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Gasoduto de Vaca Muerta, na Argentina, está com a conclusão prestes a ser feita. Único empecilho é a falta de investimento, anteriormente prometido pelo Brasil

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 04/03/2023 às 01:36
Construído na Argentina, o gasoduto de Vaca Muerta tem grande impacto na economia do país e promete fortalecer ainda mais o segmento de petróleo e gás da região. O processo está em suas etapas finais e um dos empecilhos é a falta de investimento prometida pelo Brasil.
Fonte: Argentina.gob.ar

Construído na Argentina, o gasoduto de Vaca Muerta tem grande impacto na economia do país e promete fortalecer ainda mais o segmento de petróleo e gás da região. O processo está em suas etapas finais e um dos empecilhos é a falta de investimento prometida pelo Brasil, que pretende contribuir com este momento histórico para um país próximo.

Com 573 quilômetros, o gasoduto de Vaca Muerta será um grande marco para a Argentina, uma vez que a obra seja concluída. A construção foi feita para aliviar as dificuldades enfrentadas pelo país quanto à produção de gás e, dessa forma, fortalecer a economia da população. No entanto, para os processos serem devidamente encerrados, é preciso de investimento financeiro, algo que foi prometido pelo governo do Brasil. Até o momento, os ministérios competentes ainda não fizeram nenhuma manifestação sobre o tema.

A expectativa é que o gasoduto de Vaca Muerta esteja pronto até o mês de junho, período de maior demanda por gás na Argentina

Como junho é o mês que marca o início do inverno em solo argentino, a demanda por gás costuma atingir o seu pico, resultando em uma grande oportunidade para o país faturar mais.

Por isso, a expectativa das entidades envolvidas é que a construção seja finalizada até junho e, assim, a demanda possa ser atendida com satisfação.

Um dos empecilhos, como mencionado anteriormente, é a falta de investimento das autoridades brasileiras.

Segundo o anunciado, o governo ajudaria, através do BNDES, o Banco Nacional do Desenvolvimento, na construção e finalização do gasoduto. Como o prazo está no limite, a expectativa é que os órgãos competentes se manifestem sobre o que será feito a seguir. É o caso de Marina Silva, por exemplo, Ministra do Meio Ambiente, que pode atualizar a população sobre o posicionamento do Brasil em relação ao gasoduto.

É importante que a Argentina ganhe força no segmento de produção de gás para reforçar ainda mais o potencial da América do Sul na área. Com a guerra da Ucrânia, o que era considerado como o mercado global do gás foi totalmente reformulado, fazendo com que países como o Brasil e a Guiana tivessem a chance de mostrar o que está sendo feito nesta parte do hemisfério.

O gasoduto de Vaca Muerta fortaleceria ainda mais esse status, por isso o apoio do Brasil, através do investimento, pode trazer vantagens para a América do Sul como um todo.

Lula comenta sobre financiamento do BNDES para o gasoduto na Argentina

Fonte: BM&C NEWS

Com o gasoduto de Vaca Muerta, a produção de gás na Argentina pode aumentar consideravelmente, além de exportar para outros países

De acordo com dados anteriores, durante o inverno argentino de 2022, a produção de gás natural chegou ao marco de 140 milhões de metros cúbicos produzidos por dia. Considerando o cenário anterior, o gasoduto de Vaca Muerta atuaria como um complemento, reforçando o número em mais de 20 milhões.

Com isso, a Argentina seria capaz de exportar o gás para o Brasil através de terra firme e, por meio do GNL (gás natural liquefeito), outros países poderiam receber a carga através do mar.

Além do cenário positivo do gás, a realidade do petróleo na Argentina também tende a melhorar, considerando que a capacidade do material deve dobrar, de acordo com as empresas responsáveis.

Em dados numéricos, significa que alguns perfuradores de petróleo podem chegar a US$ 30 por barril, mantendo-se frente a frente com grandes potências do segmento, como é o caso dos Estados Unidos.

Por isso, o gasoduto de Vaca Muerta é tão importante para a Argentina e para a economia da América do Sul como um todo. A expectativa é que algum posicionamento do Brasil em relação ao investimento prometido seja anunciado em breve.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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