Sulgás mantém maior parte da capacidade contratada com TBG, reduzindo riscos e garantindo flexibilidade na gestão do portfólio.
A Sulgás, distribuidora de gás canalizado do Rio Grande do Sul, fechou um acordo com a Petrobras para transferir parte da capacidade contratada na Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) no Gasbol. Esta parceria representa um marco para a empresa, que vê na transferência de capacidade uma oportunidade de otimização de recursos.
O Gasoduto Bolívia-Brasil é essencial para o suprimento de gás natural no país, e a Sulgás está comprometida com a busca por soluções inovadoras no setor. A parceria com a Petrobras para ceder parte da capacidade contratada é um passo importante para a empresa, que busca se adaptar às novas tendências do mercado de gás canalizado. Este acordo representa um avanço significativo para a Sulgás, que está comprometida com a modernização de suas operações.
A vantagem da gestão de portfólio no Gasbol
A principal vantagem da concessionária ao contratar a capacidade de saída diretamente é a liberdade na gestão do portfólio, permitindo que busquem outros supridores de gás natural. No entanto, essa liberdade vem acompanhada de riscos inerentes, como o pagamento de penalidades, incluindo o Encargo de Capacidade Não Utilizada, que pode impactar as tarifas.
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A estratégia da Sulgás no Gasbol
Thays Falcão, gerente-executiva de Estratégia da Sulgás, enfatiza que a cessão de parte da capacidade contratada não representa uma reviravolta na decisão de contratar capacidade diretamente com o transportador. A empresa ainda manterá a maior parte da capacidade contratada no Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol).
Para os anos de 2024 e 2025, a concessionária gaúcha irá ceder 270 mil m3/dia à Petrobras, equivalente a cerca de 25% do total contratado. Já para 2026 e 2027, a Sulgás cedeu 330 mil m3/dia, o que representa 20% do total.
Negociações de contratos de longo prazo
Nas negociações dos contratos de suprimento de longo prazo com a Petrobras em 2023, a concessionária optou por um modelo tradicional, no qual a petroleira se responsabiliza pela contratação da entrada e saída do sistema, assumindo os riscos da operação e cobrando uma tarifa postal por isso. Segundo Falcão, esse modelo se mostrou mais vantajoso, oferecendo a flexibilidade de saída sem perder a segurança operacional.
Adaptação ao mercado de gás natural
Falcão ressalta que esse movimento de adaptação faz parte de um processo de aprendizagem do mercado de gás natural, e que a Sulgás mantém como fornecedores a Petrobras e a Galp. Além disso, nove distribuidoras estaduais têm contrato anual com transportadores para contratação de capacidade na malha interligada de gasodutos em 2024, incluindo a SCGás (SC) e MSGás (MS) na malha da TBG, e Bahiagás (BA), Cegás (CE), Copergás (PE), ES Gás (ES), Potigás (RN) e Sergas (SE) na rede da Transportadora Associada de Gás (TAG).
Fonte: EPBR