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Mais carteira, menos fila: desemprego cai a 5,6% e ocupação explode para 102 milhões

Escrito por Caio Aviz
Publicado em 16/09/2025 às 11:02
Carteira de Trabalho Digital ao lado da Carteira de Trabalho física representando o mercado de trabalho no Brasil
Carteira de Trabalho Digital e física lado a lado destacam avanço do emprego formal no Brasil
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Mercado de trabalho aquece, garante recorde de ocupados e impulsiona renda dos brasileiros com salto expressivo no emprego com carteira assinada

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,6% no trimestre encerrado em julho de 2025, marcando o menor patamar da série histórica iniciada em 2012, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo IBGE em 27 de agosto de 2025. Além disso, o número superou a previsão da Bloomberg, que projetava recuo para 5,7%. Para efeito de comparação, no trimestre anterior, entre fevereiro e abril, o índice havia sido de 6,6%.

Recorde de ocupação impulsionado pelo emprego com carteira

O mercado de trabalho mostrou força ao alcançar 102,4 milhões de pessoas ocupadas, o maior contingente já registrado no país. Além disso, desse total, 39,1 milhões estão empregados com carteira assinada, consolidando recorde histórico.

Do mesmo modo, o número de trabalhadores por conta própria também bateu recorde e chegou a 25,9 milhões. Esse dado representa alta de 1,9% no trimestre, com acréscimo de 492 mil pessoas.

Por consequência, o contingente de desocupados caiu para 6,1 milhões, menor nível desde o fim de 2013. O IBGE considera desocupado quem não exerce atividade e, ao mesmo tempo, busca trabalho na semana de referência.

Segundo o analista do IBGE, William Kratochwill, os dados comprovam que “o mercado de trabalho vive um momento positivo, com expansão da ocupação e redução da subutilização da força de trabalho”.

Renda cresce e acompanha geração de vagas

O movimento de contratações foi acompanhado pelo crescimento da renda. Assim, o rendimento médio mensal subiu para R$ 3.484, representando alta de 1,3% frente ao trimestre anterior e de 3,8% em relação a julho de 2024.

Consequentemente, a massa de rendimento real habitual somou R$ 352,3 bilhões, configurando o maior volume registrado pelo IBGE em toda a série.

Desalento recua em ritmo acelerado

O total de desalentados caiu para 2,7 milhões, queda de 11% no trimestre, o que equivale a 332 mil pessoas a menos, e de 15% em relação ao ano anterior, ou seja, 475 mil a menos.

Assim, para Kratochwill, “os números mostram que os brasileiros que saíram da desocupação estão, de fato, entrando no mercado de trabalho, e não desistindo”, reforçando a leitura de um mercado mais dinâmico.

Setores que puxaram o crescimento

O avanço da ocupação foi distribuído entre setores estratégicos da economia. Nesse sentido, os principais destaques foram:

  • Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais: alta de 2,8%, equivalente a mais 522 mil pessoas.
  • Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: aumento de 2,7%, com 206 mil trabalhadores a mais.
  • Informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas: expansão de 2%, com 260 mil novas vagas.

Entretanto, a população fora da força de trabalho se manteve estável em 65,6 milhões, tanto em relação ao trimestre anterior quanto na comparação anual.

Informalidade perde força

A taxa de informalidade caiu para 37,8%, frente a 38% no trimestre anterior e 38,7% em julho de 2024. Ainda assim, o número de trabalhadores sem carteira ficou em 38,8 milhões, com leve crescimento em ambas as comparações.

No entanto, para o IBGE, o aumento foi estatisticamente irrelevante, já que a expansão do emprego formal continua predominando, puxando a queda da informalidade.

Retrato do mercado de trabalho brasileiro

Portanto, os dados divulgados pelo IBGE em agosto de 2025 consolidam um panorama claro:

  • O desemprego caiu a 5,6%, menor índice desde 2012.
  • A população ocupada bateu recorde com 102,4 milhões de trabalhadores.
  • O emprego formal alcançou 39,1 milhões de pessoas com carteira assinada.
  • O rendimento médio subiu para R$ 3.484, refletindo a abertura de vagas.
  • O desalento recuou para 2,7 milhões, queda expressiva em um ano.
  • Os setores de serviços sociais, agricultura e atividades financeiras foram os principais motores da ocupação.
  • A informalidade cedeu e se manteve abaixo de 38%.

Dessa forma, os resultados confirmam que o mercado de trabalho brasileiro entrou em uma fase de fortalecimento, registrando recordes históricos tanto na geração de empregos quanto na renda dos trabalhadores.

Por fim, o cenário reforça que a economia nacional se apoia em um mercado de trabalho mais ativo, formalizado e capaz de sustentar o consumo interno.

E você, acredita que esse ritmo de queda do desemprego vai continuar nos próximos meses ou que o mercado pode perder fôlego com a desaceleração global?

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Caio Aviz

Escrevo sobre o mercado offshore, petróleo e gás, vagas de emprego, energias renováveis, mineração, economia, inovação e curiosidades, tecnologia, geopolítica, governo, entre outros temas. Buscando sempre atualizações diárias e assuntos relevantes, exponho um conteúdo rico, considerável e significativo. Para sugestões de pauta e feedbacks, faça contato no e-mail: avizzcaio12@gmail.com.

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