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Ministério de Minas e Energia (MME) anuncia cancelamento do leilão de energia em 2022 por falta de demanda das distribuidoras nacionais

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 18/08/2022 às 10:54
A queda na demanda por novos projetos de energia no setor nacional motivou o MME a anunciar o cancelamento do leilão que estava previsto ainda para este ano, além da geração distribuída no setor.
Fonte: Governo Federal

A queda na demanda por novos projetos de energia no setor nacional motivou o MME a anunciar o cancelamento do leilão de energia que estava previsto ainda para este ano, além da geração distribuída no setor.

O Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou o cancelamento do leilão de energia que aconteceria ainda durante o ano de 2022, visando a atração de investimentos para o mercado energético nacional. No entanto, a baixa demanda das distribuidoras do setor acabou levando o órgão a deixar de lado o processo de busca de novos investidores e agora volta os esforços para as problemáticas do mercado.

Leilão de energia A-6 que aconteceria em 2022 foi cancelado pelo MME após análise de queda na demanda das distribuidoras do setor energético neste ano 

A semana iniciou agitada para o setor de energia brasileiro, visto que o MME acaba de anunciar o cancelamento oficial do leilão de energia nova A-6, previsto para acontecer ainda durante este ano, em razão da baixa demanda das companhias distribuidoras do recurso no território nacional.

O leilão teria como objetivo principal a atração de projetos novos de geração eólica, hidrelétrica e termelétrica (biomassa, gás natural e RSU) para fornecimento a partir de 1º de janeiro de 2028.

“O cancelamento do Leilão A-6 decorre de diversas medidas em curso, como a proposta de abertura de mercado, a expansão da geração distribuída e a descotização das usinas Eletrobras. Desta forma, não houve, por parte das distribuidoras de energia, declaração de necessidade de compra de energia elétrica para o Leilão A-6 de 2022”, afirmou o MME em comunicado recente ao público. 

Embora o setor energético esteja em forte crescimento no mercado nacional durante os últimos meses no país, a abertura do livre comércio para a contratação de novas empresas que garantem o fornecimento do recurso acabou desviando a demanda das distribuidoras para outras áreas.

Dessa forma, o MME decidiu optar por focar em outros projetos do setor energético no país no momento, como por exemplo o próprio leilão de energia A-5, que ainda está previsto para acontecer durante este ano. 

Apesar do cancelamento do leilão A-6 pela falta de demanda dos distribuidores no país, o MME confirmou a continuidade do leilão A-5 para o próximo mês 

A pasta de cancelamento do leilão de energia A-6 divulgada pelo MME também anunciou a continuidade do leilão A-5, planejado para o dia 16 de setembro. O leilão prevê o início do fornecimento de energia para os empreendimentos que serão contratados na concorrência em 1º de janeiro de 2027. 

Dessa forma, o MME prevê a negociação de Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado (CCEARs) por um período inicial de 20 anos, voltados para o abastecimento de centrais geradoras hidrelétricas, pequenas centrais hidrelétricas e usinas hidrelétricas, com potência igual ou inferior a 50 MW. 

Além disso, o certame do leilão de energia A-5 também prevê a contratação de empreendimentos eólicos e solares fotovoltaicos e suas ampliações com prazo de suprimento de 15 anos. Por fim, a modalidade de fornecimento de suprimento de 20 anos será voltada para a recuperação energética de resíduos sólidos urbanos, termelétricos a biomassa; e a carvão mineral nacional e a biogás.

O MME agora buscará, com a realização do leilão de energia A-5, a atração de novos investimentos e olhares para a produção de energia no Brasil, visando a retomada do crescimento da demanda das distribuidoras nacionais no segmento. Novas atualizações sobre o futuro dos leilões energéticos no Brasil deverão ser divulgadas durante os próximos meses.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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