A greve dos caminhoneiros apoiada pela FUP está prevista para acontecer a partir de 1º de fevereiro, motivada pelo aumento no preço do combustível
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos anunciaram apoio a greve dos caminhoneiros, marcada para começar na segunda-feira, dia 1º de fevereiro. O movimento está sendo liderado pela Associação Nacional de Transporte no Brasil (ANTB). A paralisação de profissionais do setor tem como principal motivação o aumento no valor dos combustíveis, que conforme anunciado neste dia pelo CPG, a Petrobras anunciou novo reajuste no preço do diesel e da gasolina em suas refinarias, que consequentemente irá refletir no bolso do consumidor.
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“O apoio dos petroleiros terá ações localizadas em todo o País, unindo o protesto com solidariedade pelo momento difícil em que o Brasil se encontra, com altas taxas de desemprego e perda de renda”, diz a entidade em nota divulgada ontem (26/01).
Apesar da alta no preço dos combustíveis, ser a o motivo principal para a greve dos caminhoneiros, a pauta contém dez itens, entre eles também estão o enfrentamento da crise sanitária (ampliação dos recursos para o SUS e defesa das medidas de distanciamento social) e o enfrentamento da crise econômica (retomada do Auxílio Emergencial), defesa do Programa de Proteção ao Emprego; luta contra o Teto dos gatos e contra a Reforma administrativa).
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Com data para começar e sem data para terminar, a expectativa é que a greve possa superar à de 2018 em decorrência da maior conscientização da categoria e da população sobre as pautas envolvidas e os efeitos para toda sociedade.
[quads id=2]Dados do INNEP aponta que o preço do óleo diesel no Brasil é o segundo mais caro do mundo
Estudo realizado pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (INEEP) aponta que o preço do óleo diesel no Brasil é o segundo mais caro do mundo, só perdendo para a Alemanha.
Segundo o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar, os reajustes estão ocorrendo, desde outubro de 2016, quando o mercado privado pressionou a Petrobras a mudar sua política de preços para viabilizar a privatização da empresa, baseando-se no PPI – Preço de Paridade de Importação.
Neste mês, a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom) recorreu ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e à Agência Nacional do Petróleo (ANP) alegando que a Petrobras vendia combustível abaixo da média internacional, prejudicando a concorrência, no mercado de derivados de petróleo.
“Essa é uma amostra do que acontecerá com o país, caso a privatização avance: sem compromisso com a responsabilidade social, apenas com o lucro. Com a privatização, a tendência é que o preço dos derivados aumente muito mais. O projeto para o setor de petróleo e gás que o país está seguindo é o de submissão ao mercado internacional, sem o mínimo debate sobre os interesses do povo e a soberania energética”, afirmou Bacelar.