Brasil atinge pela primeira vez na história uma dívida bruta de R$ 9 trilhões, representando 78,64% do PIB. A alta, impulsionada por juros elevados e déficits, traz alertas para a economia. A gestão do governo Lula enfrenta desafios para conter o crescimento desse endividamento monumental.
O Brasil acaba de cruzar uma marca inédita e preocupante. Pela primeira vez na história, a dívida bruta do país superou a impressionante cifra de R$ 9 trilhões.
Este marco, alcançado em outubro de 2024, pode parecer um número distante, mas as consequências dessa escalada podem afetar diretamente o bolso dos brasileiros e a economia nacional.
Segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (29 de novembro de 2024), a dívida bruta do governo geral (DBGG) atingiu R$ 9,032 trilhões, o que representa um aumento de 1,16% em relação a setembro.
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O crescimento é ainda mais assustador quando comparado ao mesmo período de 2023, com uma alta de 14,13%.
O que é a DBGG e por que importa?
A DBGG inclui os débitos do governo federal, do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), e também de estados e municípios.
De acordo com o Banco Central, o estoque da dívida subiu R$ 952,6 bilhões somente em 2024. Desde o início do governo Lula, o aumento já chega a impressionantes R$ 1,8 trilhão.
A série histórica, iniciada em 2006, revela o crescimento da dívida em diferentes administrações.
Durante o primeiro governo Lula (2007-2010), a dívida cresceu R$ 674,9 bilhões. Já na gestão Dilma Rousseff (2011-2014), o salto foi de R$ 1,241 trilhão.
O governo Bolsonaro também viu a dívida disparar, com um aumento de R$ 1,952 trilhão. Agora, no segundo mandato de Lula, os números continuam em trajetória ascendente.
Peso no PIB atinge maior nível desde 2021
Uma das formas mais usadas para medir o impacto da dívida é compará-la ao Produto Interno Bruto (PIB). Em outubro de 2024, a dívida bruta representava 78,64% do PIB.
Este é o maior patamar em três anos, desde outubro de 2021, quando chegou a 79,1%.
Essa escalada corresponde a um aumento de 4,22 pontos percentuais somente em 2024 e de 6,96 pontos percentuais desde o início do atual governo.
O crescimento, embora esperado por muitos economistas, levanta questionamentos sobre a sustentabilidade fiscal do país a médio e longo prazo.
O impacto dos juros
Outro dado alarmante é o peso dos juros nominais da dívida pública.
Os gastos com juros somaram R$ 111,6 bilhões apenas em outubro de 2024, um salto de 80,3% em comparação a outubro de 2023, quando totalizaram R$ 61,9 bilhões.
A manutenção da taxa Selic em níveis elevados é um dos principais fatores que agravam o custo da dívida.
Com a Selic alta, o financiamento do endividamento público se torna ainda mais oneroso.
Para os especialistas, isso cria um efeito cascata, dificultando investimentos e reduzindo a margem de manobra do governo.
A trajetória da dívida ao longo dos anos
O histórico da dívida revela o crescimento exponencial ao longo das últimas décadas. Confira os números de cada administração:
- Governo Lula (2007-2010): R$ 674,9 bilhões;
- Governo Dilma (2011-2014): R$ 1,241 trilhão;
- Governo Dilma/Temer (2015-2018): R$ 2,020 trilhões;
- Governo Bolsonaro (2019-2022): R$ 1,952 trilhão;
- Governo Lula (2023-2024): R$ 1,807 trilhão (até agora).
Esse crescimento reflete não apenas a expansão do gasto público, mas também crises econômicas e mudanças nas políticas fiscais.
O que esperar no futuro?
Especialistas apontam que, para evitar um colapso fiscal, o Brasil precisará adotar medidas de ajuste, como a contenção de gastos e reformas estruturais.
Sem uma mudança na trajetória da dívida, o país pode enfrentar maiores dificuldades para atrair investimentos e manter o equilíbrio das contas públicas.
A dúvida que fica para o brasileiro é: como essa dívida monumental vai impactar o futuro da economia e a vida das pessoas?
O governo Lula tem um desafio significativo pela frente, equilibrando crescimento econômico e responsabilidade fiscal.
Na sua visão, o que precisa ser feito para o Brasil reverter essa situação? Compartilhe sua opinião nos comentários!