Bill Gates, cofundador da Microsoft, admitiu que um erro estratégico durante sua liderança custou à empresa uma fortuna de US$ 400 bilhões. Qual foi essa falha e como ela abriu caminho para seus concorrentes dominarem um mercado crucial?
Bill Gates, cofundador da Microsoft, abriu o jogo sobre um dos momentos mais amargos de sua carreira empresarial: o erro que custou à sua empresa cerca de US$ 400 bilhões. A revelação foi feita durante um evento da empresa de capital de risco Village Global, onde Gates discutiu negócios e os desafios do setor tecnológico.
Fundada em 1975 por Gates e seu amigo de infância Paul Allen, a Microsoft cresceu rapidamente, alcançando o primeiro milhão de dólares em vendas em apenas quatro anos. Em 1986, já era uma empresa pública, consolidando sua posição no mercado.
Atualmente, a gigante da tecnologia é avaliada em cerca de três trilhões de dólares, sendo uma das corporações mais valiosas do mundo.
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Apesar de todo esse sucesso, Gates afirmou que o erro estratégico envolvendo o mercado de sistemas operacionais para smartphones foi um dos maiores fracassos de sua trajetória. “O maior erro de todos os tempos foi a má gestão que eu pratiquei, que fez com que a Microsoft não fosse o que o Android é hoje”, admitiu o empresário de 69 anos.
A corrida pelo mercado mobile
O ponto crucial da falha ocorreu quando as empresas de tecnologia começaram a disputar o segundo lugar no mercado de dispositivos móveis, após a Apple estabelecer o iOS como referência. Gates explicou que o setor de plataformas é caracterizado por um modelo onde o “vencedor leva tudo”.
Para ele, a Microsoft estava bem posicionada para assumir o papel que o Android desempenha atualmente, mas a empresa não conseguiu aproveitar a oportunidade.
“Há espaço para exatamente um sistema operacional que não seja da Apple, e quanto isso vale? US$ 400 bilhões que seriam transferidos da Google para a Microsoft”, lamentou. Essa estimativa é baseada na receita e no domínio que o Android alcançou no mercado global.
O atraso fatal da Microsoft
O iPhone, da Apple, foi lançado em 2007, marcando o início de uma nova era tecnológica. Pouco depois, em 2008, o Android chegou ao mercado, posicionando-se como a principal alternativa ao iOS.
Enquanto isso, a Microsoft demorou dois anos a mais para lançar o Windows Phone 7, em outubro de 2010. Quando finalmente entrou no jogo, o espaço já estava quase inteiramente ocupado.
Dados do mercado mostram que, em pouco tempo, Apple e Android controlavam 99,9% da fatia global. O Windows Phone não conseguiu conquistar relevância significativa, sendo descontinuado alguns anos depois.
A tentativa tardia de recuperar o espaço perdido foi insuficiente para competir com os gigantes já estabelecidos.
“Ainda somos líderes”
Apesar do revés bilionário, Bill Gates destacou que a Microsoft continua a ser uma empresa líder em diversas áreas. No entanto, ele reconhece que o fracasso no mercado de dispositivos móveis foi um golpe significativo.
“Se tivéssemos conquistado o segundo lugar nos dispositivos móveis, nós seríamos a empresa”, afirmou. Mesmo assim, o tom de sua fala sugeriu que ele já aceitou o ocorrido. “Mas tudo bem”, disse ele, em tom de resignação.
Hoje, Bill Gates concentra grande parte de sua atenção na filantropia, por meio da Fundação Bill e Melinda Gates. Com uma fortuna estimada em US$ 158 bilhões, ele se dedica a causas sociais e humanitárias, mantendo sua influência no cenário global.
Embora a Microsoft tenha perdido essa batalha específica, a empresa segue forte em outros setores, como serviços em nuvem, inteligência artificial e software empresarial.
Mas o que fica evidente é que até os maiores nomes da tecnologia podem cometer erros, e nem sempre há como voltar atrás para corrigi-los.
Empresa de energia nuclear de Bill Gates anuncia progresso
Além de refletir sobre os erros do passado, Bill Gates segue investindo em projetos que podem moldar o futuro da humanidade.
Um dos exemplos mais promissores é a TerraPower, sua empresa voltada para inovação no setor nuclear, que anunciou recentemente avanços significativos no desenvolvimento do reator Natrium.
Este reator, pioneiro nos Estados Unidos, utiliza tecnologia de resfriamento à base de sódio e promete revolucionar a geração de energia limpa e eficiente.
Mais um marco importante foi alcançado com a emissão de contratos críticos para a construção do Sistema de Invólucro do Reator (RES), além de acordos para o fornecimento de urânio de alta qualidade para abastecer a usina.
Entre os principais parceiros selecionados para contribuir com o projeto está a empresa espanhola Ensa, que assumiu a responsabilidade pela fabricação da cabeça do reator.
Esse componente é essencial para a segurança e a operação eficiente do sistema Natrium, que combina geração de 345 MW de energia com um inovador sistema de armazenamento térmico à base de sal.
Essa tecnologia permitirá que a produção atinja picos de 500 MW, fornecendo energia adicional durante momentos de alta demanda e garantindo estabilidade na rede elétrica.
Além da Ensa, outros fornecedores globais também foram escolhidos para entregar componentes-chave. A Doosan Enerbility, da Coreia do Sul, será responsável pelo barril central e outros suportes estruturais críticos.
Já a HD Hyundai fabricará o recipiente do reator, e a canadense Marmen fornecerá o plugue giratório, peça indispensável para o funcionamento do sistema.
Esses avanços refletem o compromisso da TerraPower em impulsionar soluções energéticas sustentáveis, ao mesmo tempo que destacam o papel da colaboração internacional no desenvolvimento de tecnologias avançadas.
Energia “portátil”, um caminho a seguir. A Rússia tem a sua usina nuclear flutuante. JoseJosé
Enquanto isso, aqui no Brasil, continuamos ARENGANDO em igrejas esperando por “soluções” mágicas e milagrosas!