Refinarias da Petrobras, Compagas e Ferroeste são empresas previstas para privatizações em 2022
O setor de infraestrutura no Paraná seve sofrer privatizações em 2022 – a expectativa é de que as vendas de refinarias da Petrobras e as empresas Compagas e Ferroeste sejam efetivadas. O primeiro leilão previsto é o da Nova Ferroeste, que deve acontecer no segundo trimestre deste ano. O vencedor irá construir a ferrovia e poderá explorar o trecho durante 70 anos.
Confira ainda:
- Gerdau Graphene fecha contrato com a Embrapii/SENAI-SP para explorar o grande potencial do grafeno em resinas poliméricas
- Voith Hydro irá modernizar e aumentar a vida útil das turbinas da usina hidrelétrica de Paulo Afonso
- Rede de postos de combustível economiza ao criar uma rede própria de energia solar
Ferroeste
A ferrovia irá ligar Maracaju (MS) a Paranaguá (PR), com 1.304 quilômetros de extensão de trilhos. O único trecho que já existe é o que une Cascavel a Guarapuava, com um total de 248 quilômetros. Todos os outros precisarão ser construídos. O projeto, que já foi apresentado a investidores nacionais e internacionais, tem o total aproximado de R$ 29,4 bilhões a serem investidos para a construção.
No primeiro ano depois de ser concluída, a Nova Ferroeste deve transportar 38 milhões de toneladas de produtos. Ao final de 60 anos, esse número quase triplicaria, reduzindo em 30% o custo do transporte, que prevalece atualmente no modal rodoviário.
- Akaer fecha contrato milionário para produzir componentes do C-390 e do Praetor 600: participação em aviões que já conquistaram mais de 10 países!
- Governo lança investimento histórico de R$ 546,6 bilhões para transformar a agricultura e a indústria brasileira com tecnologia e sustentabilidade
- Enquanto compra jazidas no Brasil, China proíbe exportação de minerais essenciais aos EUA em mais um capítulo da atual tensão comercial
- Conheça o plano ambicioso da Petrobras que pode gerar 25 MIL empregos e investimentos de mais de R$ 130 BILHÕES
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) já autorizou, em dezembro, os quatro ramais ferroviários previstos (Cascavel – Foz do Iguaçu, Cascavel – Chapecó, Dourados – Maracaju e Guarapuava Paranaguá).
O próximo passo é aguardar a aprovação do Estudo de Impacto Ambiental pelo Ibama, cuja previsão é de que aconteça nos próximos dias. Feito isso, ocorrerão audiências públicas e a expedição da licença prévia, que deve sair em abril, para dar início às obras. “Isso agrega segurança jurídica para o empreendimento, o que é importante para atrair investidores”, declarou o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes.
Privatização de refinarias da Petrobras
A Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), de São Mateus do Sul, e a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), de Araucária, ambas no Paraná, também estão em processo de privatização. Com valor de venda totalizando R$ 178,8 milhões, a SIX já teve o contrato fechado em novembro com a empresa Forbes & Manhattan Resources Inc. (F&M Resources), subsidiária integral da Forbes & Manhattan Inc. (F&M).
Depois de concluir a operação de privatização, a Petrobras seguirá atuando como prestadora de serviços durante um período transitório, o qual, segundo a empresa, será definido de acordo com a necessidade e não tem data de validade.
Já a privatização da Repar está prevista para acontecer no segundo semestre de 2022. As negociações começaram em 2020, mas as propostas apresentadas deixaram a desejar na avaliação econômico-financeira da empresa e o contrato não foi assinado. A Petrobras está retomando o processo, contudo não informa os dados por se tratarem de informações sigilosas.
Ações vendidas da Compagas
Para o segundo semestre deste ano também está prevista a venda de ações da Copel na Compagas. A Copel tem 51% das ações, enquanto os outros acionistas são o grupo japonês Mitsui e a Gaspetro, cada um com 24,5%. Antes do negócio ser fechado, as cláusulas do contrato devem ser revistas e o setor produtivo espera por um contrato mais justo, com diminuição no preço do insumo.
Indústrias de papel e celulose e cerâmica são as principais consumidoras de gás natural no Paraná, onde o produto é um dos mais caros do Brasil devido, principalmente, a alta taxa de distribuição.
Ao passo que Santa Catarina cobra R$ 0,40 por metro cúbico de gás transportado e a média nacional é de R$ 0,50, no Paraná é cobrado R$ 0,81. “O novo contrato vai valer por mais 30 anos. Por isso é muito importante que as regras sejam muito bem definidas agora”, destaca João Arthur Mohr, gerente de Assuntos Estratégicos da Fiep.