Representante de um dos partidos de sustentação do governo norueguês quer Equinor fora do Brasil pelo país não cumprir obrigações em relação à Amazônia
A questão das queimadas na Amazônia continua ecoando por todos os setores e agora chegou no offshore. Um parlamentar de alta representatividade no parlamento norueguês, afinal preside a comissão de Energia e Meio Ambiente, afirmou ontem (25/08) à imprensa que o governo norueguês deveria entrar com um pedido à Equinor para que a empresa retire seus investimentos do Brasil. Enquanto isso os investimentos vão tendo andamento e a Equinor contrata o floatel Safe Concordia para operações no Brasil.
o político liberal Ketil Kjenseth, pertencente a um dos quatro partidos que fazem a sustentação do governo, quer que a iniciativa ajude a pressionar o governo brasileiro em relação à interrupção do incêndio e ao desmatamento da Amazônia.
A Equinor tem como maior acionista (67%), o governo norueguês, e há pouco tempo atrás se chamava Statoil. A empresa é uma da empresas estrangeiras de maior destaque no setor petrolífero brasileiro, com destaque ao pré-sal e investimentos em energia solar.
A Equinor opera o campo de Peregrino, na Bacia de Campos, o qual é o maior projeto offshore da companhia fora da Noruega e onde implementará a fase 2 do ativo que irá aumentar a produção com a entrada de mais uma plataforma (WHP-C), que está sendo construída nos EUA e sua jaqueta na Holanda.
Atualmente a Equinor produz entre 90 mil a 100 mil barris diários no Brasil , o planejamento da Norueguesa é produzir de 300 mil a 500 mil barris diários de petróleo no país em 2030, para tal serão demandados investimentos de US$ 15 bilhões até 2030.
Além disso é aguardado investimentos pesados da empresa no mega-leilão do excedente da cessão onerosa, marcado para o início de novembro.
Apesar da solicitação do presidente da comissão de Energia e Meio Ambiente, o ministro da Indústria Torbjørn Røe Isaksen acredita que a proposta não terá eco dentro do governo norueguês, pois acha que a questão da Amazônia tem que ser resolvida com ações e não com boicotes.
Já a Equinor divulgou nota dizendo que: “não se envolve em questões políticas ou decisões de países. No entanto ressalta que o Brasil é uma das três áreas principais da empresa”.
Leia também ! Petrobras e 11 estrangeiras se inscrevem para leilão da 16ª Rodada !