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Pela PRIMEIRA VEZ Brasil atinge dívida monumental de R$ 9 TRILHÕES

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 29/11/2024 às 16:17
Dívida bruta do Brasil ultrapassa R$ 9 trilhões em outubro de 2024. Alta histórica impacta o PIB e preocupa especialistas.
Dívida bruta do Brasil ultrapassa R$ 9 trilhões em outubro de 2024. Alta histórica impacta o PIB e preocupa especialistas.
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Brasil atinge pela primeira vez na história uma dívida bruta de R$ 9 trilhões, representando 78,64% do PIB. A alta, impulsionada por juros elevados e déficits, traz alertas para a economia. A gestão do governo Lula enfrenta desafios para conter o crescimento desse endividamento monumental.

O Brasil acaba de cruzar uma marca inédita e preocupante. Pela primeira vez na história, a dívida bruta do país superou a impressionante cifra de R$ 9 trilhões.

Este marco, alcançado em outubro de 2024, pode parecer um número distante, mas as consequências dessa escalada podem afetar diretamente o bolso dos brasileiros e a economia nacional.

Segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (29 de novembro de 2024), a dívida bruta do governo geral (DBGG) atingiu R$ 9,032 trilhões, o que representa um aumento de 1,16% em relação a setembro.

O crescimento é ainda mais assustador quando comparado ao mesmo período de 2023, com uma alta de 14,13%.

O que é a DBGG e por que importa?

A DBGG inclui os débitos do governo federal, do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), e também de estados e municípios.

De acordo com o Banco Central, o estoque da dívida subiu R$ 952,6 bilhões somente em 2024. Desde o início do governo Lula, o aumento já chega a impressionantes R$ 1,8 trilhão.

A série histórica, iniciada em 2006, revela o crescimento da dívida em diferentes administrações.

Durante o primeiro governo Lula (2007-2010), a dívida cresceu R$ 674,9 bilhões. Já na gestão Dilma Rousseff (2011-2014), o salto foi de R$ 1,241 trilhão.

O governo Bolsonaro também viu a dívida disparar, com um aumento de R$ 1,952 trilhão. Agora, no segundo mandato de Lula, os números continuam em trajetória ascendente.

Peso no PIB atinge maior nível desde 2021

Uma das formas mais usadas para medir o impacto da dívida é compará-la ao Produto Interno Bruto (PIB). Em outubro de 2024, a dívida bruta representava 78,64% do PIB.

Este é o maior patamar em três anos, desde outubro de 2021, quando chegou a 79,1%.

Essa escalada corresponde a um aumento de 4,22 pontos percentuais somente em 2024 e de 6,96 pontos percentuais desde o início do atual governo.

O crescimento, embora esperado por muitos economistas, levanta questionamentos sobre a sustentabilidade fiscal do país a médio e longo prazo.

O impacto dos juros

Outro dado alarmante é o peso dos juros nominais da dívida pública.

Os gastos com juros somaram R$ 111,6 bilhões apenas em outubro de 2024, um salto de 80,3% em comparação a outubro de 2023, quando totalizaram R$ 61,9 bilhões.

A manutenção da taxa Selic em níveis elevados é um dos principais fatores que agravam o custo da dívida.

Com a Selic alta, o financiamento do endividamento público se torna ainda mais oneroso.

Para os especialistas, isso cria um efeito cascata, dificultando investimentos e reduzindo a margem de manobra do governo.

A trajetória da dívida ao longo dos anos

O histórico da dívida revela o crescimento exponencial ao longo das últimas décadas. Confira os números de cada administração:

  • Governo Lula (2007-2010): R$ 674,9 bilhões;
  • Governo Dilma (2011-2014): R$ 1,241 trilhão;
  • Governo Dilma/Temer (2015-2018): R$ 2,020 trilhões;
  • Governo Bolsonaro (2019-2022): R$ 1,952 trilhão;
  • Governo Lula (2023-2024): R$ 1,807 trilhão (até agora).

Esse crescimento reflete não apenas a expansão do gasto público, mas também crises econômicas e mudanças nas políticas fiscais.

O que esperar no futuro?

Especialistas apontam que, para evitar um colapso fiscal, o Brasil precisará adotar medidas de ajuste, como a contenção de gastos e reformas estruturais.

Sem uma mudança na trajetória da dívida, o país pode enfrentar maiores dificuldades para atrair investimentos e manter o equilíbrio das contas públicas.

A dúvida que fica para o brasileiro é: como essa dívida monumental vai impactar o futuro da economia e a vida das pessoas?

O governo Lula tem um desafio significativo pela frente, equilibrando crescimento econômico e responsabilidade fiscal.

Na sua visão, o que precisa ser feito para o Brasil reverter essa situação? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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