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Para prevenir risco de desabastecimento de diesel, Petrobras suspende manutenção da Refinaria Henrique Lage (Revap)

7 de julho de 2022 às 09:33
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A semana começou agitada  para a empresa Petrobras, uma vez que a estatal decidiu adiar o processo de manutenção planejada da unidade de tratamento de diesel da Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP), que estava previsto para o segundo semestre deste ano.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A semana começou agitada  para a empresa Petrobras, uma vez que a estatal decidiu adiar o processo de manutenção planejada da unidade de tratamento de diesel da Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP), que estava previsto para o segundo semestre deste ano.

Na terça-feira, (05/07), a pedido da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a Petrobras anunciou a medida que suspende a manutenção da refinaria, isso para evitar que o Brasil encare riscos de desabastecimento de diesel neste segundo semestre de 2022. O cenário atual dos níveis nacionais e internacionais de reservas de diesel são preocupantes, desanimadores e nada otimistas.

Manutenção de refinaria estava prevista para novembro de 2022

De acordo com a empresa Petrobras, a manutenção da Refinaria Henrique Lage (Revap) estava prevista, originalmente, para o segundo semestre deste ano, em novembro. Porém, com a medida adotada nesta terça-feira, o processo está previsto para ser realizado no primeiro trimestre de 2022. Essa, entretanto, pode não ser a única mudança no calendário de manutenções de refino da empresa.

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Dessa forma, a Petrobras, por meio de nota, informou que: “também continua avaliando a postergação da parada da Refinaria Presidente Bernardes (SP), de novembro de 2022 para 2023, considerando as condições operacionais e de integridade das unidades de processo e legislação vigente”.

É válido salientar que, é com o processo do refino do petróleo produzidas, por dia, várias outras substâncias, como o diesel. Por isso, a falta de manutenção das refinarias é de suma importância para não haver riscos de desabastecimento de óleo diesel no país.

É importante lembrar, também, que o Brasil não tem uma produção de diesel suficiente para atender à demanda do mercado interno. Assim, o país precisa importar o combustível. Contudo, os níveis das reservas de diesel estão baixos em escala internacional, o que acaba interferindo nos preços do produto, isso porque a redução da oferta não acompanha a queda da demanda. 

Risco de desabastecimento de diesel no Brasil preocupa Petrobras

Nesse cenário, no final de maio, se tornou pública um comunicado do então presidente da empresa Petrobras, José Moura Ferreira Coelho, para o diretor geral da ANP, Rodolfo Saboia, no qual o presidente da estatal informava e alertava para a existência de “elevado risco de desabastecimento de diesel no mercado brasileiro no segundo semestre de 2022”.

O risco de desabastecimento é justificado pelo atual cenário internacional da Guerra da Ucrânia, uma vez que foi gerada uma série de sanções econômicas à Rússia, grande importadora de petróleo. Além disso, também é importante ressaltar que o país é um importante fornecedor de gás-natural, que sofreu restrições similares, aumentando, assim, o aumento da procura pelo diesel e, consequentemente, maior desabastecimento nos níveis internacionais.

Em aparições anteriores ao vazamento do comunicado da Petrobras, o diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, salientou que a agência estaria tomando providências para que fosse evitado o desabastecimento do combustível no país. Já na segunda-feira, (04/07), a agência comunicou que vai intensificar ainda mais o monitoramento das importações de óleo diesel S-10.

Após as polêmicas, Ferreira Coelho foi demitido da presidência da estatal em 20 de junho, pressionado pelo governo após medidas de alta de preços, que acompanhavam a política de preços internacionais. Assim, o presidente Jair Bolsonaro anunciou dias sancionou a lei de redução de ICMS, o que resultou na redução dos valores dos combustíveis, isso porque a medida torna os combustíveis itens essenciais, limitando a alíquota entre 17% ou 18%.

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