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Ciência surpreende com esponja de algodão e osso de lula que remove 99,9% dos microplásticos e aponta para um futuro mais limpo e sustentável

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 16/01/2025 às 00:51
Ciência surpreende com esponja de algodão e osso de lula que remove 99,9% dos microplásticos e aponta para um futuro mais limpo e sustentável
Nova esponja sustentavel - Foto gerada por IA

Nova esponja absorve microplásticos da água e pode salvar o ambiente marinho: pesquisadores desenvolvem esponja que remove 99,9% dos microplásticos. Conheça a esponja de algodão e osso de lula.

Estudos apontam que os microplástico estão desde as nuvens do Monte Fuji, no Japão, até a fossa mais profunda do oceano. Desta forma, um humano médio ingere cerca de 4 mil partículas do material na água por ano. Visando mudar esse cenário, cientistas desenvolveram uma esponja de algodão e osso de lula, materiais inusitados, que absorvem esses resíduos das águas. Neste artigo, vamos conhecer a nova esponja que remove 99,9% dos microplásticos das águas.

Esponja absorve microplásticos da água e pode ser uma solução viável para despoluição

O resultado da nova esponja de algodão e osso de lula foi obtido por pesquisadores da Universidade de Wuhan, na China, e empolga também por ser viável de forma financeira. Isso porque outras soluções, apesar de bem-sucedidas, acabaram estagnadas pelos altos custos. No estudo, publicado no periódico Science Advance, os autores destacaram que desenvolveram um adsorvente sustentável e ambientalmente adaptável.

Feita de quintina extraída de osso de lula e de celulose de algodão, materiais usados para remediação da poluição, a nova esponja absorve microplásticos da água e também foi testada em locais como uma vala de irrigação, um lago, água do mar e uma lagoa. Seu desempenho, para os pesquisadores, foi notável. Isso porque é uma esponja que remove 99,9% dos microplásticos, e de 95% a 98% após cinco ciclos.

Segundo a pesquisa dos cientistas chineses, a nova esponja de algodão e osso de lula apresenta ótimo desempenho de adsorção para poliestireno, polimetilmetacrilato, polipropileno e polietileno tereftalato. Outro ponto animador para a nova esponja que remove 99,9% dos microplásticos foi que os equipamentos usados para a produção da esponja, como liofilizadores e agitadores mecânicos, são altamente disponíveis.

Nova esponja de algodão e osso de lula pode ser aplicada em larga escala

A proposta do novo produto, se aplicado em larga escala em pesquisas futuras, tem o potencial de transformar o cenário de uma das mais graves crises de saúde pública do mundo. Com resultados positivos, os pesquisadores acreditam ainda que é possível desenvolver um modelo em escala industrial.

Desta forma, a esponja absorve microplásticos da água e poderia ser usada em sistemas de filtragem residenciais ou municipais, como em máquinas de lavar roupas, lava-louças e outras fontes de poluição de microplásticos.

Vale mencionar que a poluição por microplásticos pode conter até 16 mil diferentes produtos químicos plásticos, frequentemente associados a substâncias altamente tóxicas, como PFAS, bisfenol e ftalatos. Esses compostos estão relacionados a problemas graves de saúde, incluindo câncer, neurotoxicidade, alterações hormonais e toxicidade no desenvolvimento.

A poluição e importância da esponja que remove 99,9% dos microplásticos

Para se ter uma ideia do porquê a esponja absorve microplásticos da água é tão importante, esses microplásticos são capazes de atravessar as barreiras do cérebro e da placenta, e pessoas com esses microplásticos presentes no tecido cardíaco apresentam o dobro de risco de sofrer um ataque cardíaco ou derrame nos anos seguintes.

Recentemente, um estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Barcelona e publicado na Science Direct aponta que, no ambiente marinho, os microplásticos formam uma superfície rapidamente colonizada por microrganismos, gerando assim um biofilme, a plastisfera, tida como um novo tipo de ecossistema potencialmente perigoso.

Uma vez formada, essa comunidade pode afetar o equilíbrio natural da vida oceânica em nível microscópico, visto que o plástico permite que patógenos potencialmente prejudiciais se espalhem pelos ambientes marinhos.

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Marcos Fernandez
Marcos Fernandez
16/01/2025 08:10

O osso das lulas é uma parte mínima do corpo delas, e teremos bilhões de toneladas métricas de plásticos no ambiente nos próximos anos. Eram 8.3 btm em 2017, e a previsão é 32 btm em 2050 (Geier et. al, 2017). Não existem lulas suficientes para viabilizar isso em escala comercial, creio eu…

Severo
Severo
Em resposta a  Marcos Fernandez
16/01/2025 17:05

Essa substância, a Quintina, só existe em ossos de Lula?

Gil
Gil
16/01/2025 17:16

A lula é um cefalopode, e portanto, não tem ossos.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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