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Ford, Volkswagen, Stellantis, GM e Volvo se juntam à Toyota e reduzem ritmo global de suas produções; ausência de componentes já atinge fábricas brasileiras

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 26/08/2021 às 18:00
Atualizado em 24/10/2021 às 12:10
Ford-Volkswagen-Stellantis-GM-e-Volvo- fábricas brasileiras
Linha de produção VW – créditos: Motorpy

Especialistas indicam que a crise de chips nesse segundo semestre será ainda pior que no primeiro. Além das fábricas brasileiras já sofrerem com paralisações, agora Ford, Volkswagen, Stellantis, GM e Volvo anunciaram também paralisações em suas fábricas da Europa e países adjacentes

Os sinais de uma nova crise na indústria de automóveis está cada vez mais aparente. A Toyota foi a primeira a dar o alerta, anunciando a redução da produção de suas fábricas a nível mundial em 40%, o que causou uma surpresa no setor, pois a marca é um dos maiores exemplos de como lidar com a crise de microchips, que fez com que fábricas de todo o mundo aderissem à paralisação. Não só a Toyota, como Ford, Volkswagen, Stellantis, GM e Volvo também anunciaram redução em suas produções.

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Nova onda da crise já havia sido alertada pela Volkswagen

A nova fase da crise não é bem uma surpresa para algumas empresas, como é o caso da Volkswagen, que já havia alertado no mês passado durante a divulgação do balanço da companhia que a falta de componentes no segundo semestre de 2021 seria bem pior que no primeiro. E o que temos visto nos últimos dias mostra que a Volkswagen estava certa em sua previsão.

Ford, Volkswagen, Stellantis, GM e Volvo anunciaram quase ao mesmo tempo suas decisões de diminuir as produções de suas fábricas. Os motivos são a falta a nível mundial de semicondutores, que vem assolando montadoras e suas fábricas desde o início do ano, e também o novo surto da variante do Covid-19 no sul da Ásia, que também atinge diretamente as montadoras.

Volkswagen e Ford anunciam parada em suas fábricas

Um dia depois do comunicado da Toyota, a Volkswagen anunciou que a sua fábrica em Wolfsburg, na Alemanha, funcionará apenas com um turno nesta semana, entre os dias 23 e 27 de agosto. A unidade produz o Golf, o modelo mais vendido na Europa, além de outros modelos.

A marca espanhola Seat, que pertence ao Grupo VW, também suspendeu de forma parcial a produção de veículos nos arredores de Barcelona. A Ford, multinacional americana, precisou interromper a produção da F-150 nesta semana em sua unidade no Kansas City, nos Estados Unidos.

O Fiesta também não está sendo produzido em Colônia, na Alemanha. No caso da fábrica da Ford na Europa, a pausa preocupa ainda mais porque ocorre logo depois de os funcionários voltarem de um mês de férias.

Stellantis, GM e Volvo também recorrem à paralisação

A Stellantis paralisou suas linhas de montagem do Peugeot 308 por várias semanas. A primeira paralisação foi na fábrica próxima de Sochaux, e agora é na de Rennes, no oeste francês, onde atuam cerca de 2 mil colaboradores. A fábrica da Stellantis, que produz o Peugeot 5008 e o Citroën C5 Aircross, funcionará parcialmente nesta semana. A GM suspendeu a produção dos modelos Bolt EV e UEV em Orion, nos Estados Unidos.

Outras unidades também foram atingidas, como a Lasing Delta Township, que voltará às suas atividades por volta de 6 de setembro, depois de ficar parada desde 19 de julho. Já a Volvo interromperá a produção da fábrica em Gotemburgo, em seu país de origem, do dia 30 de agosto a 3 de setembro, depois de já ter passado por paralisações semanas antes. De acordo com Bjorn Annwall, diretor financeiro da Volvo, o cenário básico que se tem é que a crise de chips não dará nenhum tipo de trégua nos próximos dias, causando uma instabilidade nas vendas comparadas ao ano passado.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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