Apesar da expectativa de baixa adesão da greve dos caminhoneiros para o próximo feriado (02), alguns pontos de destaque em Santa Catarina podem servir como centros de manifestações, como é o caso do BR 101, que é usada para ir ao estado do Paraná e corta diversas cidades catarinenses como é o caso de Itajaí.
De acordo com Adilson de Souza, caminhoneiro do setor que foi entrevistado pelo Click Petróleo Gás, é previsto que possa se alastrar até o final da semana caso o governo federal não aceite as solicitações principais que são: diminuir o tempo mínimo para a aposentadoria, que foi para 65 anos, e de tributar com menos impostos os combustíveis que são utilizados no dia a dia como é o caso do diesel, que chegou a mais de R$ 6,2 no estado.
“Ainda não sabemos como será. Não está tudo organizado. Mas, já se sabe que uma grande parte das empresas podem parar por causa da manifestação. Se vai ter muita ou pouca gente aderindo, não sei, mas vai ter. Já no caso das consequências, podemos prever quais serão elas, e que são as mesmas que no mês de fevereiro e no mês de setembro, quando houveram as maiores manifestações: o aumento do dólar, instabilidade na Bolsa na próxima quarta-feira (03)”, disse Adilson.
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Apesar da possibilidade de paralisação, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmou em entrevista para o canal Engeplus que, apesar das monitorações, não encontraram trechos bloqueados durante o início da manhã. É previsto que os centros de bloqueios comecem a surgir por volta das 8 horas.
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“Não sabemos de muitas coisas”, dizem alguns caminhoneiros
Adilson afirmou, em entrevista, que durante o mês de setembro, mesmo após o feriado do Dia da Independência, não conseguia ir para o estado do Paraná porque estavam bloqueando as estradas. Por isso, a empresa na qual trabalha teria perdido vendas visto que estavam sem estoques e não poderiam vender para os clientes. As consequências das manifestações ainda são incertas. Mas, a economia pode pender a reagir da mesma forma que reagiu durante as outras reuniões e paralisações do setor: aumento do dólar e dos combustíveis, instabilidade na Bolsa de Valores.
“Durante o mês de setembro, depois do feriado, ainda tinha mais alguns grupos que estavam com força em BRs importantes. Por isso, não conseguia ir para o Paraná buscar carga. Eu trabalho em Brusque, Santa Catarina. Tinha muita gente me ligando, pedindo gás. Mas, não tinha nada. Eu acho que a maioria das pessoas que estavam ligando, tinham medo de não ter estoque devido à impossibilidade de saber quando a greve terminaria!”, disse Adilson, que trabalha com outros caminhoneiros do setor.
Na última semana, Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, afirmou que pretendia realizar uma reunião com o presidente da Petrobras, Luna e Silva, para que pudessem discutir sobre a atual política de preços. A reunião deve ser marcada logo após o feriado. As variações constantes começaram logo após o governo de Temer, que determinou que a Petrobras poderia variar de acordo com os ritmos do mercado e que seria mais flexível.
Em Santa Catarina, é previsto que o preço do litro de diesel e gasolina superem a marca de R$ 7 até dezembro. Outros estados passam pela mesma situação, inclusive o Acre, que chegou a mais de R$ 7,5. Minas Gerais, de acordo com o FDR, tem a média na faixa de R$ 7,30. Economistas mais pessimistas argumentam que o valor pode chegar a mais de R$ 8 dependendo das políticas que forem adotadas no estado e em escala federal.