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Crescimento do PIB brasileiro atinge 2,8% em 2024, mas Banco Mundial alerta para desafios fiscais devido a gastos previdenciários e dívida pública

Escrito por Ana Alice
Publicado em 18/01/2025 às 20:54
Banco Mundial eleva previsão do PIB do Brasil para 2,8% em 2024, mas alerta para desafios fiscais e aumento da dívida pública.(Imagem: Reprodução/Canva)
Banco Mundial eleva previsão do PIB do Brasil para 2,8% em 2024, mas alerta para desafios fiscais e aumento da dívida pública.(Imagem: Reprodução/Canva)

Em meio a um cenário global desafiador, o Banco Mundial surpreende ao elevar a projeção de crescimento do PIB brasileiro para 2,8% em 2024. No entanto, a instituição alerta para os riscos fiscais decorrentes do aumento dos gastos previdenciários e da dívida pública.

Em meio a um cenário econômico global repleto de desafios, o Brasil se destaca com projeções otimistas, mas com ressalvas importantes sobre sustentabilidade fiscal.

Segundo o relatório “Perspectivas Econômicas Globais” do Banco Mundial, divulgado em outubro de 2024, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi revisado para 2,8% em 2024, superando as expectativas anteriores de 2% feitas em junho do mesmo ano.

Contudo, os gastos previdenciários crescentes e o aumento da dívida pública continuam a ser pontos de atenção para o futuro.

Banco Mundial ajusta projeções para o Brasil

O Banco Mundial destacou que o crescimento do PIB para 2024 reflete a recuperação de setores-chave e a estabilização da inflação. Para 2025, a previsão permanece em 2,2%, indicando uma desaceleração moderada, enquanto 2026 viu um ajuste positivo de 2% para 2,3%.

Esses números, embora animadores, estão acompanhados de avisos importantes: o aumento dos gastos previdenciários e a elevação da dívida pública podem limitar a capacidade de investimento do governo.

Desafios fiscais: uma questão estrutural

A sustentabilidade fiscal é uma preocupação central no relatório. Conforme apontado, os gastos previdenciários representam um dos maiores desafios para as contas públicas, exigindo atenção especial.

Além disso, o aumento na relação dívida/PIB, que chegou a 62,8% em 2024, reflete a necessidade de reformas que garantam maior eficiência no uso dos recursos públicos.

Inflação e política monetária

Outro fator relevante para o desempenho econômico foi o controle da inflação. A taxa inflacionária do Brasil fechou 2024 em 4,83%, dentro das expectativas do mercado, mas ainda acima da meta central do Banco Central, de 3%.

Para lidar com isso, a taxa Selic foi elevada para 12,25% ao ano, sinalizando o compromisso da autoridade monetária em conter as pressões inflacionárias.

América Latina: um panorama regional

No contexto latino-americano, as projeções do Banco Mundial para 2024 mostram um crescimento de 1,9% para a região, ligeiramente superior à previsão anterior de 1,8%.

Porém, desafios semelhantes ao Brasil, como altos níveis de dívida e baixos investimentos, também afetam outros países.

De acordo o portal Uol, a Argentina, por exemplo, mantém uma expectativa de crescimento de 5% para 2024, mas enfrenta incertezas políticas que podem impactar seu desempenho econômico.

Investimentos privados e estrangeiros

A falta de investimentos privados e estrangeiros na América Latina é outro ponto destacado no relatório. O Banco Mundial enfatiza que a região precisa aproveitar melhor oportunidades como o “nearshoring” — a realocação de cadeias produtivas para países mais próximos dos mercados consumidores.

Contudo, para que isso aconteça, é fundamental que os países implementem reformas que tornem o ambiente de negócios mais atrativo.

Sustentabilidade e crescimento econômico

Embora o crescimento econômico previsto para o Brasil seja positivo, ele não está livre de riscos. A manutenção desse desempenho dependerá de uma combinação de fatores, incluindo controle de gastos, eficiência fiscal e políticas públicas voltadas para o aumento da produtividade.

Sem essas medidas, o país pode enfrentar dificuldades em manter sua trajetória de crescimento a longo prazo.

As projeções atualizadas do Banco Mundial oferecem uma visão mista sobre o futuro do Brasil. Enquanto o crescimento do PIB para 2024 traz otimismo, os desafios fiscais associados à dívida pública e aos gastos previdenciários continuam a exigir atenção.

A questão central agora é como o governo enfrentará esses problemas para garantir um equilíbrio entre crescimento econômico e sustentabilidade fiscal.

E você, acredita que o Brasil conseguirá conciliar crescimento econômico e responsabilidade fiscal nos próximos anos?

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Albertino Zamboni FILHO
Albertino Zamboni FILHO
19/01/2025 19:58

De grande importância para não sermos enganados.

Ana Alice

Redatora e analista de conteúdo. Escreve para o site Click Petróleo e Gás (CPG) desde 2024 e é especialista em criar textos sobre temas diversos como economia, empregos e forças armadas.

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