bolívia: impactos e desafios na gestão do território nacional
Fonte: YouTube
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Atualização cartográfica revela detalhes precisos da fronteira entre Brasil e Bolívia.

No último levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi revelado um ajuste na fronteira entre Brasil e Bolívia que impactou uma área de aproximadamente 5,9 km². Esse ajuste, contudo, não representa uma perda real de território para o Brasil, conforme especialistas.

Detalhes da mudança cartográfica na Bolívia e Brasil

Segundo Jadir Bocato, gerente de regularização fundiária e cartográfica da Agraer e da Semadesc, a nova medição realizada em uma escala mais precisa (1 para 100 mil) revelou detalhes anteriormente não visíveis em escalas maiores.

Isso inclui curvas mais precisas no rio Paraguai, que anteriormente parecia reto em mapas menos detalhados.

“Não se trata de perda ou ganho de território, mas sim de uma melhor representação cartográfica do que já existia”, explicou Jadir.

Essa atualização não afeta as fronteiras físicas entre os dois países, apenas a precisão do mapeamento.

Elenice Cristaldo Cano, coordenadora de divulgação do IBGE em Mato Grosso do Sul, destacou que, apesar das mudanças nos mapas, a área territorial efetiva do Brasil permanece inalterada.

A nova metodologia de mapeamento baseada em imagens de satélite permite uma representação mais precisa do território nacional.

“As fronteiras continuam as mesmas. O que evoluiu foi a forma como mapeamos e compreendemos nosso território”, afirmou Elenice.

Atualizações nos limites municipais depois da mudança na Bolívia 

Além das mudanças na fronteira com a Bolívia, o IBGE também anunciou ajustes nos limites municipais de 174 municípios brasileiros.

Essas alterações foram motivadas por novas legislações, decisões judiciais e relatórios técnicos emitidos pelos órgãos estaduais responsáveis pela divisão político-administrativa.

Segundo Roberto Tavares, coordenador de Estruturas Territoriais do IBGE, o estado que mais teve mudanças foi o Rio Grande do Sul, seguido por Pernambuco e Paraná.

Essas atualizações refletem um esforço contínuo para manter os limites municipais alinhados com as necessidades atuais e as decisões legais vigentes.

As atualizações cartográficas não apenas refinam a representação geográfica do Brasil, mas também têm implicações significativas para diversos setores.

Setores como infraestrutura, agricultura e gestão ambiental dependem de mapas precisos para planejar e executar projetos com maior eficiência.

A precisão aprimorada dos novos mapas permite uma melhor gestão de recursos naturais e uma avaliação mais precisa dos impactos ambientais.

A nova metodologia adotada pelo IBGE não apenas reflete avanços tecnológicos, mas também ressalta a importância da precisão cartográfica na administração territorial.

A capacidade de visualizar detalhes antes imperceptíveis proporciona uma compreensão mais completa e detalhada do ambiente físico, facilitando decisões informadas em diversos setores públicos e privados.

Aperfeiçoamento contínuo dos dados geoespaciais

O aprimoramento dos dados geoespaciais não se limita apenas aos ajustes fronteiriços.

O IBGE e outros órgãos relevantes continuam a investir em tecnologias avançadas para monitorar e atualizar constantemente as informações cartográficas do Brasil.

Esses esforços são fundamentais para manter a integridade das fronteiras nacionais e garantir uma representação precisa do território brasileiro nos âmbitos nacional e internacional.

Além das atualizações internas, o Brasil colabora internacionalmente para melhorar as práticas de mapeamento e cartografia.

Essa cooperação inclui o compartilhamento de dados, a adoção de padrões globais e a participação em iniciativas que visam aprimorar a precisão e a confiabilidade dos mapas em todo o mundo.

Desafios e futuras aplicações

Apesar dos avanços, a manutenção e atualização contínua dos mapas são desafios constantes. Mudanças ambientais, como o curso de rios e o avanço de áreas urbanas, exigem uma adaptação ágil e precisa nos mapas para refletir a realidade atual.

Além disso, novas tecnologias, como inteligência artificial e sensoriamento remoto, prometem revolucionar ainda mais a cartografia, oferecendo novas formas de coletar e analisar dados geoespaciais em tempo real.

A precisão dos mapas não só facilita o planejamento urbano e rural, mas também desempenha um papel crucial na segurança e defesa nacional.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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