A história do empresário Wagner Canhedo, que começou simples, foi dono da VASP e um dos maiores fazendeiros do Brasil, mas viu seu império desmoronar e perdeu bilhões.
Histórias de grande sucesso e fracasso marcam o mundo dos negócios. No Brasil, um caso emblemático é o de Wagner Canhedo. Ele já foi dono de uma das maiores companhias aéreas do país, a VASP. Também possuiu uma fazenda gigantesca, sendo conhecido como o “Rei do Gado”.
Wagner Canhedo viveu o auge do sucesso empresarial e financeiro. Hoje, porém, sua situação é drasticamente diferente, quase oposta à era de glória. Como ele construiu seu impressionante império? E o que levou o ex-bilionário a perder quase tudo?
O início de Wagner Canhedo: da oficina à fortuna em Brasília
Wagner Canhedo Azevedo nasceu em 1936, no interior de São Paulo, em uma família simples. Desde cedo, mostrou disposição para o trabalho duro. Começou como ajudante em uma oficina mecânica. Ainda adolescente, demonstrou espírito empreendedor ao abrir sua própria oficina aos 16 anos.
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Pouco tempo depois, em sociedade com o pai, comprou um caminhão e ingressou no ramo de transportes. Começou fazendo entregas de carga pelo interior. A grande oportunidade surgiu com a construção de Brasília. Em 1957, Wagner Canhedo levou uma frota de oito caminhões para o enorme canteiro de obras da nova capital. Transportando materiais nesse projeto histórico, ele enriqueceu rapidamente. Aos 26 anos, já era considerado milionário.
O império de transportes de Wagner Canhedo: Viplan e Vadel
Com visão para os negócios, Wagner Canhedo reinvestiu os lucros obtidos em Brasília. Expandiu suas operações e diversificou seus empreendimentos nas décadas seguintes. O que começou com um caminhão se transformou em um império, especialmente no setor de transportes rodoviários. Nos anos 80, Wagner Canhedo comandava um grupo com 17 empresas. Empregava cerca de 15.000 funcionários e movimentava mais de 2 bilhões de dólares por ano.
Duas empresas se destacavam nesse grupo. A Viplan, fundada por ele nos anos 60, era uma gigante do transporte urbano em Brasília, chegando a ter mais de 1000 ônibus. A outra era a transportadora Vadel, especializada em cargas, com uma frota de 300 caminhões. Foi sobre essas operações que Wagner Canhedo consolidou sua fortuna inicial, tornando-se um dos nomes mais poderosos do Centro-Oeste.
Compra da VASP
No auge de seu poder, Wagner Canhedo decidiu alçar voos mais altos. Em 1990, entrou no setor de aviação comercial ao comprar a VASP. A tradicional companhia aérea pertencia ao governo de São Paulo e enfrentava grave crise financeira, com dívidas de 750 milhões de dólares. O então governador Oreste Quércia decidiu privatizá-la. Wagner Canhedo, já bilionário, arrematou 60% das ações por 43 milhões de dólares. A compra foi vista com esperança pelos funcionários.
Inicialmente, a VASP passou por uma expansão agressiva sob o comando de Wagner Canhedo. A frota de aviões quase dobrou em um ano, chegando a ter 62 aeronaves. A empresa dominou 36% do mercado aéreo doméstico e operou 17 rotas internacionais. Buscando crescimento além das fronteiras, Wagner Canhedo adquiriu participações em companhias aéreas da Bolívia (Lloyd Aéreo Boliviano) e do Equador (Ecuatoriana Airlines).
O “Rei do Gado”
Paralelamente à expansão da VASP, Wagner Canhedo fez um investimento gigantesco no agronegócio. Nos anos 90, comprou a Fazenda Piratininga, uma das maiores do Brasil. A propriedade ocupava mais de 215 mil hectares entre Goiás e Tocantins, área quase duas vezes maior que a cidade do Rio de Janeiro. Wagner Canhedo investiu mais de R$ 400 milhões na fazenda ao longo dos anos.
A estrutura era impressionante. Mantinha mais de 100 mil cabeças de gado, o que lhe rendeu o apelido de “Rei do Gado”. Possuía 3.600 km de estradas internas, 304 pontes de concreto, oficinas próprias, pista de pouso e frota de máquinas agrícolas. Havia até um clube de lazer. No auge, a fazenda foi avaliada em R$ 500 milhões, um símbolo do poder de Wagner Canhedo.
Dívidas da VASP e problemas ocultos
Apesar da imagem de prosperidade, problemas se acumulavam nos bastidores. A compra da VASP sempre levantou suspeitas. Houve indícios de apoio político nos bastidores, envolvendo figuras como PC Farias. Investigações e CPIs apuraram possíveis irregularidades na privatização.
O estilo agressivo de negócios de Wagner Canhedo também gerava atritos e inimigos poderosos. Enquanto investia fortunas na fazenda, a VASP acumulava dívidas crescentes, possivelmente negligenciada.
Falência, perda da fazenda e consequências
Com a virada do milênio, a situação financeira de Wagner Canhedo começou a ruir. O principal golpe veio da VASP. A dívida da companhia aérea atingiu cerca de R$ 3 bilhões no início dos anos 2000, sendo R$ 2 bilhões com o governo. Tentativas de salvar a empresa fracassaram. Salários atrasaram, voos foram cancelados. Em 2005, a VASP paralisou suas operações comerciais. A falência foi decretada em setembro de 2008. Wagner Canhedo foi afastado da gestão.
O colapso da VASP teve consequências graves. Mais de 15.000 ex-funcionários entraram com ações trabalhistas. Para pagar parte da dívida bilionária, a Justiça determinou que a Fazenda Piratininga fosse transferida aos credores (funcionários) em 2008. Após uma longa batalha judicial, a fazenda foi a leilão e vendida. Wagner Canhedo também enfrentou processos fiscais e criminais. Aos 77 anos, chegou a ser preso em Brasília por ordem da justiça de Santa Catarina, embora tenha sido solto logo depois. Sua imagem pública ficou manchada. Outras empresas do grupo, como a Viplan, também enfrentaram problemas e diversos bens foram penhorados ou leiloados.
Os últimos anos e o falecimento de Wagner Canhedo
O império de Wagner Canhedo, que um dia pareceu inabalável, ruiu completamente. A VASP tornou-se um capítulo encerrado na aviação brasileira. A Fazenda Piratininga foi usada para amenizar, ainda que parcialmente, o prejuízo de milhares de famílias. Outras empresas do grupo também enfrentaram dificuldades ou foram perdidas em processos. Nos últimos anos, Wagner Canhedo levou uma vida reclusa e discreta em Brasília, longe dos holofotes que um dia o cercaram.
Falou a verdade esse jornalista não passou em redação ,faltou o fim
Diz um antigo ditado: qto maior a árvore, maior é o tombo.!!!!
Faltou inteligência jamais um empresário bem sucedido pode fazer negócios com políticos são todos **** corruptos.
Só quem se deu bem até hoje são os irmãos Batistas que são mais esperto que esses políticos ****
Os políticos são corruptos, e os empresários que os compram são o que? Lembre-se que para haver corrupção precisa-se de dois agentes.
Vc não entendeu eu disse os bem sucedidos não precisa fazer maracutaia e o caso do Vagner canhedo homem trabalhador e honesto. até se envolver com políticos aí deu no que deu
Os açougueiros são os maiores **** que o Brasil já teve, **** fizeram fortunas com dinheiro público comprando esses **** petistas, eles deviam estar enforcados a muito tempo!
Tens **** preferencial?
Seu **** o capitão **** bolsonaro movimentou seu **** pro frigorífico dos militares enquanto encheu de dinheiro publico o **** do Agronegócio pra ajudar dar um golpe de estado mais foi caguetado pelo Mauro Cid seu ajudante ,mesmo assim.nao quero vê los junto com você gadayado enforcados QUERO VER TODOS NA **** kkkkkSEM ANISTIA SEM ANISTIA PRO CAPITÃO COVARÐE CHORÃO KKK
O dia de pagar vai chegar também
Os Irmaos Batista? 2 Açougueiros? O Dono Oculto é Outro…
Foi muito inteligente. Conheces empresário bem sucedido que não tem negócios com o governo?
Com certeza conheço!! Eu também não tenho negócios com órgãos públicos
Não sei e não posso afirmar, mas na minha cabeca, os irmãos Batista são laranjas de um homem q **** muito e eu até hj não descobri onde ele bota tanto dinheiro. Além de fazer mts coisas para beneficiar os batistas!!