Segundo fontes, a Shell deve divulgar um grande plano de reestruturação para cortar custos na divisão de petróleo e gás e firmar investimentos no setor de energia renovável, com vistas na transição energética
O cenário de transição energética está cada vez mais forte no mundo e grandes companhias de petróleo e gás estão buscando redirecionar seus investimentos para o setor de energia renovável. Seguindo o exemplo das gigantes BP e Total, a Shell está planejando o corte de 30% a 40% de custos operacionais e em recursos em novos projetos, segundo fontes à Reuters.
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Segundo as fontes, a Shell deve anunciar uma grande reestruturação até o final de 2020, talvez a maior da história moderna da companhia, que reflete movimentos recentes para reduzir seu foco na exploração e produção de petróleo e gás na próxima década e construir novos modelos de negócios no ramo de energia renovável.
De acordo com um porta-voz da Shell em comunicado, a empresa está passando por uma revisão estratégica da organização, com o objetivo de garantir que esteja preparada para prosperar durante a transição energética e que está analisando uma série de opções e cenários neste momento.
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Estimado para ser finalizado esse ano, o plano de reavalização de custos da Shell, denominado de “Projeto Reshape”, deve atingir três principais áreas e tem finalidade de cortes à meta de 4 bilhões de dólares definida no começo da crise do coronavírus.
Principais áreas a serem atingidas pelo plano de corte de custos da Shell
No setor de produção de petróleo e gás, a Shell deve focar em apenas poucas regiões cruciais, como o Golfo do México, a Nigéria e o Mar do Norte, segundo as fontes.
Ainda de acordo com as fontes, na área de distribuição de combustíveis, o corte de custos deve acontecer na rede de 45 mil postos da Shell, a maior do mundo.
Na área de gás da companhia, também haverá custos no que se refere às operações de Gás Natural Liquefeito (GNL) e a produção de gás, conforme abordado pelas fontes.
Petroleiras tem focado no mercado global de energia renovável
A Shell não é a única grande petroleira que está adaptando seus projetos à transição energética. A BP (British Petroleum), Total e outras na Europa anunciaram planos de negócio em direção a operações no mercado de energia renovável, ao passo que clientes, governos e investidores pedem cada vez mais mudanças para um cenário de baixo carbono.