A disputa global das potências mundiais, principalmente China e Estados Unidos, pelos microchips e a ascensão surpreendente de uma empresa desconhecida. Saiba mais!
Em um mundo onde a tecnologia domina nossas vidas, desde acender uma lâmpada LED até realizar pagamentos com cartões bancários, os microchips são elementos cruciais e indispensáveis. Embora muitas pessoas desconheçam os detalhes por trás dessas pequenas peças, a fabricação e o controle desses componentes são disputados ferozmente por potências mundiais como os Estados Unidos e a China. No entanto, uma empresa relativamente desconhecida tem emergido como líder nesse setor, ameaçando as grandes nações tecnológicas, de acordo com o vídeo do canal Conhecimento Global.
Microchips: a ascensão de um novo poder
Desde a invenção das válvulas de diodo em 1904 até o surgimento dos transistores e a criação dos microchips, a evolução tecnológica tem sido constante e impressionante. O engenheiro Jack Kilby, da Texas Instruments, deu um passo monumental em 1958 ao criar o primeiro circuito integrado, uma invenção que abriu caminho para o desenvolvimento de computadores pessoais, celulares e inúmeros outros dispositivos.
No entanto, o que realmente impulsionou essa revolução foi a evolução das máquinas que fabricam os microchips. A fabricação começa com um material simples e abundante, o silício, que é extraído da areia e transformado em cilindros precisos, posteriormente fatiados em discos conhecidos como wafers. A etapa crucial é a litografia, onde os circuitos são “impressos” nos discos de silício usando luz ultravioleta.
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ASML: a gigante empresa ‘invisível’ de tecnologia que amedronta até mesmo a China e os Estados Unidos
Entre as empresas que se destacam na fabricação dessas máquinas de litografia, a ASML, sediada nos Países Baixos, é uma das mais proeminentes. Fundada em 1984 como uma joint venture entre a Philips e a Advanced Semiconductor Materials International (ASMI), a ASML começou de forma humilde em um galpão com goteiras. Em menos de um ano, a empresa lançou sua primeira máquina de litografia para produção de microchips, marcando o início de uma trajetória de sucesso.
A ASML se destaca principalmente pela tecnologia de litografia EUV (Extreme Ultraviolet), que utiliza um comprimento de onda extremamente curto para fabricar microchips menores e mais potentes. Esse avanço tecnológico é fundamental para a produção de chips de alta capacidade, usados em dispositivos complexos como os iPhones mais recentes.
Em 2016, a ASML lançou a máquina TwinScan NXR, considerada a mais valiosa do mundo, com um preço de aproximadamente 200 milhões de dólares. Esta máquina é tão complexa e sensível que sua fabricação e montagem envolvem um processo logístico elaborado, que inclui transporte em 20 caminhões e três Boeings 747.
Supremacia da ASML: quem são China e EUA?
A supremacia da ASML na tecnologia EUV a torna uma peça-chave na disputa tecnológica entre os Estados Unidos e a China. A empresa detém um vasto portfólio de patentes, o que dificulta a entrada de novos concorrentes no mercado. A China, em particular, tem investido pesadamente para desenvolver sua própria indústria de microchips, mas enfrenta desafios significativos para alcançar o nível de tecnologia da ASML.
O governo dos Países Baixos tem desempenhado um papel crucial nessa disputa, seguindo as diretrizes dos Estados Unidos para restringir a venda de máquinas EUV para a China. Em 2018, uma licença de exportação para uma empresa chinesa foi revogada após pressões do governo americano, ilustrando a complexidade geopolítica envolvida.
O futuro da ASML e a competição global
Com investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento, a ASML mantém sua liderança no mercado global de litografia. Parcerias estratégicas com gigantes como TSMC, Samsung e Intel, responsáveis por 84% do faturamento da ASML, reforçam sua posição.
No entanto, a competição global está longe de ser resolvida. A China continua a investir bilhões de dólares na tentativa de criar uma tecnologia semelhante, enquanto os Estados Unidos implementam políticas para proteger e incentivar a indústria doméstica de microchips.