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ANTT autoriza construção de MEGA ferrovia que pode tirar 5 MIL caminhões de minério por dia de conhecida e PERIGOSA rodovia brasileira

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 08/01/2025 às 14:43
Aprovada ferrovia que pode retirar 5 mil caminhões da BR-381 por dia, trazendo segurança e sustentabilidade para Minas Gerais.
Aprovada ferrovia que pode retirar 5 mil caminhões da BR-381 por dia, trazendo segurança e sustentabilidade para Minas Gerais.

ANTT aprovou a construção do Ramal Ferroviário Serra Azul, que promete revolucionar o transporte de minério e desafogar a perigosa BR.

A promessa de um novo horizonte logístico para Minas Gerais e o Brasil está mais perto da realidade.

Com o aval da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a construção de um novo ramal ferroviário, projetado para escoar toneladas de minério de ferro, promete transformar o cenário de transporte em uma das rodovias mais movimentadas e perigosas do país: a BR-381.

A proposta é audaciosa: substituir o fluxo diário de caminhões pesados que cruzam a estrada, diminuir acidentes fatais e até cortar emissões de carbono.

O projeto, chamado Ramal Ferroviário Serra Azul, é uma iniciativa da Cedro Participações, que, após aprovação da ANTT, prevê a instalação de um ramal de 26 km de extensão entre Mateus Leme e São Joaquim de Bicas, na Grande Belo Horizonte.

linha ferroviária poderá absorver o transporte de até 25 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, retirando cerca de 5 mil caminhões da rodovia por dia, segundo informações da Cedro Participações.

Oportunidade de exportação e redução de riscos

De acordo com dados da ANTT, o ramal se conectará à Malha Regional Sudeste, principal linha ferroviária que percorre Minas Gerais em direção ao Rio de Janeiro, garantindo a exportação do minério.

A expectativa é de que o projeto, além de desafogar o trânsito pesado da BR-381, possa gerar milhares de empregos durante as fases de construção e operação.

A BR-381, conhecida como “Rodovia da Morte” devido ao elevado número de acidentes fatais, é um dos trechos mais perigosos do país.

Nos últimos três anos, cerca de 400 mortes foram registradas no trajeto que corta a Serra Azul, na região metropolitana de BH.

Para o vice-presidente Jurídico e Institucional da Cedro, Eduardo Couto, o ramal não só transformará a logística de transporte de minério de ferro como também será um importante passo em direção a uma economia mais sustentável e segura.

“A infraestrutura ajudará a reduzir a emissão de até 40 milhões de toneladas anuais de carbono e diminuirá os custos, beneficiando a cadeia produtiva do setor”, explicou Couto.

Estrutura e capacidade: como será o ramal ferroviário

Segundo os planos da Cedro, o ramal será operado por cinco trens com capacidade de carregar até 130 toneladas em 132 vagões.

Cada um desses trens representa uma substituição de aproximadamente 570 carretas, o que implicará em uma drástica redução do tráfego pesado na BR-381, melhorando o fluxo e aumentando a segurança para os motoristas e para as comunidades locais.

Contudo, a proposta não avançou sem resistência. A MRS Logística, concessionária responsável pela Malha Regional Sudeste, fez questionamentos sobre o projeto junto à ANTT, afirmando que a decisão foi tomada de forma precipitada.

A MRS buscava exercer o direito de preferência pelo trecho, mas seus pedidos de prorrogação de prazo foram rejeitados pela agência.

Mesmo com o aval, a disputa foi levada ao Tribunal Regional Federal, onde a MRS obteve uma liminar para suspender a decisão, em uma tentativa de reverter a autorização.

Impasse entre empresas e ação judicial

Esse desentendimento entre Cedro e MRS abre um impasse sobre a continuidade do projeto.

A Cedro afirmou que a suspensão obtida pela MRS não traz impacto direto na aprovação da ANTT, já que a decisão foi publicada oficialmente no Diário Oficial da União.

Enquanto a decisão judicial está em vigor, o setor de infraestrutura aguarda um desfecho que possa garantir a execução do ramal e o alcance dos benefícios propostos.

Para Felipe Fernandes Queiroz, diretor da ANTT, a medida é crucial para o avanço da infraestrutura ferroviária do Brasil.

Em suas palavras, “o objetivo é fomentar a expansão do sistema ferroviário no país, sem permitir a procrastinação de um projeto com potencial para transformar a segurança e a economia regional”.

Promessa de redução de acidentes e impacto ambiental

O projeto conta com potencial para reduzir acidentes, melhorar a segurança das estradas e contribuir para um Brasil mais sustentável.

Com a substituição de caminhões por trens, haverá uma significativa diminuição na emissão de gases poluentes, de acordo com a Cedro.

Isso significa que o impacto não será apenas econômico, mas também ambiental, alinhando-se a diretrizes de sustentabilidade que hoje são cada vez mais cobradas pela sociedade.

Para os moradores de regiões como Mateus Leme e São Joaquim de Bicas, o ramal pode significar mais tranquilidade, com menos trânsito de veículos pesados nas estradas, menos acidentes e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida.

Mas, com os embates entre empresas e a suspensão judicial, será que esse projeto sairá do papel? O impasse deixa em aberto o futuro dessa megaestrutura e os impactos que ela poderia trazer para Minas Gerais e o Brasil.

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Adilson Luis de Oliveira
Adilson Luis de Oliveira
08/01/2025 19:16

Muito boa iniciativa, quero ver agora os caçambeiro não tomar banho!!!

Jorge Da Silva
Jorge Da Silva
08/01/2025 20:12

Essa e a transformação ,que muitos políticos empresários não querem ,pois enquanto as carretas ,caminhões transportam esses produtos ,os mesmos mais ganham em todos os setores ,isso começou quando ao invés de efetuarem melhorias, nas vias existentes boicotaram para quase 80% fosse deteriorada.
Assim começaram as grandes construções das grandes rodovias ,onde eram feitas com super faturamento,até que alguns desse o jeito de colocar os postos de pedágio,que seriam nas dúvidas entre estados, chegando hoje são um em cada município que essa via atravessa.
Vergonha nacional,isso é Brasil onde ,a mil quinhentos e vinte e cinco anos .o então povo Brasileiro que são os índios foram assaltados pelos portugueses,que só nos levou a esse estado precário ,político ,social e o pior de todos e o caos financeiro .
Onde só a minoria pode ser beneficiadas sendo
Os demais bastardos e decididamente misiravel ,sendo escravizados com salários que entre os demais países e considerado vergonhoso.
Umpais que e um dos maiores exportadores do mundo ,mais e oo último em pobreza,e vida meseravel que sua população vive,os verdadeiros donos da terra sofrem com invasores,gananciosos por seus pequenos espaço de moradia.
Vergonha nacional,segura o tranco.

Moacir Medeiros
Moacir Medeiros
Em resposta a  Jorge Da Silva
09/01/2025 02:21

Sem dúvida, amigo, falou pouco mas disse tudo, na realidade tudo isso nestas rodovias, são negociatas a favor da morte, em benefício de poucos, nos países desenvolvidos, transporte de cargas pesadas é feita por ferrovias, aqui é feito tudo ao contrário para beneficiar as mortes e os amigos dos Reis locais governador, prefeitos e vereadores e deputados estaduais, os parasitas da miséria brasileira.

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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