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Explosivo! Rússia pode implantar mísseis balísticos na ÁSIA em resposta aos 5.500 KM de alcance dos mísseis dos EUA nas Filipinas

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 01/12/2024 às 11:43
Explosivo! Rússia pode implantar mísseis balísticos na ÁSIA em resposta aos 5.500 KM de alcance dos mísseis dos EUA nas Filipinas
Com tensão crescente, Rússia pode implantar mísseis balísticos na Ásia para enfrentar os mísseis dos EUA nas Filipinas, que podem atingir alvos em até 2 continentes com suas capacidades de médio alcance. (Imagem: Reprodução)

Rússia pode implantar mísseis balísticos na Ásia contra mísseis dos EUA nas Filipinas. Moscou estuda resposta militar à presença dos EUA no Pacífico, aumentando incertezas na região.

A situação no Indo-Pacífico está cada vez mais tensa. Desde abril deste ano, os mísseis dos EUA nas Filipinas têm sido motivo de preocupação para China e Rússia. Agora, Moscou avalia a possibilidade de implantar seus próprios sistemas na região, levantando o alerta para uma nova corrida armamentista global.

Em abril, os Estados Unidos instalaram o sistema de mísseis MRC Taifun nas Filipinas. Inicialmente, a implantação ocorreu durante exercícios militares conjuntos com Manila, mas, no final de setembro, Washington e o governo filipino decidiram manter o sistema de forma permanente. O MRC Taifun é capaz de disparar tanto o míssil de cruzeiro Tomahawk quanto o interceptador SM-6, posicionando os mísseis dos EUA nas Filipinas como peça-chave na estratégia americana no Pacífico.

A China rapidamente denunciou a presença desse armamento, exigindo sua remoção da região. Enquanto isso, a Rússia entrou no debate, sugerindo que poderia responder militarmente ao avanço americano. Sergei Ryabkov, vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, declarou que Moscou está “considerando implantar seus sistemas de curto e médio alcance na Ásia-Pacífico”. Essa ação seria uma resposta direta à presença dos mísseis dos EUA nas Filipinas.

A crise do tratado INF

O colapso do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) de 1987, que proibia mísseis balísticos e de cruzeiro com alcance entre 500 e 5.500 km, deu espaço para a atual escalada. Desde a saída dos Estados Unidos do acordo, em 2019, a Rússia e os EUA têm ampliado seus arsenais, reacendendo disputas geopolíticas.

A chegada dos mísseis Taifun ao arquipélago filipino e a possibilidade de sua expansão para outros aliados asiáticos irritaram Moscou e Pequim. Especialistas temem que a decisão americana possa levar a uma militarização ainda maior no Pacífico, envolvendo tanto a Rússia quanto a China.

Novas alianças e tensões

Além disso, a cooperação entre Washington e Tóquio para proteger Taiwan adiciona um novo nível de complexidade à crise. A mídia japonesa reportou que os EUA podem instalar sistemas de mísseis em ilhas próximas a Taiwan, ampliando a presença militar americana no Pacífico. Paralelamente, a Rússia cogita reforçar sua aliança com a China, inclusive compartilhando tecnologia submarina avançada.

A expansão dos mísseis dos EUA nas Filipinas e a possibilidade de que a Rússia possa implantar mísseis balísticos na Ásia criam um cenário de incertezas na região. Enquanto isso, países como Japão, Taiwan e Filipinas tornam-se o centro das disputas entre as potências.

Um futuro incerto

Com o Indo-Pacífico cada vez mais militarizado, a rivalidade entre as superpotências transforma a região em palco de tensões globais. A implantação dos mísseis dos EUA nas Filipinas já gerou reações de Pequim, e a possibilidade de que a Rússia possa implantar mísseis balísticos na Ásia marca o início de um novo capítulo na geopolítica mundial.

A pergunta que fica é: até onde essa corrida armamentista pode ir antes que escale para um confronto direto?

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 3.000 artigos publicados no CPG. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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