Os setores de informação e comunicação, seguidos de transporte, armazenagem e correio foram os que puxaram para cima os números da economia brasileira.
Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) para a economia informam que os valores do Produto Interno Bruto do Brasil (PIB) em 2021 superaram as expectativas de 0,1% do mercado financeiro ao alcançar um crescimento de 4,6%, com R$ 8,7 trilhões. Já o número de empregos chegou a 3,6 milhões entre os meses de outubro e dezembro, fazendo o desemprego recuar para 11%.
O crescimento do PIB no Brasil em 2021 é um contraste do ano de 2020, quando não passou dos 3,9%. Os 4,6% de 2021 é considerado o melhor resultado desde 2010, quando a economia havia crescido 7,5%.
Os bons resultados com a comparação com o ano retrasado, segundo analistas, é porque 2020 foi o ano mais pesado da Pandemia de Covi-19, o que não só causou perdas de vidas, mas também retrações na economia. O cálculo do PIB do Brasil são produzidos através de dados do próprio IBGE, Banco Central, Receita Federal e Fundação Getúlio Vargas.
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Brasil sai da recessão técnica com crescimento do PIB, porém momento ainda é de atenção na economia
O país saiu da chamada recessão técnica, que se caracteriza quando há dois trimestres consecutivos de recuo do PIB. No segundo trimestre de 2021, a economia havia apresentado queda de 0,3% e, no terceiro trimestre, retração de 0,1%.
Apesar de o Brasil agora estar 0,5% acima do quarto trimestre de 2019, período pré-pandemia, o PIB ainda está em 2,8% abaixo do ponto da série histórica, alcançado no primeiro trimestre de 2014.
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) prevê dificuldades no PIB para este ano de 2022 e estima crescimento abaixo de 1%. A própria instituição considera que são “fatos difíceis de justificar com base no cenário fiscal atual e na ausência de uma crise hídrica ou de uma piora na pandemia”.
Os economistas do mercado financeiro projetam crescimento de apenas 0,3% no PIB em 2022, o Banco Central projeta crescimento de 1% para este ano e o Ministério da Economia espera um percentual de 2,1%.
ANO | Porcentagem (%) |
---|---|
2010 | +7,5 |
2011 | +4 |
2012 | +1,9 |
2013 | +3 |
2014 | +0,5 |
2015 | -3,5 |
2016 | -3,3 |
2017 | +1,3 |
2018 | +1,8 |
2019 | +1,2 |
2020 | -3,9 |
2021 | +4,9 |
Setores que que fizeram 2021 recuperar as perdas de 2020
O crescimento da economia foi puxado para cima pelas altas nos setores de serviços (4,7%) e da indústria (4,5%). Essas áreas representam 90% do PIB de todo o Brasil e também contribuem para a geração de empregos.
No setor de serviços estão: Informação e comunicação (12,3%), transporte, armazenagem e correio (11,4%), comércio (5,5%), atividades imobiliárias (2,2%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,5%), e atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,7%).
No crescimento da indústria, vale destacar a construção (9,7%), que havia caído 6,3% em 2020. As indústrias de transformação cresceram 4,5% devido a alta na demanda da fabricação de máquinas e equipamentos; metalurgia; fabricação de outros equipamentos de transporte; e fabricação de produtos minerais não-metálicos, além da indústria automotiva.