A Força Aérea Brasileira confirmou recentemente que o cronograma de entrega dos caças F-39 Gripen sofrerá novo atraso, com a última aeronave prevista para chegar entre 2030 e 2035. A justificativa, segundo a Força Aérea, é a escassez de recursos financeiros, o que impacta diretamente os pagamentos das parcelas do financiamento necessário para adquirir e manter o programa.
Para especialistas e entusiastas da aviação militar, essa notícia é desanimadora, já que os caças Gripen são vistos como essenciais para a modernização da Força Aérea Brasileira. A FAB declarou que o novo atraso é resultado da “disponibilidade orçamentária insuficiente” que o projeto enfrenta nos últimos anos, levando a uma revisão do cronograma de entregas. A instituição afirmou que, desde o início do projeto, os repasses financeiros têm ficado abaixo do necessário, forçando a adoção de um cronograma ajustado às limitações financeiras.
O plano inicial previa que todas as 36 aeronaves seriam entregues até 2024, mas a pandemia de COVID-19 e a crise econômica subsequente mudaram esse cenário. Em 2020, o programa sofreu seu primeiro atraso, estendendo a previsão final para 2027. No entanto, com apenas duas aeronaves entregues em 2024 e nenhuma outra prevista até o fim do ano, ficou claro que os prazos estabelecidos anteriormente estavam longe de serem cumpridos.
A necessidade de alternativas: a Força Aérea considera caças usados
Com o cronograma do projeto dos caças Gripen comprometido, a Força Aérea tem estudado a aquisição de aeronaves usadas para preencher o espaço operacional deixado pela aposentadoria dos caças A-1 e F-5, prevista para antes de 2030.
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Um modelo considerado é o caça F-16, que poderia ser adquirido em condições similares às dos caças Mirage 2000, comprados em 2006 como medida paliativa e com poucas horas de vida útil. Essa decisão, porém, ainda está em análise, pois a Força Aérea avalia criteriosamente todas as alternativas conforme as necessidades operacionais e a disponibilidade de orçamento.
A situação atual do programa
Até o momento, a Força Aérea conta com alguns modelos F-39 Gripen no Brasil, todos em modelo de um assento. Desde 2020, a primeira unidade dos caças Gripen, recebida como protótipo para testes e avaliações, permanece em solo brasileiro, mas a expectativa é de que ele integre a frota ativa apenas ao final das entregas totais.
A confirmação do novo cronograma e o impacto direto dos limites orçamentários reforçam a necessidade de que o governo brasileiro estabeleça um financiamento contínuo e adequado para que a Força Aérea atinja suas metas de defesa. O processo de modernização da Força Aérea Brasileira, mesmo com as dificuldades, se mantém essencial para a segurança nacional e para a projeção de poder do Brasil na América Latina.