Empresa de Londres anuncia seu novo carro voador capaz de entregar autonomia de 827 km e estacionar em quase qualquer lugar. Conheça os detalhes do Sigma.
A startup londrina AltoVolo revelou neste mês de maio os primeiros detalhes do seu inovador veículo aéreo urbano: um eVTOL híbrido elétrico projetado para transformar o futuro da mobilidade aérea. O novo carro voador da AltoVolo terá capacidade para transportar até três pessoas, combinando eficiência energética, desempenho avançado e conforto em voos de curta e média distância.
Com autonomia impressionante de 827 km, o modelo promete atender desde deslocamentos urbanos até rotas intermunicipais, superando a maioria dos projetos atuais em desenvolvimento. A velocidade de cruzeiro chega a 354 km/h, o que posiciona o eVTOL da AltoVolo entre os mais rápidos da categoria, reduzindo significativamente o tempo de viagem em comparação com transportes terrestres.
Outro destaque é a emissão sonora: o veículo foi desenvolvido para operar com até 80% menos ruído do que um helicóptero convencional, o que representa um avanço relevante para a integração desse tipo de aeronave em centros urbanos, onde a poluição sonora é uma preocupação crescente.
-
EUA disparam míssil balístico intercontinental a 6.750 km através do Oceano Pacífico
-
Mistério de 500 anos: DNA de Leonardo da Vinci é rastreado por 15 gerações em projeto inovador
-
Tronsmart, concorrente da JBL, lança nova caixa de som potente com bateria de 20h e proteção IPX4 + 240w de potência
-
Tempestade solar histórica atinge a Terra e pode afetar GPS, internet e energia: o que está acontecendo com o Sol?
Empresa conclui testes com seu novo veículo
Chamado de Sigma, por enquanto o novo carro voador é uma promessa em renderização 3D. Os testes de voo do protótipo já foram concluídos e a startup está desenvolvendo um demonstrador em escala real. A lista de espera para pedidos antecipados será aberta no mês de julho.
O foco do produto é rivalizar com helicópteros particulares que operam em áreas residenciais, e não serviços de táxi aéreo, como é o caso do elétrico Midnight, da Archer Aviation, ou o demonstrador de célula de combustível de hidrogênio da Joby. O tempo de voo pairado do novo carro voador é de 15 minutos, podendo transportar uma carga útil de 270 kg. Sua velocidade de cruzeiro é de 354 km/h e sua velocidade máxima chega aos 475 km/h.
Já o alcance híbrido do modelo pode chegar aos 827 km, enquanto usando apenas os motores elétricos a autonomia cai para 427 km. O nível estimado de ruído na decolagem é de 65 a 70 decibéis a 100 m e o teto de voo é de 3.050 m.
Em dimensões o modelo conta com 4050 mm de comprimento, 4800 mm de largura, 2280 de largura compacta, altura total de 1.580 mm e peso máximo de decolagem de 980 kg. No quesito segurança, o novo modelo trará a abertura do paraquedas balístico a 15 m, estabilidade do vetor de empuxo, sistema de controle com redundância tripla, entre outros.
Novo carro voador traz um design único
Segundo a startup, o Sigma não se parece com nenhum modelo atual no mercado, e seu design e engenharia foram validados pelo Dr Richard E Brown, da Sophrodyne Aerospace, empresa líder em aerodinâmica. Os sistemas de voo autônomos são disponibilizados pela Embention, a empresa espanhola que disponibiliza controladores de voo certificados para a Amazon Prime Air.
Segundo a empresa por trás do projeto, o novo modelo não se parece a nenhum eVTOL no mercado e dá prioridade a uma aeronave ultra compacta, com silhueta limpa que muda os limites do voo vertical. Os conceitos de aerodinâmica explorados no veículo buscam atingir a alta capacidade de explosão das baterias para decolagem e pouso verticais e a densidade de energia do combustível líquido para voos de longa distância.
Além disso, o carro voador será pequeno o suficiente para conseguir aterrissar em calçadas, iates ou telhados. A empresa afirma que o objetivo é tornar o voo parte da vida cotidiana, sem exigir infraestrutura pública ou espera por política de planejamento Urbano para se atualizarem.
Outro ponto de destaque está na redução de ruído que pode abrir novos usos para aeronaves verticais. Visto que, sem o rugido ensurdecedor de uma turbina, plataformas de pouso poderiam surgir em locais onde helicópteros tradicionais são proibidos ou desencorajados. Sendo assim, não há horário ou portão de embarque. A ideia é simples: voo quando e onde você quiser.
Principais desafios a serem enfrentados
Contudo, vale destacar que ideias ousadas muitas vezes trazem consigo algumas incertezas. Embora a startup tenha divulgado renderizações e especificações, ainda há dúvidas sobre certificação, confiabilidade e fabricação a longo prazo, alguns observadores notaram que a pouca informação pública sobre a trajetória do fundador e CEO, Will Wood, na indústria aeroespacial. Mas com a equipe certa, testes cuidadosos e parcerias estratégicas, esses obstáculos podem ser superados.
O espaço da mobilidade aérea avançada está cheio de players com objetivos diversos. Alguns estão desenvolvendo táxis aéreos para áreas urbanas densas, outros buscam substituir os helicópteros para uso médico ou industrial.
Já AltoVolo está abrindo seu próprio caminho, que é feito para pessoas que valorizam privacidade, velocidade e liberdade. Com o Sigma, seu objetivo é vender um estilo de vida. Sem fila, sem atraso, sem multidões, só você, seu destino e o céu aberto.