A expectativa é que a privatização da Compagas efetivamente aconteça este ano. A empresa, do Paraná, trabalha com gás canalizado e vê na oportunidade um caminho para a expansão, algo que vinha acontecendo a passos lentos até então.
O presidente da Compagas, Rafael Lamastra Júnior, vê na privatização da empresa a chave para acelerar o processo de expansão de um dos maiores nomes no segmento do gás canalizado. A distribuidora do Paraná pretende alcançar mais força no próprio estado ao longo dos próximos anos.
Especulações de um ano financeiramente mais viável para todos anima a equipe da empresa
As expectativas altas para 2023 vêm após um período conturbado no âmbito comercial durante todo o ano de 2022.
Nos últimos meses, o gás perdeu potencial em relação a outros combustíveis e se tornou cada vez mais inacessível para o público, afetando o plano de expansão da Compagas.
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No entanto, o ano vigente já aponta para um cenário mais positivo, levando Lamastra a ver até mesmo uma diminuição nas tarifas de gás canalizado.
Para o presidente da Compagas, a redução pode chegar até 20% a partir de fevereiro, fazendo com que o combustível recupere seu potencial e volte a superar os concorrentes.
O gás liquefeito de petróleo (GLP) foi, em 2022, uma das principais ameaças ao gás canalizado, principalmente devido ao reajuste sobre os preços da Petrobras.
Como Lamastra falou: “O GLP é nossa grande ameaça, eles não têm preços regulados”. Este foi um dos fatores que levaram a Compagas a enfrentar um ano difícil, mas o presidente da empresa complementa: “O ano de 2022 foi um ano ruim para nossa área comercial, mas vejo uma perspectiva boa para recuperação de mercado”.
Mudanças no capital da empresa podem acelerar a expansão da rede, de acordo com Lamastra
Recentemente, a Compass entrou para o capital da Compagas como sócia minoritária. As mudanças, apesar de serem mínimas, transformam a dinâmica da empresa e podem dar o impulso necessário para conquistas maiores, algo reforçado pelo próprio presidente.
“Sentimos eles muito empenhados, preocupados com a área comercial, com o plano de expansão. Com esse nível de metas, não sei se a forma de atuar da antiga sócia iria acompanhar a necessidade”, ou seja, a velocidade com que a empresa está se transformando é animadora do ponto de vista comercial e a privatização pode trazer resultados ainda melhores.
Lamastra é bem enfático ao afirmar que qualquer caminho contrário à privatização vai impedir que a Compagas possa expandir em completo potencial.
As metas estabelecidas pela equipe, de forma interna, poderiam ser conquistadas em um cenário de desestatização.
Ao argumentar sobre o seu ponto de vista, o presidente cita vários fatores, incluindo as dificuldades impostas pela Lei das Licitações, por exemplo: “Através de concursos públicos, muitas vezes não conseguimos capturar os melhores talentos. Não conseguimos contratar os melhores fornecedores de serviços. Acabamos contratando aqueles que eventualmente oferecem o menor preço. Às vezes o ideal é uma equação que combine preço com qualidade”, disse.
O quadro atual da Compagas é distribuído desta forma: 51% das ações pertencem à Copel, enquanto a Commit está com 24,5% e a Mitsui com a mesma quantidade, também 24,5%.
A expansão do gás canalizado por todo o estado do Paraná é um dos principais objetivos traçados pela Compagas e pode ser conquistado, segundo o presidente da empresa, através da privatização da mesma. Ainda não há nenhuma confirmação a respeito.