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Brasileiros disparam o consumo por etanol e ‘obrigam’ a Petrobras a reduzir, neste sábado (21/10), o preço da gasolina em R$0,12; movimento estratégico vai na contramão da alta dos 90 dólares do petróleo Brent

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 21/10/2023 às 11:04
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Baixa no preço da gasolina, diesel e etanol gera fila em posto de combustível da Petrobras / Imagem UOL
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Para não perder a concorrência com o etanol, a Petrobras reduz preço da gasolina; em contrapartida, diesel fica mais caro na tentativa de equilibrar a alta do petróleo Brent, que mantém preços firmes acima de 90 dólares.

A Petrobras surpreendeu o mercado ao anunciar uma redução de 4% nos preços da gasolina vendida em suas refinarias, em um movimento estratégico para recuperar espaço perdido para seu concorrente etanol. Essa decisão foi tomada tendo em mente o elevado fator de utilização das refinarias da Petrobras, indicando um esforço em ampliar sua penetração no mercado interno de combustíveis.

Em contrapartida a petroleira aumentou o preço do diesel em R$ 0,25 por litro o seu preço médio de venda de diesel A para as distribuidoras, que passará a ser de R$ 4,05 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 88% de diesel A e 12% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 3,56 a cada litro vendido na bomba.

Petróleo Brent mantém preços firmes acima de 90 dólares o barril

O mercado internacional de petróleo Brent mantém preços firmes acima de 90 dólares por barril, o que, à primeira vista, pode parecer contraditório com a redução do preço da gasolina. No entanto, essa ação parece ser motivada pelas condições de oferta e demanda no mercado doméstico e pela crescente concorrência do etanol hidratado no Brasil que tem causado um recuo no consumo de gasolina.

ELETRODOMÉSTICOS – MERCADO LIVRE

ELETRODOMÉSTICOS – MERCADO LIVRE

A diminuição média de 12 centavos por litro anunciada pela Petrobras, embora tenha sido superior à defasagem monitorada, sugere uma estratégia para alinhar os preços da gasolina com o mercado internacional e, ao mesmo tempo, combater a perda de “market-share” para o etanol hidratado.

Em setembro, as usinas do centro-sul aumentaram as vendas de etanol hidratado em 18,45% em comparação com o ano anterior, enquanto a comercialização de álcool anidro, que é misturado à gasolina, teve uma baixa significativa. Os dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), apontam para a contínua perda de mercado do combustível fóssil em favor de alternativas mais sustentáveis.

Em contrapartida, Petrobras aumentou o preço do diesel em 6,58%

Enquanto a Petrobras busca equilibrar sua posição no mercado de gasolina frente ao etanol, a empresa também anunciou um aumento de 6,58% no preço médio de venda do diesel às distribuidoras. Esse movimento pode ser uma resposta à demanda do mercado internacional e às necessidades domésticas, refletindo a complexidade das decisões da companhia no cenário atual.

A Petrobras está enfrentando desafios significativos em relação à concorrência e às mudanças no mercado de combustíveis. Com a crescente preferência do consumidor brasileiro pelo etanol e as flutuações nos preços do petróleo no mercado global, a empresa está adotando uma estratégia que combina redução de preços da gasolina para ganhar competitividade no mercado interno, enquanto aumenta o preço do diesel para se alinhar às demandas internacionais.

Estratégia para conquistar o consumidor

A Petrobras, ao tomar essas decisões, demonstra um compromisso com a inovação e a sustentabilidade, que são elementos essenciais no mercado de combustíveis moderno. A empresa enfrenta a concorrência do etanol, uma alternativa mais ecológica, e ajusta seus preços para se manter competitiva. O futuro do mercado de combustíveis será moldado por essas estratégias e pela resposta do consumidor às mudanças no cenário de preços.

A busca pela preferência do consumidor promete continuar a moldar o cenário dos combustíveis no Brasil nos próximos anos.

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Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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