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Início Energia renovável através do suor humano? Biofilme adesivo capaz de substituir grandes baterias está sendo testado nos EUA

Energia renovável através do suor humano? Biofilme adesivo capaz de substituir grandes baterias está sendo testado nos EUA

29 de outubro de 2022 às 12:23
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Foto: EkkoGeekGreen/Reprodução

Pesquisadores de Massachusetts desenvolveram um biofilme adesivo capaz de gerar energia renovável com suor humano. A inovação pode mudar completamente o mercado de carregamento de dispositivos.

Equipe de pesquisadores da Universidade de Massachusetts Amherst, nos Estados Unidos, desenvolveram um Biofilme que pode aproveitar uma fonte de energia que até então nunca foi muito explorada: a evaporação. De forma bastante resumida, os pesquisadores conseguem gerar energia renovável com suor humano.

Biofilme pode gerar mais energia do que bateria do ramo

O time de pesquisadores desenvolveu um biofilme que converte a umidade da pele em energia, conseguindo gerar energia limpa contínua e estável e pode ser utilizado como um adesivo colado diretamente na pele.

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Segundo Xiaomeng Liu, estudante de pós-graduação em engenharia elétrica e de computação na Faculdade de Engenharia da UMass Amherst e principal autor do artigo, esta é uma tecnologia muito empolgante e é uma verdadeira energia renovável e, diferente de outras fontes chamadas de energia limpa, sua produção é totalmente verde.

O biofilme é resultado da bactéria Geobacter sulfurreducens. Estes tipos específicos de bactérias são conhecidas por conduzir energia elétrica, razão pela qual foram utilizadas no passado para alimentar dispositivos. Entretanto, os métodos antigos possuíam desvantagens como, por exemplo, exigiam bactérias vivas, que necessitavam de alimentação e cuidados constantes.

“A beleza deste novo biofilme é que o mesmo utiliza colónias de bactérias mortas, sendo assim, não há necessidade de as alimentar. Gerando energia com suor humano, o biofilme pode fornecer a quantidade ideal ou até mais energia do que uma bateria de tamanho parecido”, destaca a universidade norte-americana em comunicado.

Biofilme converte a energia bloqueada na evaporação em energia limpa

De acordo com o professor de microbiologia da Umass Amherst e um dos autores seniores do artigo, Derek Lovley, os cientistas simplificaram o processo de geração de energia renovável, reduzindo radicalmente a quantidade de processamento necessária. Foram cultivadas as células de forma sustentável em um biofilme e depois foi utilizada a aglomeração de células, fazendo com que as entradas de energia sejam reduzidas, tornando tudo mais simples e expandindo as aplicações potenciais.

Os cientistas notaram que a grande parte da energia solar que atinge a Terra é utilizada para evaporar a água, sendo esta uma grande e inexplorada fonte de energia, de acordo com Jun Yao, professor de engenharia elétrica e informática da UMass.

Devido à superfície da nossa pele estar sempre úmida de suor, o biofilme consegue transformar a energia bloqueada na evaporação em energia limpa suficiente para carregar pequenos dispositivos. O biofilme poderá mudar todo o mercado de eletrônicos vestíveis, gerando energia para tudo, indo desde sensores médicos até eletrônicos pessoais. O objetivo é substituir grandes baterias por esta versão pequena, transparente, fina, adesiva e flexível.

Movimentos humanos também podem gerar energia renovável

Pesquisadores desenvolveram no último ano, um dispositivo bioeletrônico macio e flexível que transforma os movimentos do corpo humano, desde dobrar o cotovelo a movimentos sutis, como um giro no pulso, em energia elétrica.

Um gerador construído com o dispositivo pode então ser utilizado para alimentar pequenos aparelhos eletrônicos, sensores de diagnóstico, tecidos eletrônicos e até mesmo implantes. A novidade se tornou possível quando o cientista da Universidade da Califórnia de Los Angeles, Yihao Zhou, descobriu a possibilidade de gerar o efeito magnetoelástico em um material flexível e macio.

Esse efeito é a mudança de quanto um material é magnetizado quando pequenos ímãs são constantemente aproximados e separados por pressão mecânica que, até agora, só havia sido documentado em sistemas rígidos.

Para demonstrar seu conceito, a equipe utilizou ímãs microscópicos dispersos em uma matriz de silicone fina como papel para gerar um campo magnético que muda de intensidade de acordo com que a força do campo magnético muda, a eletricidade é gerada.

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