Rússia pode implantar mísseis balísticos na Ásia contra mísseis dos EUA nas Filipinas. Moscou estuda resposta militar à presença dos EUA no Pacífico, aumentando incertezas na região.
A situação no Indo-Pacífico está cada vez mais tensa. Desde abril deste ano, os mísseis dos EUA nas Filipinas têm sido motivo de preocupação para China e Rússia. Agora, Moscou avalia a possibilidade de implantar seus próprios sistemas na região, levantando o alerta para uma nova corrida armamentista global.
Em abril, os Estados Unidos instalaram o sistema de mísseis MRC Taifun nas Filipinas. Inicialmente, a implantação ocorreu durante exercícios militares conjuntos com Manila, mas, no final de setembro, Washington e o governo filipino decidiram manter o sistema de forma permanente. O MRC Taifun é capaz de disparar tanto o míssil de cruzeiro Tomahawk quanto o interceptador SM-6, posicionando os mísseis dos EUA nas Filipinas como peça-chave na estratégia americana no Pacífico.
A China rapidamente denunciou a presença desse armamento, exigindo sua remoção da região. Enquanto isso, a Rússia entrou no debate, sugerindo que poderia responder militarmente ao avanço americano. Sergei Ryabkov, vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, declarou que Moscou está “considerando implantar seus sistemas de curto e médio alcance na Ásia-Pacífico”. Essa ação seria uma resposta direta à presença dos mísseis dos EUA nas Filipinas.
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A crise do tratado INF
O colapso do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) de 1987, que proibia mísseis balísticos e de cruzeiro com alcance entre 500 e 5.500 km, deu espaço para a atual escalada. Desde a saída dos Estados Unidos do acordo, em 2019, a Rússia e os EUA têm ampliado seus arsenais, reacendendo disputas geopolíticas.
A chegada dos mísseis Taifun ao arquipélago filipino e a possibilidade de sua expansão para outros aliados asiáticos irritaram Moscou e Pequim. Especialistas temem que a decisão americana possa levar a uma militarização ainda maior no Pacífico, envolvendo tanto a Rússia quanto a China.
Novas alianças e tensões
Além disso, a cooperação entre Washington e Tóquio para proteger Taiwan adiciona um novo nível de complexidade à crise. A mídia japonesa reportou que os EUA podem instalar sistemas de mísseis em ilhas próximas a Taiwan, ampliando a presença militar americana no Pacífico. Paralelamente, a Rússia cogita reforçar sua aliança com a China, inclusive compartilhando tecnologia submarina avançada.
A expansão dos mísseis dos EUA nas Filipinas e a possibilidade de que a Rússia possa implantar mísseis balísticos na Ásia criam um cenário de incertezas na região. Enquanto isso, países como Japão, Taiwan e Filipinas tornam-se o centro das disputas entre as potências.
Um futuro incerto
Com o Indo-Pacífico cada vez mais militarizado, a rivalidade entre as superpotências transforma a região em palco de tensões globais. A implantação dos mísseis dos EUA nas Filipinas já gerou reações de Pequim, e a possibilidade de que a Rússia possa implantar mísseis balísticos na Ásia marca o início de um novo capítulo na geopolítica mundial.
A pergunta que fica é: até onde essa corrida armamentista pode ir antes que escale para um confronto direto?