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Rússia e o terror da ‘Mão Morta’: arma nuclear que funciona sozinha pode exterminar a humanidade e causar o apocalipse mesmo após a destruição total do país!

Escrito por Débora Araújo
Publicado em 18/12/2024 às 11:00
Rússia e o terror da ‘Mão Morta’ arma nuclear que funciona sozinha pode exterminar a humanidade e causar o apocalipse mesmo após a destruição total do país!
Imagem gerada por inteligência artificial

Conheça o sistema ‘Mão Morta’, um dispositivo apocalíptico da Rússia que mantém o mundo em alerta em meio a crescentes tensões internacionais.

Arma nuclear da Rússia: Em um mundo onde as tensões internacionais estão cada vez mais acirradas, a possibilidade de uma guerra nuclear voltou a ser uma preocupação real. A Rússia, protagonista de muitas dessas discussões, possui um sistema que parece ter saído de um filme de ficção científica, mas é bem real: o Dead Hand, ou em português, Mão Morta. Trata-se de uma arma nuclear programada para funcionar mesmo que todo o país esteja destruído, e ela pode ser o gatilho para o fim da humanidade.

O que é o Dead Hand, a Mão Morta da Rússia?

Desenvolvido na época da União Soviética, em plena Guerra Fria, o Dead Hand (Mertvaya Ruka, em russo) entrou em operação em 1985. O objetivo? Garantir que, mesmo em caso de um ataque devastador que aniquilasse a liderança soviética, a retaliação nuclear fosse inevitável.

O funcionamento desse sistema bizarro é baseado no conceito de Dead Man’s Switch, ou “interruptor do homem morto”. Se ninguém estiver no comando para tomar uma decisão, o sistema age sozinho. Em outras palavras, a Rússia teria criado um dispositivo de vingança extrema, capaz de lançar centenas de armas nucleares automaticamente.

Como funciona o Dead Hand?

Dead Hand é programado com base em quatro comandos do tipo IF, THEN (SE, ENTÃO) — uma lógica simples, mas assustadora. Veja como a arma nuclear da Rússia funciona:

  • Primeira verificação: Se um ataque nuclear for detectado no território soviético. O sistema analisa níveis de radioatividadepressão atmosférica e até atividade sísmica para identificar explosões;
  • Segunda verificação: Se houver um ataque, o sistema verifica as redes de comunicação com o comando central, conhecido como “sala de guerra”;
  • Terceira verificação: Se a comunicação com o comando central estiver intacta, o sistema desativa. Afinal, se os líderes soviéticos estiverem vivos, eles podem decidir o que fazer;
  • Quarta verificação: Se não houver comunicação com o comando, o sistema transfere a responsabilidade a um operador de plantão em um bunker secreto.

Esse operador teria uma tarefa simples, porém decisiva: autorizar ou não o lançamento de um contra-ataque nuclear. Se ele não responder a tempo, há indícios de que o sistema poderia agir completamente sozinho, iniciando uma retaliação automática.

A última ação: um foguete mensageiro

Se a decisão final for de retaliação, o Dead Hand dispara um “foguete mensageiro”. Esse foguete, equipado com um transmissor resistente à radiação, sobrevoa o território russo e envia um comando de disparo para todos os silos de mísseis nucleares.

O resultado seria catastrófico do acionamento da arma nuclear da Rússia: centenas de mísseis intercontinentais carregados com ogivas nucleares seriam lançados simultaneamente em direção a alvos pré-determinados. Durante a Guerra Fria, os Estados Unidos eram o alvo principal. Hoje, qualquer país considerado uma ameaça pela Rússia poderia ser incluído.

O que aconteceria em caso de guerra nuclear?

Se o Dead Hand for ativado, as consequências seriam inimagináveis. Especialistas afirmam que a destruição seria total em questão de minutos. Além das explosões nucleares, os efeitos no planeta seriam devastadores e poderiam representar o fim da humanidade.

  • Radiação e doenças: Sobreviventes enfrentariam níveis extremos de radiação, causando câncer e doenças fatais;
  • Inverno nuclear: A poeira e a fumaça das explosões bloqueariam a luz solar, derrubando as temperaturas globais e destruindo as plantações;
  • Fome mundial: A contaminação da água e do solo tornaria a produção de alimentos impossível;
  • Colapso ambiental: A destruição da camada de ozônio e o impacto na biodiversidade levariam à extinção de milhares de espécies.

Estudos sugerem que um inverno nuclear poderia condenar bilhões de pessoas à morte, sem contar o impacto em outras formas de vida no planeta.

O Dead Hand ainda está ativo?

Embora o sistema tenha sido criado há quase 40 anos, relatos indicam que o Dead Hand ainda está em operação. Bruce Blair, uma autoridade no combate às armas nucleares, afirmou que a Rússia tem atualizado o sistema para evitar que ele seja interceptado por tecnologias modernas.

O bunker onde o operador de plantão que pode acionar o botão do fim da humanidade fica localizado permanece um mistério, mas muitos acreditam que ele está escondido no Monte Kosvinsk, uma região isolada e congelada no coração da Rússia.

O risco de um fim apocalíptico

Com o aumento das tensões globais, o medo de uma guerra nuclear voltou a assombrar o mundo. O conflito na Ucrânia, por exemplo, trouxe à tona o risco de ataques próximos a usinas nucleares, como a de Zaporíjia, a maior da Europa.

O Dead Hand, essa arma nuclear assustadora, representa mais do que uma estratégia de defesa: é um símbolo do que a humanidade pode enfrentar caso as rivalidades políticas saiam do controle.

O sistema Mão Morta, criado pela Rússia, é uma lembrança sombria de como a tecnologia pode ser usada para garantir a destruição em massa. O risco de um fim da humanidade provocado por uma guerra nuclear não pode ser ignorado, especialmente em tempos tão instáveis como os atuais.

A única certeza que temos é que os impactos de um conflito dessa magnitude seriam catastróficos, tornando essencial que as nações trabalhem em conjunto para evitar o uso de armas nucleares. Afinal, quando o botão for apertado, pode não haver volta.

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Débora Araújo

Escrevo sobre energias renováveis, automóveis, ciência e tecnologia, indústria e as principais tendências do mercado de trabalho. Com um olhar atento às evoluções globais e atualizações diárias, dedico-me a compartilhar sempre informações relevantes.

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