Até o início de 2020, o mercado e as oportunidades no setor de construção civil estavam a todo vapor. No primeiro bimestre do ano, a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) afirmou que os lançamentos de imóveis somaram-se 6.781, com um crescimento de 34,6%, em relação ao ano passado.
Enquanto isso, as vendas desse mercado chegaram a 19;0177 no final do mês de fevereiro, avanço de mais 25,9%. No entanto, com a propagação do novo coronavírus, também conhecido como Covid-19, o setor de construção civil, que se recuperava após anos de contrações, começou a enfrentar outros impasses.
E não somente as construtoras, mas diversos segmentos, como indústrias de isolador de pino polimérico 15kv, comércios que não se relacionam ao consumo de itens essenciais e escritórios no geral.
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E diante disso, os profissionais do ramo de construção já começaram as suas ações para se sustentar e se adaptar às mudanças.
Como as atividades não pararam, enquanto muitas construtoras estão investindo no aperfeiçoamento de equipamentos de proteção, outras têm adotado o uso de tecnologias para permanecer atuando no mercado.
Neste post, veja quais foram os principais impactos da construção civil em meio a crise do Covid-19. Continue lendo!
Decretos impedem a atuação das empresas e dos profissionais do ramo de construção civil
Segundo Jorge Cury, membro da incorporadora Trisul, foi realizada uma pesquisa de mercado entre as construtoras do país.
Neste estudo, cerca de 7% dos trabalhadores do setor de construção civil foram infectados com o novo vírus. Por ser um número relativamente baixo, as obras continuam rodando em diversas regiões do país.
No entanto, por essa razão,devido aos decretos municipais que restringem atividades consideradas não essenciais, muitas construtoras e profissionais tiveram que parar as suas atividades, ou optar pelo modelo de trabalho home office.
“Por parte do decreto do governo do estado, não há a proibição. Se houver, pode ser em nível municipal. Consideramos um setor importante e que pode atuar, desde que haja revezamento nas escalas para diminuir o contato entre as pessoas e estes estarem devidamente equipados”, afirmou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
Medidas de adaptação
Segundo o site Veja Abril, mesmo com 88% das obras em andamento, as empresas especializadas no setor de construção civil continuam vivendo um impasse.
Profissionais do ramo de construção civil, como um técnico de segurança do trabalho, ou um técnico de enfermagem especializado no ramo, assim como os do ramo industrial, como que produzem materiais como resina epóxi, por exemplo, ambos continuam atuante mesmo com as medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde.
Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção do Ibre/FGV, confirmou: “Em 2009, o PIB do país ficou praticamente estável e o setor da construção foi um dos principais responsáveis por isso. Mas hoje o cenário é diferente. Estamos num patamar muito baixo, terminando de passar por uma longa crise. Se as obras pararem, o prejuízo será muito grande”
Isso indica que, mesmo diante das restrições adotadas por alguns municípios e o crescimento da doença, os profissionais não podem parar em razão do baixo índice econômico.
Segundo o engenheiro civil Antônio Galvão, as medidas de prevenção a doença já foram tomadas nas obras.
“A gente não trabalha em espaço confinado. É totalmente ventilado. Quem tem mais de 60 anos, colocamos de férias. Se algum profissional tem problema de saúde, não trabalha. Os demais pedimos para evitar aglomerações, aumentamos o intervalo e dividimos equipes”, explica.
Assim como em uma indústria de soleira de mármore, os profissionais estão atuando em meio a crise para que os desastres financeiros e econômicos não venham a tona.
No entanto, se o setor de construção já mostrava sinais de progressão em 2019, a tendência é que, após a crise, o mercado volte a se constituir e gerar resultados positivos.
Esse artigo foi escrito por Rafaela Ricardo, Criadora de Conteúdo do Soluções Industriais.