As baterias quânticas podem se tornar uma das grandes promessas no futuro da energia. Apesar de distante, ela está mais próxima agora
Hoje em dia, o mundo precisa de baterias cada vez melhores, e por isso mesmo o anúncio de que o preceito teórico necessário para que as baterias quânticas sejam possíveis foi finalmente comprovado faz com que pensemos em novos horizontes para o mundo eletrificado e com matrizes elétricas renováveis, verdes e diversificadas.
A descoberta recente de uma equipe internacional de cientistas dá mais um passo na direção desse futuro, que pode ser considerado quase utópico. Os cientistas foram capazes de comprovar um conceito científico, que antes era apenas teórico, que vai permitir que as baterias quânticas sejam possíveis. Essas serão, pelo menos até o momento, as baterias de carga mais rápida, o que seria incrível para veículos elétricos e muitas outras aplicações.
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Qual o conceito por trás das baterias quânticas?
O conceito da super absorção já era conhecido, pelo menos teoricamente, como oposto natural ao conceito de superradiância, que já havia sido comprovado.
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O conceito de superabsorção envolve o fato de que receptores alinhados, recebendo energia simultaneamente e em cadeia, absorvem energia mais rápido do que receptores isolados.
O ponto é que, para desencadear essa reação, é necessária a criação de nano aparatos para que o efeito seja relevante. Felizmente, isso foi comprovado por meio de um estudo conjunto internacional, liderado pelo físico James Quache, juntamente com uma equipe de físicos da Austrália, da Itália e do Reino Unido.
O experimento foi feito com diversas cavidades, feitas de pequenas camadas de dióxido de silício e pentóxido de nióbio, criando um sistema de reflexão contínua dentro das cavidades.
Depois disso, as cavidades receberam uma camada de um semicondutor natural, um corante chamado laranja lumogênio-F.
Depois disso, as cavidades foram energizadas individualmente a laser e passaram a armazenar energia. Foram medidas as capacidades individuais de cada um deles de estocar energia, depois se colocaram mais cavidades em corrente, e se aumentou a potência do laser, e o resultado foi o esperado.
Quanto mais energia e quanto mais cavidades eram colocadas dentro do sistema, menos tempo era necessário para investir no sistema a mesma quantidade de energia conseguida separadamente, o que comprovou a teoria da superabsorção.
“Subjacente ao efeito superabsorvente das baterias quânticas, está a ideia de que todas as moléculas agem coletivamente, através de uma propriedade conhecida como superposição quântica,” explicou o professor James Quach, da Universidade de Adelaide, na Austrália.
Como se sabe, o processo científico vai reproduzir e colocar toda a pesquisa de Quache e equipe em revisão e tentar reproduzir o fenômeno. Caso isso se comprove, pode ser um avanço incrível em busca de baterias quânticas.
Em quanto tempo essa tecnologia estará disponível?
Esta é uma resposta muito difícil de se dar neste momento. As baterias quânticas não estarão, provavelmente, nas lojas nos próximos 5 anos, pois apenas se comprovou a possibilidade da utilização do conceito de super absorção para a criação de baterias quânticas.
Além disso, ainda existe toda a questão da fabricação em massa dessas baterias, já que estamos falando em nano construção, super similar ao que acontece, por exemplo, com os microchips, que como descobrimos recentemente não são tão simples assim de serem produzidos.
Em conclusão: ainda existe toda a necessidade de revisar esses estudos, se produzir os experimentos e, em cima disso, começa a guerra de design pela bateria quântica perfeita.
Nesse sentido, vai ser necessário que empresas se interessem por essa nova tecnologia e comecem a pesquisar uma forma efetiva, em matéria de mercado, como será possível desenvolver essas baterias de forma eficaz em relação a custo-benefício e eficácia como produto.
As baterias quânticas podem ser uma das grandes tecnologias do futuro, então ficaremos atentos e traremos novidades sobre elas assim que elas saírem.