No Nordeste, o temor de perder o Bolsa Família faz trabalhadores rejeitarem a carteira assinada, gerando uma crise de mão de obra sem precedentes.
Uma onda de dificuldades atinge o setor agrícola do Nordeste brasileiro, afetando diretamente fazendas e empresas que enfrentam um desafio crescente na contratação de trabalhadores.
O fenômeno, impulsionado pelo temor de muitos trabalhadores em perder o benefício do Bolsa Família, colocou a economia regional em estado de alerta, com impactos em colheitas e produção.
Na região do Polo Fruticultor de Petrolina, em Pernambuco, a falta de mão de obra formal ameaça colheitas inteiras, especialmente a de uva.
- Elon Musk propõe alternativa de US$ 20 trilhões para túnel que conectará Nova York e Londres em apenas 54 Minutos
- Carrefour diz que terá demissão em massa de MAIS de 2 MIL funcionários no Brasil e sabe quem é o culpado por isso
- Importante rodovia (BR) será reformada e seleção para preenchimentos das vagas de emprego na obra já tem data para começar
- Japão vai reduzir jornada de trabalho para que trabalhadores possam se concentrar em fazer filhos
De acordo com o jornalista Egídio Serpa, do Diário do Nordeste, o cenário é similar no Ceará, onde a escassez de trabalhadores se acentuou nos últimos meses.
Em meio a esse impasse, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec) busca soluções junto ao governo federal para aliviar a crise que se agrava.
Bolsa Família e o “dilema da carteira assinada”
Segundo especialistas do setor agrícola, muitos trabalhadores recusam ofertas de emprego formal, preocupados em perder o benefício mensal de R$600, uma quantia significativa para famílias de baixa renda.
O dilema se intensifica, já que aceitar a carteira assinada implicaria um vínculo formal que pode levar à suspensão do benefício do Bolsa Família.
Em Pernambuco, empresários do Polo Fruticultor relatam a dificuldade de preencher vagas necessárias para a colheita, situação que já impacta negativamente a produção.
As empresas, por outro lado, enfrentam um dilema jurídico.
Contratar trabalhadores de forma informal poderia resultar em sérias penalidades por parte do Ministério do Trabalho, que mantém uma fiscalização rigorosa sobre práticas trabalhistas.
Portanto, sem mão de obra disponível, a produção corre o risco de enfrentar uma desaceleração perigosa.
Reuniões e negociações com o governo federal
Conforme explicou Egídio Serpa em sua cobertura, a situação gerou mobilização por parte das federações de agricultura e pecuária, que buscam um acordo para evitar que colheitas sejam perdidas.
No Ceará, a Faec participou de uma reunião com o secretário estadual do Trabalho, Vladyson Viana, para debater o impasse e propor alternativas que incentivem o trabalhador rural a aceitar o emprego formal sem perder os benefícios sociais.
O setor agrícola acredita que uma mudança temporária na regra do Bolsa Família poderia trazer alívio.
A proposta discutida com o governo estadual sugere que beneficiários do Bolsa Família possam trabalhar com carteira assinada durante a colheita, sem que isso represente uma perda automática do benefício.
Impactos no setor de cajucultura
No Ceará, a situação é especialmente crítica para a cajucultura, que se viu drasticamente prejudicada nos últimos dois meses.
Esse setor, que necessitava de pelo menos 20 mil trabalhadores para realizar a colheita deste ano, conseguiu contratar apenas metade dessa quantidade.
Segundo fontes da Faec, essa falta de mão de obra não se restringe a uma única safra e representa um desafio contínuo para a produção de caju, uma das atividades agrícolas mais tradicionais do estado.
A falta de trabalhadores gerou um verdadeiro gargalo para o setor de cajucultura, com impacto direto na produtividade e na economia local.
Conforme dados do setor agrícola, muitas famílias dependem desse trabalho sazonal, mas temem que a adesão ao emprego formal prejudique o recebimento do auxílio financeiro, que já é uma realidade em suas vidas.
O silêncio do governo e a expectativa de mudanças
Atualmente, o governo federal ainda não deu uma resposta definitiva sobre a possibilidade de ajuste temporário na regra do Bolsa Família para beneficiar o setor agrícola.
Essa expectativa se tornou um ponto de tensão entre empresários, produtores e trabalhadores, que aguardam ansiosos por uma solução que traga estabilidade para todos os envolvidos.
O jornalista Egídio Serpa destacou que o silêncio governamental tem gerado frustração.
Sem uma resposta oficial, a situação permanece estagnada, e produtores continuam enfrentando dificuldades para preencher as vagas necessárias para manter suas operações.
Desafios e perspectivas para o futuro
Enquanto a resposta do governo não chega, o cenário preocupa todos os setores envolvidos.
Segundo lideranças do setor, a crise de mão de obra no Nordeste representa um risco real para a produção agrícola e para a economia local, especialmente para pequenos agricultores que não têm a capacidade financeira de absorver prejuízos significativos em suas colheitas.
As propostas das federações de agricultura incluem incentivos e um programa de trabalho sazonal que permita ao trabalhador formalizar seu vínculo por tempo determinado sem perder o benefício do Bolsa Família.
Esse tipo de iniciativa já foi adotado em outras regiões e é visto como uma solução viável para amenizar a crise.
A questão que permanece sem resposta é: até quando o Nordeste enfrentará esse impasse sem uma ação concreta?
Os produtores aguardam por uma decisão do governo que viabilize o trabalho formal sem comprometer o benefício dos trabalhadores.
Em um cenário onde a produção agrícola é fundamental para a economia local e a subsistência de milhares de famílias, uma solução urgente se faz necessária.
E você, acha que o governo deveria flexibilizar as regras do Bolsa Família para apoiar o setor agrícola nordestino? Comente abaixo!
Escassez de mão de obra
Não é só no setor agrícola e pecuário. Os empregados domésticos não querem mais assinar carteira com medo de perder o benefício.
Graças a Deus Vitor eu não só desses aliás esse bolsa família tá formando um bando de gente que não quer fazer mais nada
O governo federal fez está loucura de almento para estes valores. Porém, é simples, é sazonal a contratação; o benefício fica suspenso até o término do contrato. Acabou? A própria empresa informa ao MT e o benefício volta automaticamente.
O patrão não quer pagar 2400 ninguém e **** pra trabalhar por 1500 e perder o bf
Interessante que esses operários temporários migram para o sul do Brasil pra trabalhar nas colheitas de uva e de maçã. Acho que estão explorando demais os trabalhadores por aí.
Sim, pensei a mesma coisa!
Reportagem tendenciosa!
O que acontece é que querem explorar ao máximo a pobreza!
Não querem trabalhar nas condições precárias e desumanas que tais setores oferecem!
Boa tarde pra todos sou do Rio de janeiro, meu nome é januzi Soares. Isso na verdade são mentiras inventadas e muito nocivas ao país, nossa agricultura cada vez é mais mecanizada e duvido que alguém e Sam consciência iria preferir receber 600,00 reais a receber um salário mínimo, mesmo que mínimo. Vivemos num país que prefere inventar mentiras e propagalas ao invés destruir os mentirosos . Vivemos uma recessão há mais de dez anos. Emprego na área agrícola só pra quem se especializou em máquinas agrícola. Prosperidade e vida longa pra todos
Se enganou mano, o miserável pensa assim : que o do governo é certo. E outra qndo era 80 reais já falavam em não trabalhar… com 600.. lascou tudo.. E outra o papai lules que ama o agro, sabendo dessa fulga de trabalhadores pode esperar mais benefícios para sua massa de manobra…
Você está certo, concordo. Mas infelizmente as nossas opiniões perante a esse bando de oportunistas de políticos que tbm recebe uma bolsa família de 42 mil reais e não tá nem aí para os problemas do Brasil, querem mais que todo dia 1 de cada mês chega rápido para receber a sua bolada.
**** detectado!
Aê! Mesmo escrevendo mal prá ****, conseguiu expressar ódio e ignorância! FuLga é de trincar os ****!
Com todo respeito, tbm sou do Rio, e aqui a nossa agricultura é muito pequena em relação a outros estados, aí vc vem falar essa **** dessa, a realidade é que a maioria das pessoas que recebem o bolsa família, não querem trabalhar, preferem ficar f de boa e receber outros benefícios de igreja e outras instituições, só pq recebem bolsa família
Meu querido, sou do sul de Minas e aqui acontece isso. Preferem ficar sem assinar carteira e trabalhar no informal para não perderem o benefício do Nine.
Minha querida, vc não conhece a realidade no Nordeste:
1. Os patrões exploram e humilham.
2. Os trabalhadores preferem os R$600,00 a trabalhar por R$1.400,00.
3. Os nordestino que migram para o Sul e Sudeste são os melhores. Os que ficam aqui não são tão bons quanto aqueles que migraram.
Verdade eu ganhava 1400pra fazer serviço de 3pessoas e o quer eu ganhei foi 5lecos degerenativa na coluna e o INSS não aceitou me dar meu direito de benefícios e a empresa não me deu nada hj estou doente com um filha pequena já tentei me mata 4veses
Tenha fé dias melhores virão.
E não conseguiu?
Sou do Espírito santo, e aqui eles falam assim, se eu já ganho 600 sem fazer nada, porque diacho vou me matar o mês todo pra ganhar só 800 a mais, aí vai trabalhar na diária uns 10 dias do mês, dias esses que eles escolhem sem fazer compromisso com ninguém tira mais de 1000, aí o resto é matemática.
Verdade, 600 sem esforço nenhum tá bom, eu trabalhava na Azaléia em Itapetinga para ganhar 460,00, pagava 200,00 de aluguel a vida era uma miséria só, migrei para São Paulo, estudei, e hoje ganho razoavelmente bem, não penso em voltar para passar nem raiva e nem fome!
Como pode dizer que os que migram são melhores do que os que ficam, se eu estou aqui na Bahia, ganhando quase 5 salários mínimos, fazendo horas extras tiro mais que 6 salários mínimos, fracos são aqueles que não se valorizam, estudam e viram profissionais de alto escalão,. Daí precisam migrar para o sul.
Moro exatamente na cidade de Petrolina e posso lhe afirmar com a mais absoluta certeza de que o que a reportagem citou aí é completamente verdadeira.
Sou p4odutor de acerola na região de Petrolina tou pagando vinte reais pra colher a caixa de vinte quilos mesmo assim tá muito difícil trabalhador
Ae tbm não vai né meu amigo ? Colher 20 kg para ganhar 20 reais por caixa não dá. Colher acerola é uma por uma…com certeza faltará mão-de-obra.
Ôpa, aqui em Ouro Branco, MG, há de montão que ficam em casa e recebem bolsa, seguro desemprego e fazem um bico por fora, 2 a 3 dias na semana, só!
Vc está em um estado que a produção agrícola não é principal meio de subsistência da população portanto não tem conhecimento de causa, o medo das pessoas é que estes trabalhos em lavouras são temporários ou seja há o medo do após e por isso muitos recusam, há tbm a questão da exploração da mão de obra, pois muitos vão para o sul pq os valores pagos são maiores e maiores são as safras tbm.
Perfeitamente, os empresários do setor devem oferecer melhores ofertas se quiserem mão de obra, trabalhadores. Pagam pouco, menos que o bolsa família, folga quinzenal ou mensal, uma verdadeira escravidão a oferta do setor agrícola…a mudança tem que vir do setor agrícola, não do governo federal.
Dos dois. E o BF foi para 600 reais num momento de extrema necessidade, a pandemia COVID 19 e o nome era AUXILIO BRASIL, que seria de 200 reais, mas como deveria ser pra suprir minimamente as necessidades dos que não estariam recebendo nada, passou para 600 reais. E realmente o BF era uma ajuda básica complementar, hoje com esse valor virou “salário”…. e como um cidadão que recebe certo 600 reais vai trocar por uma carteira assinada que não lhe dá segurança de receber como o BF dá. Lembro o programa do Eduardo Suplicy… o Renda Minima para todos brasileiros. Poderia ser usado para todos que trabalham em serviços sazonais comona agricultura, construção civil etc. Resolveria o problema.
Se o Bolsa Familia valessem alguma coisa eu ate concordaria sensacionalismo
tendencioso
Cara, a mais pura verdade, sou sergipano de Aracaju e morava na Bahia, lá é um absurdo, um ex colega de trabalho viu a minha carteira assinada de 2011 até 2013, ele ficou possesso, achou um absurdo, “como uma pessoa se rebaixa a ganhar isso!”, palavras dele, de tanto que moro em São Paulo, me formei técnico em Eletrotécnica, e sou contratado por uma empresa do Rio Grande do Sul, início jeito de ganhar um salário razoável!
TRABALHO TEMPORÁRIO durante dois meses não põe comida na mesa o ano todo, ninguém vive apenas no período de safra. Por isso o trabalho temporário é criticado, as pessoas infelizmente comem durante os 365 dias do ano.
Sem pensar vem um e fala que o trabalhador quer ficar sem trabalhar, que a pessoa deveria pegar o trabalho temporário de 2 meses e ficar os outros 10 meses sem receber renda. Isso é piada de mau gosto.
Provavelmente deve ser isso. Aqui no Nordeste a falta de respeito ao trabalhador é imensa, pagam 1 diária baixíssima, não dão benefícios e ainda se acham no direito de reclamar?
As pessoas estão envelhecendo e os jovens não estão dispostos a passar o dia inteiro embaixo do sol para ganhar pouco, ou diga-se uma miséria de salário para enriquecer agricultores.
Repensem suas maneiras de gestão e quem sabe as coisas mudam.
Concordo
Esse governo não está preocupado com isso! Ter o pobre submisso é o que interessa para a esquerda e o sistema produtivo que se exploda!
O que os empresários querem é mão de obra barata. Paguem melhor que os trabalhadores não vão ficar dependentes do auxílio do governo.
O governo criou o bolsa preguiça. O povo vai deixar de receber sem trabalhar para ir trabalhar, vai muito.