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Rússia quer ampliar presença no Brasil com foco em urânio e lítio

Escrito por Carla Teles
Publicado em 08/05/2025 às 21:11
Rússia quer ampliar presença no Brasil com foco em urânio e lítio
A Rússia quer explorar urânio e lítio no Brasil, dois minerais supervaliosos para energia limpa e baterias. Essa parceria pode colocar o Brasil no centro da transição energética global.

Estatal russa Rosatom negocia exploração de minerais estratégicos em solo brasileiro durante visita de Lula a Moscou

Durante a visita oficial do presidente Lula à Rússia, a estatal russa Tenex, braço comercial da Rosatom, revelou interesse em explorar reservas brasileiras de urânio e lítio. A proposta foi discutida em reunião com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e visa estreitar laços estratégicos em setores-chave da transição energética.

Brasil na rota global dos minerais críticos

O Brasil tem se consolidado como um dos países com maior potencial de fornecimento de minerais essenciais para a transição energética global. Segundo o Ministério de Minas e Energia, o país abriga cerca de 280 mil toneladas de urânio, uma das maiores reservas do mundo, mas ainda pouco aproveitada economicamente. Além disso, o território nacional está entre os seis maiores produtores de lítio, com destaque para o Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, conhecido como “Vale do Lítio”.

A reunião entre o ministro Silveira e o CEO da Tenex, Sergey Polgorodnik, reforça a relevância geopolítica dos recursos naturais brasileiros. Conforme publicado pelo portal Eixos, a empresa russa sinalizou intenção de estabelecer parcerias de longo prazo com o Brasil, envolvendo não apenas mineração, mas também aplicações estratégicas em energia nuclear.

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Urânio e lítio ganham protagonismo nas relações bilaterais

O movimento russo ocorre em um momento de crescente demanda por urânio e lítio no mundo. O urânio é insumo essencial para o funcionamento de usinas nucleares, enquanto o lítio é peça-chave na fabricação de baterias de veículos elétricos e sistemas de armazenamento de energia. A Rosatom, por meio da Tenex, já mantém contratos ativos com o Brasil, como o recente acordo entre a INB (Indústrias Nucleares do Brasil) e a Internexco GmbH, do mesmo grupo russo.

Esse contrato, firmado em março, prevê a exportação de 275 mil quilos de concentrado de urânio de Caetité (BA) para enriquecimento na Rússia. O material retornará ao Brasil até 2027, sendo destinado ao abastecimento da usina nuclear de Angra dos Reis, conforme detalhado pela própria INB em seu portal oficial.

Potencial estratégico do Brasil atrai novos acordos

A movimentação internacional em torno do urânio e lítio brasileiros reforça a urgência de investimentos em infraestrutura, regulação e tecnologia para garantir que os benefícios dessa cadeia produtiva permaneçam no país. O ministro Silveira reiterou o compromisso do governo em desenvolver a cadeia nacional de energia limpa, ao mesmo tempo em que reforça a soberania sobre os recursos minerais estratégicos.

De acordo com o portal Eixos, o Brasil busca não apenas exportar matéria-prima, mas também internalizar etapas de maior valor agregado, promovendo empregos e inovação no setor energético.

Caminho aberto para futuras cooperações

A expectativa é de que novas rodadas de negociações entre Brasil e Rússia avancem nos próximos meses, especialmente nas áreas de tecnologia nuclear e transição energética. A visita de Lula ao país serviu de palco para reforçar a diplomacia mineral e estabelecer pontos de contato que podem se transformar em investimentos concretos nos próximos anos.

Com as discussões em curso, urânio e lítio se consolidam como peças centrais no tabuleiro geopolítico do Brasil, aproximando o país de potências que enxergam no território nacional uma oportunidade estratégica para suprir demandas globais por energia limpa.

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Carla Teles

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