A NASA está trabalhando em uma tecnologia inovadora para aviões elétricos. A empresa criou uma bateria de estado sólido mais segura e com maior autonomia, promovendo avanços significativos.
A eletrificação da aviação, isto é, a possibilidade de viajar de um país para outro de forma comercial com aviões elétricos, ainda é algo quase impossível de alcançar. O principal desafio é a ausência de baterias duradouras e seguras o suficiente para este tipo de viagem. Entretanto, a NASA está desenvolvendo um novo componente de bateria de estado sólido, que pode mudar o cenário.
Bateria de estado sólido não usa produtos químicos de eletrólitos líquidos
Atualmente, há baterias que podem ser utilizadas em aviões. Entretanto, as mesmas só funcionam para algumas aeronaves mais leves, que são mais parecidas com drones do que aviões elétricos. Além disso, a capacidade de fornecimento de energia ainda está muito abaixo do que realmente é exigido.
As baterias de íons de lítio, que são utilizadas nos carros elétricos, também não atendem aos padrões de segurança exigidos para serem utilizadas na aviação. O problema aqui é a inflamabilidade, mesma razão pela qual não é possível colocar itens como laptops ou telefones em sua bagagem despachada quando voa.
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Em busca de uma solução para contornar os entraves atuais, a NASA vem trabalhando em uma tecnologia que não utiliza produtos químicos de eletrólitos líquidos para a produção de baterias. Essas substâncias podem sofrer uma reação em cadeia que faz com que elas se aqueçam, reajam mais devido ao calor e, consequentemente, peguem fogo.
Desta forma, a NASA aposta em baterias de estado sólido, segundo dados da Euronews. Elas não só entregam a potência e eficiência necessárias para os aviões elétricos, como mantêm uma estrutura sólida mesmo quando danificadas, o que significa que dificilmente pegariam fogo.
Bateria de estado sólido podem suportar temperaturas duas vezes mais quentes
Um protótipo de bateria de enxofre selênio foi produzido e gerou o dobro de energia por quilograma em relação a uma bateria de íons de lítio padrão. Os pesquisadores da NASA descobriram que a tecnologia poderia suportar temperaturas duas vezes mais quentes.
Segundo Rocco Viggiano, investigador principal do projeto da Nasa, esta iniciativa não apenas elimina de 30% a 40% do peso das baterias nos aviões elétricos, mas também permite dobrar ou até triplicar a energia que pode armazenar, excedendo e muito as capacidades das baterias de íons de lítio que são vistas como o estado da arte.
Embora haja avanços, os responsáveis pela bateria de estado sólido lembram que ela ainda precisa passar por novos testes. Além disso, esta é uma tecnologia considerada extremamente cara por ora, o que tornaria seu uso em voos comerciais inviável. Entretanto, os pesquisadores continuam buscando meios e os aviões elétricos agora parecem mais perto da realidade do que antes.
O fato da nova tecnologia ser limpa pode ampliar os esforços da comunidade científica, visto que atualmente a aviação responde por aproximadamente 2,4% das emissões globais de CO2 e a eliminação, ou pelo menos a redução, dessas emissões é vista como uma prioridade do setor.
Hidrogênio também pode revolucionar o mercado
Além da eletrificação, outra forma de reduzir as emissões ou até mesmo eliminar as mesmas no setor é através do uso do hidrogênio. O combustível não emite nenhum poluente e pode ser produzido de forma totalmente renovável.
Em maio a Alaska Airlines entregou à ZeroAvia um modelo Bombardier Q400 com capacidade para 76 passageiros para que possa ser reformado com tecnologia não poluente.
A empresa agora avança com seus planos de testar voos do maior avião do mundo movido a hidrogênio antes do esperado, devido ao desenvolvimento de sistemas de motores modulares.