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Início Após anos do início da negociação, Petrobras vende fábrica de fertilizantes do Mato Grosso do Sul para empresa russa

Após anos do início da negociação, Petrobras vende fábrica de fertilizantes do Mato Grosso do Sul para empresa russa

5 de fevereiro de 2022 às 15:59
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Petrobras, Mato Grosso do Sul, fertilizantes
Foto: Reprodução Google Imagens – Moneytimes)

É confirmada pela Petrobras a venda da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN3), no Mato Grosso do Sul 

Baseado no anúncio da Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Tereza Cristina, o G1 MS divulgou que a unidade de fertilizantes nitrogenados da Petrobras (UFN 3), na cidade de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, foi vendida à empresa russa Acron.

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Na última sexta-feira (04/02), enquanto eram lançados pacotes de obras de R$ 70 milhões para macrodrenagem e pavimentação na cidade ao leste do Mato Grosso do Sul, a informação à respeito da venda foi divulgada: “Acabamos de receber a notícia que a Petrobras concluiu a venda da UFN3 para a Acron e já estamos avançando com o complemento dos entendimentos com o governador Reinaldo Azambuja”, afirmou a ministra.

Já havia sido previamente dito pelo governador que a transação para a venda da indústria de fertilizantes da Petrobras se encontrava em estágio avançado. “Esse empreendimento é de extrema importância para o Mato Grosso do Sul, tanto para recuperação da economia do município como para a autossuficiência que a fábrica poderá trazer em fertilizantes, dado que nosso Estado é dependente altamente deste insumo”, frisou Reinaldo Azambuja.

Em nota para o G1, a Petrobras confirmou a venda de sua indústria de fertilizantes no Mato Grosso do Sul: “A Petrobras esclarece que a assinatura do contrato de venda depende ainda de tramitação na governança da Petrobras, após as devidas aprovações governamentais. A Petrobras reforça o seu compromisso com a ampla transparência de seus projetos de desinvestimento e de gestão de seu portfólio e informa que as etapas subsequentes do projeto serão divulgadas de acordo com a Sistemática de Desinvestimentos da companhia”.

Sobre a unidade de fertilizantes no Mato Grosso do Sul

Em 2011 iniciou-se a construção da fábrica de fertilizantes, entretanto, foram paradas no final do ano de 2014, época em que a Petrobras quebrou o acordo com o consórcio que havia vencido a licitação para realizar a obra, justificando inadimplência do contrato.

No dia 11 de fevereiro de 2017, a Petrobras publicou que a UFN3 e a Araucária Nitrogenados S.A. (Ansa), no Paraná, estavam sendo colocadas à venda. A ação integrava a estratégia de desenvolvimento da estatal e de saída da produção de fertilizantes no Brasil. Em maio de 2018, após mais de um ano, a Petrobras declarou em comunicado de mercado que as negociações exclusivamente com a companhia russa Acron seriam iniciadas dentro do prazo de 90 dias.

Já com a venda encaminhada da unidade do Mato Grosso do Sul, em junho do mesmo ano, o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, através de uma liminar, proibiu o governo de realizar a privatização de estatais sem autorização prévia do Congresso.

Em junho de 2019, o plenário do STF optou por manter a decisão do ministro sobre as estatais, porém, autorizou a venda das subsidiárias, as subdivisões das “empresas-mães”, sem a necessidade de aval do Poder Legislativo.

Logo depois, a Petrobras informou ao mercado que retomaria o processo de venda da fábrica de fertilizantes do Mato Grosso do Sul e também da Ansa. “Dessa forma, a Petrobras está retomando o processo competitivo para a venda dessas unidades”, afirmou a empresa, acrescentando que “a operação está alinhada à otimização do portfólio e à melhoria da alocação do capital da companhia”.

Inicialmente, a Petrobras colocou a UFN3 à venda há mais de 4 anos, em 2017, sob o argumento de que não possuía mais interesse em permanecer no segmento de fertilizantes. O grupo da Rússia demonstrou que desejava comprar a fábrica, mas logo voltou atrás na decisão, em razão do empecilho para fornecimento de gás natural, que seria importado da Bolívia. No momento, a companhia finaliza novamente a negociação deste ativo estratégico no Mato Grosso do Sul.

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