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A desvalorização histórica do Real: os menores níveis em 30 anos e seus efeitos

Escrito por Paulo Nogueira
Publicado em 29/12/2024 às 14:44
Desvalorização do Real Crise de confiança Inflação

Entenda como a queda cambial afeta o custo de vida e a economia brasileira

A economia brasileira enfrenta um dos maiores desafios das últimas décadas: a desvalorização histórica do Real. Em 2024, a moeda brasileira atingiu o menor patamar em 30 anos, superando recordes negativos desde a criação do Plano Real, em 1994. Esse cenário não apenas preocupa economistas e investidores, mas também tem um impacto direto na vida da população.

O que levou a essa desvalorização histórica?

Diversos fatores contribuíram para a queda do Real, mas a principal causa é o desequilíbrio fiscal do governo. Em 2024, o Banco Central foi obrigado a intervir diversas vezes, queimando cerca de R$ 190 bilhões das reservas cambiais, tentando conter a alta do dólar. No entanto, essas ações se mostraram ineficazes, dado o ambiente de crise de confiança.

Além disso, a falta de planejamento econômico e as declarações polêmicas do governo agravaram a situação. Segundo especialistas, as mensagens contraditórias e a incapacidade de apresentar soluções concretas aumentaram a desconfiança dos mercados, acelerando a saída de capitais do país.

Real é a moeda mais desvalorizada do mundo em 2024

Impactos na população

A desvalorização do Real tem efeitos devastadores para o poder de compra dos brasileiros. Com o dólar ultrapassando os R$ 6,19, produtos importados, como alimentos, eletrônicos e combustíveis, ficaram ainda mais caros. A alta do dólar também pressiona os custos de produção em diversos setores, o que se reflete diretamente na inflação.

Outro ponto de preocupação é a falta de incentivos para a produção nacional. Com a mão de obra desvalorizada e os serviços sociais sendo priorizados, muitos trabalhadores deixam de buscar emprego formal, optando por permanecer em programas assistenciais. Isso reduz a oferta de bens e aumenta os preços, agravando ainda mais a situação.

Consequências para investidores

Para o mercado financeiro, a desvalorização do Real representa um risco elevado. Investidores estrangeiros estão retirando seus recursos do Brasil, buscando economias mais estáveis e previsíveis. Essa fuga de capitais não só reduz a liquidez no mercado interno, mas também aumenta a pressão sobre a moeda brasileira, criando um ciclo vicioso.

Já para os investidores nacionais, a situação é igualmente desafiadora. A alta do dólar torna os custos de importação proibitivos, limitando as possibilidades de diversificação de investimentos e de expansão dos negócios.

O que esperar em 2025?

Especialistas preveem que 2025 será um ano de ajustes severos. A recuperação do Real dependerá de medidas concretas para estabilizar as contas públicas e restaurar a confiança dos mercados. Entre as prioridades estão o controle dos gastos públicos, a reforma tributária e o fortalecimento do Banco Central como uma instituição independente.

No entanto, com o ano pré-eleitoral no horizonte, há temores de que o governo opte por aumentar os gastos, agravando ainda mais o desequilíbrio fiscal. Nesse contexto, os brasileiros precisarão se preparar para um período de incertezas e possível agravamento da inflação.

A desvalorização histórica do Real é um reflexo direto de problemas estruturais na economia brasileira. O desequilíbrio fiscal, combinado com a falta de confiança nos mercados, coloca o país em um cenário de incerteza. A pergunta que fica é: o governo será capaz de reverter essa situação e restaurar a estabilidade econômica em 2025?

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Lenon
Lenon
29/12/2024 20:34

A incompetência desse governo é imensurável! Um país com toda possibilidade de crescer se vê no fundo do poço por causa de uma quadrilha que só pensa em gastar descontroladamente o dinheiro público sem trazer benefício nenhum a sociedade, só temos duas alternativas tirar esse **** do poder e tentar recuperar a **** que esse **** fez ou esperar virarmos uma Venezuela.

Fabio
Fabio
Em resposta a  Lenon
30/12/2024 09:26

Tá com o **** na boca ainda? Único lunático é você defendendo **** e usando essas falsas narrativas de 2020 ainda. Vira o disco, **** doutrinado.

Valdir
Valdir
Em resposta a  Lenon
30/12/2024 10:42

Está bom do jeito que está?

Alberto Freire de Carvalho olivieri
Alberto Freire de Carvalho olivieri
29/12/2024 22:25

Deve-se olhar para outros indicadores como crescimento do PIB em 4% o menor indice de desemprego e reservas de 300 bilhões de dolares. LULA foi eleito por gente lenhada e ele não vai abandonar seus eleitores paea atender o mercado

Alan
Alan
Em resposta a  Alberto Freire de Carvalho olivieri
30/12/2024 07:16

Vai estudar um pouquinho de economia para você entender a besteira que este governo está fazendo. Crescimento artificial do PIB através de incentivos sociais, taxa de desemprego que não conta com benefícios de bolsas sociais, além de contar apenas quem procura emprego. Aumento do dólar devido a crise de credibilidade causada pelo governo. O mercado é feito por pessoas e não é uma instituição.

Ronaldo Goltz
Ronaldo Goltz
Em resposta a  Alberto Freire de Carvalho olivieri
30/12/2024 07:59

Eita! O que uma pseudo economista como Miriam Leitão não faz em um cérebro desajustado! Acorda! Esse suposto aumento do PIB se dá pelos gastos públicos exagerados e índices de desempregos se medem também entre os informais que para o governo estão desempregados, com a alta do dólar estes tem que procurar emprego para não morrer de fome, mas isso a grobo não mostra.

Enivaldo
Enivaldo
Em resposta a  Alberto Freire de Carvalho olivieri
31/12/2024 06:47

Procure recuperar sua visão, até os números que você fala foram manipulados no IBGE. Acorda com ese energumeno no poder o Brasil só afunda

Paulo Nogueira

Eletrotécnica formado em umas das instituições de ensino técnico do país, o Instituto Federal Fluminense - IFF ( Antigo CEFET), atuei diversos anos na áreas de petróleo e gás offshore, energia e construção. Hoje com mais de 8 mil publicações em revistas e blogs online sobre o setor de energia, o foco é prover informações em tempo real do mercado de empregabilidade do Brasil, macro e micro economia e empreendedorismo. Para dúvidas, sugestões e correções, entre em contato no e-mail informe@clickpetroleoegas.com.br. Vale lembrar que não aceitamos currículos neste contato.

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