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Coreia do Sul abandona projeto de porta-aviões e aposta em navio com drones para modernizar Marinha

Publicado em 14/05/2025 às 17:22
A Marinha da Coreia do Sul abandona porta-aviões e aposta na construção de navio com drones para modernizar sua frota e reduzir custos operacionais.
A Marinha da Coreia do Sul abandona porta-aviões e aposta na construção de navio com drones para modernizar sua frota e reduzir custos operacionais. Fonte: Poder Naval.

A Marinha da Coreia do Sul abandona porta-aviões e aposta na construção de navio com drones para modernizar sua frota e reduzir custos operacionais.

A Marinha da Coreia do Sul decidiu reformular profundamente sua estratégia naval ao deixar de lado o plano de construir um porta-aviões leve com caças embarcados. Em vez disso, o foco será a construção de um novo tipo de navio de guerra: uma embarcação com tecnologia avançada voltada para operações com drones aéreos, tripulados e não tripulados.

A decisão, apresentada em maio de 2025 ao Comitê de Defesa da Assembleia Nacional, marca uma mudança significativa na política de defesa do país, com foco na autonomia tecnológica, redução de custos e ampliação da capacidade operacional diante de ameaças regionais.

Navio será equipado com drones em vez de caças F-35B

O novo modelo de navio — ainda em fase de projeto conceitual — terá dimensões semelhantes às previstas para o porta-aviões leve: aproximadamente 260 metros de comprimento e 30 mil toneladas de deslocamento. A grande diferença está no tipo de armamento e nos equipamentos a bordo.

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Em vez de caças F-35B, cuja aquisição e integração exigiriam investimentos bilionários, a embarcação será projetada para operar:

  • Drones com decolagem vertical
  • Aeronaves não tripuladas para vigilância
  • Munições guiadas de longo alcance
  • Helicópteros de apoio, transporte e ataque

Esse novo conceito busca tornar as operações da Marinha mais ágeis, conectadas e de menor custo, com foco em cenários de guerra modernos, onde veículos autônomos vêm se mostrando cada vez mais eficazes.

Decisão estratégica prioriza custo-benefício e inovação militar

A construção de um porta-aviões com 20 caças F-35B exigiria cerca de 7 trilhões de wons — o equivalente a mais de US$ 5 bilhões.

Cada aeronave teria custo unitário entre US$ 120 e US$ 160 milhões, sem contar os gastos com adaptações na estrutura do navio.

Ao adotar drones desenvolvidos pela indústria nacional, a Marinha sul-coreana pretende:

  • Reduzir custos operacionais e logísticos
  • Aumentar a flexibilidade das missões navais
  • Diminuir os riscos para tripulações humanas
  • Estimular o setor tecnológico de defesa do país

Além disso, a transição para uma plataforma mais autônoma reflete o aprendizado obtido com conflitos recentes, onde veículos não tripulados demonstraram grande impacto estratégico no campo de batalha.

Navio de Assalto Anfíbio Multifuncional II
Navio de Assalto Anfíbio Multifuncional II

Estudo está nas mãos da Hyundai Heavy Industries

A empresa HD Hyundai Heavy Industries foi contratada para elaborar o conceito técnico do novo navio. O estudo será submetido ao Estado-Maior Conjunto ainda neste mês.

No entanto, qualquer mudança definitiva depende da revisão formal dos requisitos operacionais — algo que só deverá acontecer após a transição do atual governo.

Coreia do Sul mira posição de liderança em guerra naval automatizada

A reformulação do projeto naval não é apenas uma resposta a fatores econômicos. Ela também está inserida em um contexto de crescente tensão na Ásia Oriental, com o fortalecimento militar da China e o desafio permanente da Coreia do Norte.

Ao priorizar plataformas com uso intensivo de tecnologia embarcada, a Marinha da Coreia do Sul sinaliza sua intenção de:

  • Fortalecer a dissuasão militar com menor dependência externa
  • Operar de forma mais eficiente em ambientes hostis
  • Integrar sistemas autônomos em missões de longo alcance

Caso o plano avance, a Coreia do Sul poderá se tornar uma das primeiras nações do mundo a colocar em serviço um navio de guerra desenvolvido desde a origem para operar drones em larga escala — um movimento que pode moldar o futuro das forças navais em todo o mundo.

Fonte: Poder Naval

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Andriely Medeiros de Araújo

Sou graduanda e atuo como redatora no Click Petróleo e Gás, onde escrevo sobre vagas, concursos, cursos, indústria e temas relacionados. Com cerca de dois anos de experiência na área, já publiquei mais de 3.500 artigos em diversos sites e, diariamente, me dedico a produzir conteúdos informativos e verídicos. Tenho uma grande paixão pela escrita, leitura e cinema.

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