Conheça o sistema ‘Mão Morta’, um dispositivo apocalíptico da Rússia que mantém o mundo em alerta em meio a crescentes tensões internacionais.
Arma nuclear da Rússia: Em um mundo onde as tensões internacionais estão cada vez mais acirradas, a possibilidade de uma guerra nuclear voltou a ser uma preocupação real. A Rússia, protagonista de muitas dessas discussões, possui um sistema que parece ter saído de um filme de ficção científica, mas é bem real: o Dead Hand, ou em português, Mão Morta. Trata-se de uma arma nuclear programada para funcionar mesmo que todo o país esteja destruído, e ela pode ser o gatilho para o fim da humanidade.
O que é o Dead Hand, a Mão Morta da Rússia?
Desenvolvido na época da União Soviética, em plena Guerra Fria, o Dead Hand (Mertvaya Ruka, em russo) entrou em operação em 1985. O objetivo? Garantir que, mesmo em caso de um ataque devastador que aniquilasse a liderança soviética, a retaliação nuclear fosse inevitável.
O funcionamento desse sistema bizarro é baseado no conceito de Dead Man’s Switch, ou “interruptor do homem morto”. Se ninguém estiver no comando para tomar uma decisão, o sistema age sozinho. Em outras palavras, a Rússia teria criado um dispositivo de vingança extrema, capaz de lançar centenas de armas nucleares automaticamente.
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Como funciona o Dead Hand?
O Dead Hand é programado com base em quatro comandos do tipo IF, THEN (SE, ENTÃO) — uma lógica simples, mas assustadora. Veja como a arma nuclear da Rússia funciona:
- Primeira verificação: Se um ataque nuclear for detectado no território soviético. O sistema analisa níveis de radioatividade, pressão atmosférica e até atividade sísmica para identificar explosões;
- Segunda verificação: Se houver um ataque, o sistema verifica as redes de comunicação com o comando central, conhecido como “sala de guerra”;
- Terceira verificação: Se a comunicação com o comando central estiver intacta, o sistema desativa. Afinal, se os líderes soviéticos estiverem vivos, eles podem decidir o que fazer;
- Quarta verificação: Se não houver comunicação com o comando, o sistema transfere a responsabilidade a um operador de plantão em um bunker secreto.
Esse operador teria uma tarefa simples, porém decisiva: autorizar ou não o lançamento de um contra-ataque nuclear. Se ele não responder a tempo, há indícios de que o sistema poderia agir completamente sozinho, iniciando uma retaliação automática.
A última ação: um foguete mensageiro
Se a decisão final for de retaliação, o Dead Hand dispara um “foguete mensageiro”. Esse foguete, equipado com um transmissor resistente à radiação, sobrevoa o território russo e envia um comando de disparo para todos os silos de mísseis nucleares.
O resultado seria catastrófico do acionamento da arma nuclear da Rússia: centenas de mísseis intercontinentais carregados com ogivas nucleares seriam lançados simultaneamente em direção a alvos pré-determinados. Durante a Guerra Fria, os Estados Unidos eram o alvo principal. Hoje, qualquer país considerado uma ameaça pela Rússia poderia ser incluído.
O que aconteceria em caso de guerra nuclear?
Se o Dead Hand for ativado, as consequências seriam inimagináveis. Especialistas afirmam que a destruição seria total em questão de minutos. Além das explosões nucleares, os efeitos no planeta seriam devastadores e poderiam representar o fim da humanidade.
- Radiação e doenças: Sobreviventes enfrentariam níveis extremos de radiação, causando câncer e doenças fatais;
- Inverno nuclear: A poeira e a fumaça das explosões bloqueariam a luz solar, derrubando as temperaturas globais e destruindo as plantações;
- Fome mundial: A contaminação da água e do solo tornaria a produção de alimentos impossível;
- Colapso ambiental: A destruição da camada de ozônio e o impacto na biodiversidade levariam à extinção de milhares de espécies.
Estudos sugerem que um inverno nuclear poderia condenar bilhões de pessoas à morte, sem contar o impacto em outras formas de vida no planeta.
O Dead Hand ainda está ativo?
Embora o sistema tenha sido criado há quase 40 anos, relatos indicam que o Dead Hand ainda está em operação. Bruce Blair, uma autoridade no combate às armas nucleares, afirmou que a Rússia tem atualizado o sistema para evitar que ele seja interceptado por tecnologias modernas.
O bunker onde o operador de plantão que pode acionar o botão do fim da humanidade fica localizado permanece um mistério, mas muitos acreditam que ele está escondido no Monte Kosvinsk, uma região isolada e congelada no coração da Rússia.
O risco de um fim apocalíptico
Com o aumento das tensões globais, o medo de uma guerra nuclear voltou a assombrar o mundo. O conflito na Ucrânia, por exemplo, trouxe à tona o risco de ataques próximos a usinas nucleares, como a de Zaporíjia, a maior da Europa.
O Dead Hand, essa arma nuclear assustadora, representa mais do que uma estratégia de defesa: é um símbolo do que a humanidade pode enfrentar caso as rivalidades políticas saiam do controle.
O sistema Mão Morta, criado pela Rússia, é uma lembrança sombria de como a tecnologia pode ser usada para garantir a destruição em massa. O risco de um fim da humanidade provocado por uma guerra nuclear não pode ser ignorado, especialmente em tempos tão instáveis como os atuais.
A única certeza que temos é que os impactos de um conflito dessa magnitude seriam catastróficos, tornando essencial que as nações trabalhem em conjunto para evitar o uso de armas nucleares. Afinal, quando o botão for apertado, pode não haver volta.