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Início Cidades mineradoras de Minas Gerais tiveram recorde de arrecadação e criação de empregos e vivem cenário completamente diferente do restante do país

Cidades mineradoras de Minas Gerais tiveram recorde de arrecadação e criação de empregos e vivem cenário completamente diferente do restante do país

10 de maio de 2021 às 14:41
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Mineradoras – Minas Gerais – empregos
Mineração/ Fonte: AMIG

Impulsionado pela alta do minério de ferro, as cidades mineradoras de Minas Gerais tiveram geração de emprego 8 vezes maior que a do Brasil em 2020

Comparado ao restante do país, os municípios que possuem a exploração mineral como principal atividade em Minas Gerais geram cada vez mais empregos e arrecadam cada vez mais com o aumento no preço do minério de ferro e da alta do dólar. As cidades mineradoras possuem uma geração de emprego 8 vezes maior, quando comparada ao Brasil nos últimos 12 meses, segundo estimativa do IBGE.

Geração de empregos nas cidades mineradoras de Minas Gerais

A cidade de Itabirito, que fica localizada na região central do estado de Minas Gerais, abriu cerca de 4.000 oportunidades de empregos no ano de 2020, diz o prefeito do município, Orlando Caldeira. Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o município teve uma variação positiva na criação de empregos de 16,10%, enquanto o Brasil teve 2,18% no mesmo período.

Já a cidade de Conceição do Mato Dentro, em Minas Gerais, que recebe um dos maiores planos de mineração do mundo, o Mineroduto Minas–Rio, da mineradora inglesa Anglo American, obteve uma variação de empregos de 13,7% nos últimos 12 meses.

Variação de empregos nas cidades mineradoras de Minas Gerais/ Fonte: G1

Aumento nos preços do minério de ferro e a alta do dólar influenciam as cidades mineradoras

Em abril deste ano, a tonelada do minério com teor de 62% de ferro avançou 4,3%, alcançando US$ 189,61 (o maior nível desde fevereiro de 2011). No acumulado deste ano, os ganhos do minério de ferro chegam a 18,2%. O preço do minério com 65% de pureza avançou US$ 6,50, para US$ 222,80 por tonelada.

Os municípios de Minas Gerais, que possuem exploração mineral como principal atividade, recebem das mineradoras 60% da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem), influenciada pelo preço do minério de ferro. Já os outros 40% da Cfem são distribuídos para o estado e União.

A Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem) não pode ser usada em folha de pagamento, porém, é fundamental nos aportes que serão destinados à educação, saúde e infraestrutura destas cidades mineradoras de Minas Gerais.

Minas Gerais e a dependência da Cfem

Zé Maria, prefeito de Conceição do Mato Dentro e presidente da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais (Amig), disse que com o aquecimento do mercado do minério de ferro e com a volta da demanda da China, houve aumento da arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem), gerando aumento da oferta de empregos na cidade, especialmente nos setores de mineração e de construção civil.

A grande dependência das cidades mineradoras em relação à Cfem é alta. Muitos municípios não possuem outras atividades que possam competir com a mineração em relação ao retorno financeiro. Mesmo sendo um recurso finito, poucos municípios têm se preparado para o fim do Cfem.

A cidade de Itabira, no estado de Minas Gerais, primeiro local explorado pela mineradora Vale e o maior produtor de minério de ferro do mundo, já está com os dias contados para o fim da exploração no local, onde a expectativa é que a exaustão mineral aconteça em 2031. O prefeito Marco Antônio Lage diz que a expectativa do município é usar o recurso do Cfem para se preparar, em que a ideia é investir em outros segmentos que serão capazes de sustentar o município, vista a dependência do minério de ferro.

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