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Ibama registra 66 licenciamentos para produção de energia offshore e a japonesa Shizen lidera propostas para complexos eólicos em alto-mar

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 08/08/2022 às 15:30
A companhia japonesa Shizen está de olho no mercado de energia eólica offshore no Brasil e lidera as propostas de complexos eólicos em alto-mar, que circulam atualmente no Ibama e são a grande aposta do futuro do setor energético nacional.
Foto: Pixabay
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A companhia japonesa Shizen está de olho no mercado de energia eólica offshore no Brasil e lidera as propostas de complexos eólicos em alto-mar, que circulam atualmente no Ibama e são a grande aposta do futuro do setor energético nacional.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está com 66 licenciamentos de projetos de energia eólica offshore em análise e, entre eles, a grande companhia no ramo dos complexos eólicos em alto-mar é a japonesa Shizen. A empresa possui um total de 18 GW previstos para serem instalados em 6 projetos na costa nacional, e garante grande relevância no cenário atual.

Companhia japonesa Shizen é o grande destaque nos licenciamentos em análise pelo Ibama para projetos de complexos eólicos de produção de energia offshore 

A companhia Shizen Energia, de origem japonesa e com grande portfólio de projetos no mercado mundial, se tornou a grande líder em novos projetos de construção de complexos eólicos offshore para a produção de energia em alto-mar, de acordo com os dados de licenciamentos em circulação no Ibama, divulgados recentemente.

O órgão confirmou que a empresa possui atualmente três projetos previstos para a costa nacional, garantindo assim uma forte presença no futuro do setor eólico offshore. 

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No entanto, o grande destaque da empresa quanto aos projetos de energia eólica offshore é a capacidade de produção que pode ser alcançada com os seis empreendimentos, que soma 16 GW, com os complexos eólicos pensados para os estados do Rio Grande do Sul (12 GW) e Ceará (6 GW).

A empresa está fortemente ligada à produção de energia renovável no mercado internacional, em razão da corrida pela transição energética mundial, e pretende alcançar a marca de 10 GW de potência instalada em renováveis até o fim do ano de 2030. 

Os dados dos licenciamentos da Shizen Energia no Brasil são do Ibama, que anunciou um forte crescimento nos projetos de energia eólica offshore no país durante esse ano, já que, entre os meses de abril e agosto, houve um aumento de 36 GW nos projetos em licenciamento, atingindo 169 GW nos empreendimentos que circulam o órgão atualmente para a construção de complexos eólicos.

O Brasil se tornou referência mundial na produção de energia eólica e, agora, prepara a sua costa para a chegada de projetos offshore. 

Shizen perde para a BlueFloat Energy em quantidade de projetos para construção de complexos eólicos offshore analisados pelo órgão atualmente

Os dados do Ibama mostram que, embora a Shizen seja o grande destaque nos licenciamentos de complexos eólicos offshore quanto à produção total que pode ser alcançada, a empresa BlueFloat Energy ainda é a maior em quantidade de projetos, com um total de sete empreendimentos em análise no órgão.

Além disso, as petroleiras respondem por praticamente um a cada 4 GW em licenciamento, com a Shell, TotalEnergies e Equinor somando 40 GW em projetos na costa brasileira, sendo os maiores destaques no setor de óleo e gás. 

O Ibama confirmou que, após chegar à 54 propostas de licenciamentos até o fim de abril deste ano, atualmente conta com licenciamentos previstos para 66 complexos eólicos offshore em desenvolvimento. Os estados com maior destaque no setor são o Rio Grande do Sul (57 GW) e Ceará (48 GW), que respondem, juntos, por 62% da capacidade em licenciamento, com o Rio de Janeiro (27 GW) vindo logo atrás. 

Assim, o alto potencial de produção de energia eólica offshore continua a atrair os maiores players globais do setor energético, petróleo e gás, e a companhia Shizen pode se tornar a grande referência nacional caso consiga levar adiante os seus empreendimentos na costa brasileira.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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