O campo offshore de Peregrino, maior campo operado pela Equinor fora da Noruega, reiniciou a sua produção visando à diminuição da intensidade das emissões de carbono
A Equinor – empresa de energia norueguesa – decidiu, após mais de dois anos, retomar a produção no campo offshore de Peregrino, no Brasil, antes que a Fase II tivesse início – o que é esperado para ainda este ano.
Na terça-feira (19), a Equinor anunciou que a produção no campo de Peregrino foi reiniciada no dia 16 de julho de 2022, com o objetivo de ampliar a produção total da empresa e diminuir a intensidade das emissões.
Sob esse viés, Verônica Coelho, country manager da Equinor no Brasil, afirmou que a prioridade máxima da companhia é a segurança de seus trabalhadores e de suas operações. Segundo ela, os investimentos em tecnologia, novos equipamentos e na manutenção permitiram à empresa retomar com segurança a produção em Peregrino, além de preparar o arranque do novo projeto: Peregrino Fase II.
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A produção no campo offshore havia sido interrompida em abril de 2020, devido à detecção de uma ruptura no riser de injeção de água durante um teste de fuga. Desde então, a companhia norueguesa realizou um grande programa de manutenção, atualizações e reparações no navio FPSO responsável por operar no campo, além de haver instalado uma nova plataforma, a Peregrino C.
Conforme explicou a empresa, estes investimentos possibilitaram o reinício da produção em segurança, o aumento da capacidade global do campo e a melhoria da intensidade das emissões de carbono.
Nesse sentido, Coelho acrescentou que está orgulhosa de como as equipes trabalharam arduamente durante toda a pandemia da Covid-19, a fim de modernizar as instalações e permitir que o campo offshore de Peregrino voltasse a funcionar. Ela declarou, ainda, que mais de 1.200 pessoas têm trabalhado em conjunto nos últimos meses para o cumprimento desta função.
De acordo com a Equinor, Peregrino é o maior campo offshore operado pela empresa fora da Noruega, além de ser o primeiro de uma série de grandes desenvolvimentos de campo no Brasil. A companhia revelou também que as reservas remanescentes do Peregrino Fase I estão estimadas em 180 milhões de barris.
Nova plataforma de cabeça de poço foi instalada no campo offshore de Peregrino como parte do projeto Peregrino Fase II
Em paralelo à manutenção e aos melhoramentos no FPSO, foi instalada, ainda, uma terceira plataforma de cabeça de poço, a Peregrino C, que está progredindo em direção ao início da produção, enquanto o primeiro petróleo é previsto para o terceiro trimestre deste ano.
Esta nova plataforma faz parte do projeto Peregrino Fase II, o qual pretende prolongar a vida útil e o valor do campo, além de acrescentar de 250 a 300 milhões de barris. O Peregrino Fase I diz respeito a uma unidade FPSO, apoiada por duas plataformas de cabeça de poço – Peregrino A e Peregrino B. O Peregrino II, por sua vez, consiste numa nova plataforma de cabeça de poço – Peregrino C – e em instalações relacionadas.
Equinor quer reduzir as emissões de carbono no campo de Peregrino em 100.000 toneladas de CO2 por ano
Além do mais, a Equinor ressaltou que grandes investimentos foram realizados para que as emissões de CO2 do campo offshore de Peregrino fossem reduzidas, conforme a estratégia de baixo carbono da empresa. Prevê-se que, quando em operação, a Fase II irá diminuir as emissões absolutas no campo de Peregrino em 100.000 toneladas de CO2 por ano.
A empresa energética norueguesa pretende cumprir tal objetivo mediante a implementação de soluções digitais para otimizar o consumo de energia, em adição a turbinas de gás que reduzam e substituam drasticamente o consumo de gasóleo.
O campo petrolífero de Peregrino, que está localizado na Bacia de Campos, iniciou a sua produção em 2011. A Equinor é o operador do campo, tendo participação de 60%, enquanto o seu parceiro, a Sinochem, possui os restantes 40% de interesse.
Com relação aos negócios mais recentes tratados pela Equinor no Brasil, é válido notar que a empresa norueguesa estendeu o contrato para a Floatel Victory no último mês. Nos termos deste acordo, a unidade da Floatel International prestará serviços de Manutenção e Segurança (MSU) no FPSO Peregrino até o final deste ano.