Como os investimentos chineses em infraestrutura e agronegócio estão moldando a relação Brasil-China e impactando o comércio regional.
A China tem investido significativamente em diversos países ao redor do mundo, e o Brasil não é exceção. Um levantamento do Instituto Internacional para Estudos Estratégicos revela que, até 2022, a China fez aportes em mais de 170 nações. Esse movimento reforça a intenção do país asiático de aumentar sua presença global, e o Brasil se destaca como um dos destinos preferidos desses investimentos.
O Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) aponta que os investimentos estão concentrados em áreas como infraestrutura, portos e ferrovias, e vê uma oportunidade para aumentar ainda mais esses aportes. Tulio Cariello, diretor de conteúdo do CEBC, foi entrevistado recentemente pelo site Jovem Pan e explicou melhor o contexto e as implicações dessa relação.
Investimentos da China em infraestrutura
A China tem investido estrategicamente em infraestrutura ao redor do mundo, com projetos notáveis em portos e sistemas de transporte.
- Com 17 mil km de extensão, nova ferrovia unirá Brasil e China e promete revolucionar as rotas comerciais entre os continentes! Megaprojeto custará pelo US$ 490 bilhões.
- Porque o Brasil não é uma superpotência — mas deveria ser
- Os países MAIS ENDIVIDADOS DO MUNDO: a surpreendente posição do Brasil em 2024
- Multinacional chilena investe R$ 730 milhões em novo setor e transforma Goiás no maior fabricante do país!
No Brasil, o Porto de Paranaguá é um exemplo de como esses investimentos chineses podem influenciar o controle marítimo.
Cariello explica que o controle do escoamento de produtos é crucial para a China, que se tornou um dos principais parceiros comerciais de muitos países sul-americanos.
Historicamente, o comércio com a China dependia de intermediários internacionais dos Estados Unidos e da Europa.
Com o crescimento da demanda chinesa e o aumento das vendas da América do Sul, a China tem buscado investir diretamente na infraestrutura de transporte e armazenamento para ter maior controle sobre o escoamento desses produtos.
Esses investimentos são vistos como uma estratégia para consolidar sua influência na região e garantir um fluxo contínuo de commodities essenciais.
Embora o Porto do Peru não tenha um impacto direto significativo sobre o Brasil, o investimento na infraestrutura portuária do Peru pode beneficiar indiretamente o Brasil.
O objetivo do Peru é melhorar o acesso à Ásia e, consequentemente, facilitar o comércio regional.
A maior eficiência no transporte pode ajudar a dinamizar o comércio regional, beneficiando países vizinhos, como o Brasil.
Para o Brasil, a maior importância desses investimentos está em atrair investimentos similares para suas próprias infraestruturas.
Atualmente, a China investe mais em energia, especialmente em eletricidade e petróleo, do que em infraestrutura tradicional, como ferrovias e portos.
A potencial expansão desses investimentos pode ajudar a resolver gargalos históricos e promover um desenvolvimento mais equilibrado.
Afinal, por que a China foca no Brasil?
O Brasil, como uma economia emergente, possui um grande potencial para atrair investimentos.
Não é apenas a China que vê o Brasil como um destino atraente; o país figura frequentemente entre os maiores destinos de investimento externo no mundo.
O marco regulatório brasileiro facilita a entrada de investidores internacionais, o que é um ponto positivo para a China, a qual é uma das nações que mais investe globalmente.
O setor agropecuário é uma área de interesse especial para a China. O Brasil é um fornecedor chave de commodities como soja e carnes, e a China investe em empresas que atuam na cadeia produtiva do agro, como a Cofco e a Long Ping.
No entanto, os investimentos chineses ainda são modestos em comparação com o potencial da área, que poderia receber mais aportes.
A influência chinesa no agronegócio e a questão da compra de terras
Há preocupações sobre a China tentar adquirir terras no Brasil, mas Cariello esclarece que isso não é uma meta chinesa.
A legislação brasileira limita a compra de terras por estrangeiros, inviabilizando tais aquisições.
O foco da China tem sido investir em áreas complementares da cadeia produtiva, como o escoamento de produtos e a tecnologia de sementes.
Empresas chinesas, como a Cofco e a Long Ping, investem em infraestrutura e tecnologia no Brasil, tendo benefícios para ambos os lados.
Esses investimentos podem criar empregos e trazer novas tecnologias, e não devem ser vistos como uma forma de “compra” do país.
Riscos e futuro das relações Brasil-China
A relação comercial entre o Brasil e a China é significativa, mas há riscos associados. A China está buscando diversificar seus fornecedores e evitar a dependência excessiva de um único parceiro, o que pode incluir o Brasil.
O país asiático está investindo em novas fontes de fornecimento, inclusive na África e na Ásia, e buscando aumentar sua produção interna de commodities.
Para o Brasil, é crucial buscar novos mercados e reduzir a dependência de um único parceiro.
A África, por exemplo, apresenta oportunidades de mercado que podem complementar as exportações brasileiras e ajudar a mitigar riscos associados a uma dependência excessiva da China.
Os bancos chineses estão se expandindo globalmente, mas no Brasil, a presença deles tem sido mais voltada para investimentos do que para financiamentos.
A China também está promovendo o yuan e investindo em iniciativas de transição energética.
O Brasil, com seu setor agropecuário avançado e tecnologia desenvolvida, pode atrair mais financiamento verde e parcerias em áreas como agricultura de baixo carbono.
Em resumo, os investimentos chineses no Brasil são uma parte importante da relação bilateral, com benefícios para ambos os lados.
A China busca consolidar sua influência e garantir o escoamento de produtos, enquanto o Brasil pode se beneficiar de novos investimentos e tecnologias.
A diversificação de parceiros e a expansão de mercados são essenciais para manter um equilíbrio saudável e reduzir riscos futuros.
Acho extremamente saudável ler matérias como estas.
O Brasil deveria pautar pequenas ações e diversificar as atividades mais básicas, assim fez a China para crescer, o Brasil tem muitas terras improdutivas (terras estas que estão em nome de barões do agronegócio, mas não usam seu espaço para benefício coletivo), visto que o Brasil, uma potência agroexportadora deve ser pautar em aumentar as condições alimentícias para sua população antes de exportar, o governo brasileiro é cadelinha do exterior, a China não se importa com nossas políticas exportadoras, desde que eles se beneficiem, os EUA amam nossas políticas, pois se beneficiam diretamente disso, enfim, o Brasil tem que se preocupar consigo, pautar coisas na materialidade explícita e parar de criar coisas vazias como a bancada evangélica busca.
A China não investe. Ela comprou o Brasil, pagou a eleição do nine, e em troca ficou dona de todos os direitos ****, agrícolas e usa laranjas, como os açougueiros pra disfarçar os negócios. Por isso, estamos fu. Seremos escravos dos chineses, e quem achar que isso é teoria da conspiração, vejam os preços das comodities, eles pagam o que querem, e em breve, com os portos, ferrovias e áreas de terra em suas mãos, depois do nosso congresso aprovar a lei de venda de terras aos estrangeiros, nada mais os impedirá de colocar as leis trabalhistas chinesas no Brasil. Os petistas que nunca foram muito felizes em trabalhar, terão uma carga horária de 16 horas e sem nenhum direito trabalhista. Bem vindos ao comunismo.