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Ampliação da propulsão elétrica a hidrogênio, tecnologia hoje utilizada por aviões menores já tem sido ajustada para aeronaves com capacidade para transportar passageiros. No Brasil, os investimentos são em modelos híbridos. 

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 11/01/2023 às 10:56
Atualizado em 02/02/2023 às 19:17
Aviões de hidrogênio
Aviões de hidrogênio (Foto/divulgação)

Com tanques e células de combustível, bem como o motor, acopladas em um módulo, e não na fuselagem da aeronave, uma empresa francesa apresentou, em dezembro de 2022, aviões de hidrogênio do futuro, equipados com motores destacáveis. A solução apresentada vem em um encaixe colocado embaixo da aeronave, e assim, todo o sistema apresenta maior segurança do que aqueles em que os tanques refrigerados são acoplados na segurança e que influenciam diretamente o quanto de carga útil esses aviões podem transportar.

É o conceito de propulsão descentralizada para aeronaves tripuladas e não tripuladas, para o qual a empresa francesa espera que, começando com aplicativos autônomos, seja possível que pré-requisitos de regulação, e de certificação sejam minimizados.

E as expectativas do mercado é que o sistema de propulsão esteja já realizando estudos para levantar aeronaves com capacidade para até 96 pessoas entre tripulantes e passageiros. Isso tudo graças a conhecida tecnologia do futuro, a tecnologia criogênica, que dimensiona a tecnologia para aeronaves maiores. A tecnologia dos aviões do futuro foi lançada em 2020. Mas como funciona essa tecnologia?

Devido a necessidade de ser armazenado em pressões muito altas, para se manter liquefeito, tanques cilíndricos, ou esféricos, são a melhor forma de armazenamento do combustível. Hoje esses tanques são acoplados à fuselagem, e é justamente essa a inovação apresentada pela empresa francesa, que já foi batizada: São os “aviões-asa”, em que o arrasto de fuselagem é menor, o que reduz o consumo de combustível da aeronave.

Especialistas colocam que, apesar de todo o risco que novas tecnologias apresentam, os principais problemas não ser relacionam à segurança do passageiro, mas sim, a seguranças das operações em solo. Vazamentos não são admitidos e o armazenamento e combustão estão entre os maiores desafios dessa adaptação. Outra dificuldade está também na fabricação de hidrogênio líquido em larga escala, e da distribuição e armazenamento em solo do hidrogênio líquido.

Desenvolvimento de tecnologias futurísticas no Brasil

No Brasil, a Embraer também realiza estudos para a produção de modelos híbridos, que já devem ser disponibilizados no mercado a partir de 2030. É que a tecnologia híbrida é mais simples, mais leve, menor. A Empresa de aviação comercial faz projeções de que, até 2035, quatro mil unidades serão entregues. E a depender da demanda por sustentabilidade, esse número pode ser multiplicado por cinco. Essas são as previsões para a aviação do futuro, duas tecnologias que representam apenas um pontapé no grande plano para a redução de emissão das aeronaves.

A Embraer chamou o projeto de “avião verde”. Por aqui, a tecnologia utilizada é da energia híbrida e os projetos estudados objetivam transportar até 30 pessoas, entre passageiros e tripulação. A previsão é de uma redução de emissão de combustíveis fósseis da ordem de 90%. 

Para o vice-presidente sênior de Engenharia Tecnologia e Estratégia Corporativa da Embraer, Luiz Carlos Affonso, o setor não admite mais não pensar em redução de emissões de CO2. Para o vice-presidente, os desafios são grandes, porém a meta de zerar emissões de poluentes não é impossível, declarou Affonso.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 3.000 artigos publicados no CPG. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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