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Bill Gates, o cofundador da Microsoft, revelou o seu maior ERRO que acabou custando à sua empresa US$ 400.000.000.000

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 14/01/2025 às 07:42
Bill Gates, Microsoft
Foto: Reprodução

Bill Gates, cofundador da Microsoft, admitiu que um erro estratégico durante sua liderança custou à empresa uma fortuna de US$ 400 bilhões. Qual foi essa falha e como ela abriu caminho para seus concorrentes dominarem um mercado crucial?

Bill Gates, cofundador da Microsoft, abriu o jogo sobre um dos momentos mais amargos de sua carreira empresarial: o erro que custou à sua empresa cerca de US$ 400 bilhões. A revelação foi feita durante um evento da empresa de capital de risco Village Global, onde Gates discutiu negócios e os desafios do setor tecnológico.

Fundada em 1975 por Gates e seu amigo de infância Paul Allen, a Microsoft cresceu rapidamente, alcançando o primeiro milhão de dólares em vendas em apenas quatro anos. Em 1986, já era uma empresa pública, consolidando sua posição no mercado.

Atualmente, a gigante da tecnologia é avaliada em cerca de três trilhões de dólares, sendo uma das corporações mais valiosas do mundo.

Apesar de todo esse sucesso, Gates afirmou que o erro estratégico envolvendo o mercado de sistemas operacionais para smartphones foi um dos maiores fracassos de sua trajetória. “O maior erro de todos os tempos foi a má gestão que eu pratiquei, que fez com que a Microsoft não fosse o que o Android é hoje”, admitiu o empresário de 69 anos.

A corrida pelo mercado mobile

O ponto crucial da falha ocorreu quando as empresas de tecnologia começaram a disputar o segundo lugar no mercado de dispositivos móveis, após a Apple estabelecer o iOS como referência. Gates explicou que o setor de plataformas é caracterizado por um modelo onde o “vencedor leva tudo”.

Para ele, a Microsoft estava bem posicionada para assumir o papel que o Android desempenha atualmente, mas a empresa não conseguiu aproveitar a oportunidade.

Há espaço para exatamente um sistema operacional que não seja da Apple, e quanto isso vale? US$ 400 bilhões que seriam transferidos da Google para a Microsoft”, lamentou. Essa estimativa é baseada na receita e no domínio que o Android alcançou no mercado global.

O atraso fatal da Microsoft

O iPhone, da Apple, foi lançado em 2007, marcando o início de uma nova era tecnológica. Pouco depois, em 2008, o Android chegou ao mercado, posicionando-se como a principal alternativa ao iOS.

Enquanto isso, a Microsoft demorou dois anos a mais para lançar o Windows Phone 7, em outubro de 2010. Quando finalmente entrou no jogo, o espaço já estava quase inteiramente ocupado.

Dados do mercado mostram que, em pouco tempo, Apple e Android controlavam 99,9% da fatia global. O Windows Phone não conseguiu conquistar relevância significativa, sendo descontinuado alguns anos depois.

A tentativa tardia de recuperar o espaço perdido foi insuficiente para competir com os gigantes já estabelecidos.

“Ainda somos líderes”

Apesar do revés bilionário, Bill Gates destacou que a Microsoft continua a ser uma empresa líder em diversas áreas. No entanto, ele reconhece que o fracasso no mercado de dispositivos móveis foi um golpe significativo.

Se tivéssemos conquistado o segundo lugar nos dispositivos móveis, nós seríamos a empresa”, afirmou. Mesmo assim, o tom de sua fala sugeriu que ele já aceitou o ocorrido. “Mas tudo bem”, disse ele, em tom de resignação.

Hoje, Bill Gates concentra grande parte de sua atenção na filantropia, por meio da Fundação Bill e Melinda Gates. Com uma fortuna estimada em US$ 158 bilhões, ele se dedica a causas sociais e humanitárias, mantendo sua influência no cenário global.

Embora a Microsoft tenha perdido essa batalha específica, a empresa segue forte em outros setores, como serviços em nuvem, inteligência artificial e software empresarial.

Mas o que fica evidente é que até os maiores nomes da tecnologia podem cometer erros, e nem sempre há como voltar atrás para corrigi-los.

Empresa de energia nuclear de Bill Gates anuncia progresso

Além de refletir sobre os erros do passado, Bill Gates segue investindo em projetos que podem moldar o futuro da humanidade.

Um dos exemplos mais promissores é a TerraPower, sua empresa voltada para inovação no setor nuclear, que anunciou recentemente avanços significativos no desenvolvimento do reator Natrium.

Este reator, pioneiro nos Estados Unidos, utiliza tecnologia de resfriamento à base de sódio e promete revolucionar a geração de energia limpa e eficiente.

Mais um marco importante foi alcançado com a emissão de contratos críticos para a construção do Sistema de Invólucro do Reator (RES), além de acordos para o fornecimento de urânio de alta qualidade para abastecer a usina.

Entre os principais parceiros selecionados para contribuir com o projeto está a empresa espanhola Ensa, que assumiu a responsabilidade pela fabricação da cabeça do reator.

Esse componente é essencial para a segurança e a operação eficiente do sistema Natrium, que combina geração de 345 MW de energia com um inovador sistema de armazenamento térmico à base de sal.

Essa tecnologia permitirá que a produção atinja picos de 500 MW, fornecendo energia adicional durante momentos de alta demanda e garantindo estabilidade na rede elétrica.

Além da Ensa, outros fornecedores globais também foram escolhidos para entregar componentes-chave. A Doosan Enerbility, da Coreia do Sul, será responsável pelo barril central e outros suportes estruturais críticos.

Já a HD Hyundai fabricará o recipiente do reator, e a canadense Marmen fornecerá o plugue giratório, peça indispensável para o funcionamento do sistema.

Esses avanços refletem o compromisso da TerraPower em impulsionar soluções energéticas sustentáveis, ao mesmo tempo que destacam o papel da colaboração internacional no desenvolvimento de tecnologias avançadas.

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José Carlos
José Carlos
14/01/2025 02:39

Energia “portátil”, um caminho a seguir. A Rússia tem a sua usina nuclear flutuante. JoseJosé

Manoel Cruz
Manoel Cruz
14/01/2025 16:34

Enquanto isso, aqui no Brasil, continuamos ARENGANDO em igrejas esperando por “soluções” mágicas e milagrosas!

Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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