1. Início
  2. / Economia
  3. / Rodovias (BRs) terão pedágios que mudam de preço conforme o horário! Medida segue o que é feito em outros países
Localização SC Tempo de leitura 5 min de leitura Comentários 36 comentários

Rodovias (BRs) terão pedágios que mudam de preço conforme o horário! Medida segue o que é feito em outros países

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 03/11/2024 às 02:57
Nova proposta da Fiesc pode trazer pedágios com preços dinâmicos para o Brasil, incentivando viagens fora do pico e economizando para motoristas.
Nova proposta da Fiesc pode trazer pedágios com preços dinâmicos para o Brasil, incentivando viagens fora do pico e economizando para motoristas.

Federação sugere a adoção de pedágios com tarifas variáveis nas rodovias, como já ocorre em países como Japão e EUA. O modelo incentivaria o tráfego fora dos horários de pico e traria melhorias em infraestrutura.

Imagine pagar um pedágio mais barato em horários de menor movimento e economizar na viagem apenas ajustando seu percurso ao longo do dia.

Essa realidade, já presente em algumas partes do mundo, pode estar cada vez mais próxima das rodovias brasileiras.

Em um documento recente, a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) propôs uma ideia que promete revolucionar o sistema de concessões e impactar diretamente o cotidiano dos motoristas.

ACESSÓRIOS PARA VEÍCULOS - MERCADO LIVRE
CAVALO-DE-PAU NA BAHIA
O incrível registro fotográfico dos primórdios da produção de petróleo no mar no Brasil
Ícone de Episódios Saiba Mais

Essa ideia é a cobrança de pedágios com tarifas variáveis conforme o horário. Será que essa medida vai realmente ajudar a reduzir o tráfego e os custos para os usuários?

Nova proposta para pedágios em Santa Catarina

Em busca de melhorias para as rodovias federais de Santa Catarina, a Fiesc enviou ao Ministério dos Transportes e à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) um documento que sugere a implementação de pedágios variáveis nas BRs 101 Norte e 116.

A proposta de pedágio variável pretende incentivar o tráfego fora dos horários de pico, reduzindo a sobrecarga em momentos de maior movimentação e promovendo uma maior fluidez nas estradas.

Segundo a Fiesc, a prática pode diluir o fluxo de veículos e melhorar a experiência de quem trafega pelas rodovias federais do estado.

Exemplos internacionais e resultados positivos

A ideia não é inédita e já foi testada em países como os Estados Unidos e o Japão. Na Flórida, por exemplo, a ponte Midpoint Memorial utiliza um modelo de pedágio variável.

Já no Japão, a via expressa Bay AquaLine, que inclui ponte e túnel, também testou a cobrança dinâmica.

Em ambos os casos, os resultados foram considerados positivos, incentivando o trânsito em horários alternativos e, ao mesmo tempo, reduzindo os congestionamentos.

Esses modelos internacionais inspiraram a Fiesc a propor um sistema semelhante para as rodovias catarinenses.

A entidade acredita que, além de distribuir melhor o tráfego, o modelo pode garantir tarifas mais justas para os usuários que optarem por viajar em horários de menor demanda.

Dois modelos de pedágio variável

A Fiesc sugere duas possíveis abordagens para a cobrança dos pedágios variáveis:

Tarifa programada: com valores previamente determinados para horários específicos, permitindo que os motoristas planejem suas viagens conforme as variações de preço.

Tarifa dinâmica: que exige tecnologia mais avançada e permite ajustes constantes nos preços, conforme o volume de tráfego em tempo real.

    A tarifa dinâmica, embora mais complexa, possibilita maior flexibilidade e ajusta o custo da viagem de acordo com o fluxo de veículos.

    Segundo a Fiesc, essa modalidade ajudaria a evitar filas e congestionamentos de forma ainda mais eficaz, já que o preço do pedágio flutuaria em intervalos curtos.

    Obras e melhorias planejadas para as BRs 101 e 116

    Além do novo modelo de pedágio, a Fiesc também propôs uma série de obras para modernizar e melhorar a infraestrutura das rodovias em questão.

    Entre as melhorias sugeridas estão o aumento no uso de tecnologias de monitoramento, a implementação do sistema de pedágio “free-flow” (sem a necessidade de parada para pagamento) e a adaptação das vias para condições climáticas diversas.

    Na BR-101, por exemplo, uma das obras previstas envolve a construção de um viaduto em Joinville, na região da Expoville, que promete aliviar o tráfego local.

    Essas melhorias visam transformar as rodovias catarinenses em vias mais seguras, modernas e preparadas para o tráfego intenso, além de garantir que as condições de viagem estejam à altura das necessidades dos motoristas.

    Tecnologia para um pedágio eficiente

    Para que o modelo de pedágio variável funcione, será necessário um investimento em tecnologia.

    A tarifa dinâmica, especialmente, demanda a instalação de sistemas de monitoramento avançados, capazes de avaliar o fluxo de veículos em tempo real e ajustar automaticamente o valor do pedágio.

    De acordo com a Fiesc, o uso dessas tecnologias nas concessões brasileiras seria um passo importante para modernizar as rodovias, alinhando o país às práticas mais eficientes e modernas de gestão de tráfego.

    Impacto no bolso e no trânsito dos motoristas

    A proposta da Fiesc promete beneficiar diretamente quem está disposto a ajustar seu horário de viagem para economizar no pedágio.

    Os motoristas poderão decidir entre horários mais baratos, contribuindo para uma distribuição mais equilibrada do tráfego.

    Essa política, segundo os defensores, permitirá que as rodovias operem de maneira mais eficiente, evitando o estresse dos congestionamentos e incentivando um fluxo de trânsito mais constante.

    Por outro lado, o modelo proposto exige que os motoristas se adaptem a um sistema mais flexível de cobrança, o que pode gerar certa resistência inicial.

    A variação nos valores, dependendo do horário, representa uma nova mentalidade de viagem que ainda precisa ser aceita pelo público brasileiro.

    Próximos passos e análise do Ministério dos Transportes

    No momento, o Ministério dos Transportes e a ANTT estão analisando o documento apresentado pela Fiesc.

    A decisão sobre a adoção desse modelo de pedágio variável ainda depende de aprovações e ajustes legais.

    Se implementado, o sistema pode redefinir a forma como as concessões rodoviárias operam no Brasil, oferecendo uma alternativa que, segundo a Fiesc, pode beneficiar tanto motoristas quanto as empresas concessionárias.

    Será que a tarifa de pedágio variável se tornará uma realidade nas estradas brasileiras? E você, estaria disposto a ajustar o horário da sua viagem para economizar no pedágio?

    Seja o primeiro a reagir!
    Reagir ao artigo
    Inscreva-se
    Notificar de
    guest
    36 Comentários
    Mais antigos
    Mais recente Mais votado
    Feedbacks
    Visualizar todos comentários
    Diogenes
    Diogenes
    03/11/2024 12:41

    No Brasil eles aumentaria para horário de pico e deixariam o valor que está para a calmaria.

    Avenir f. M. Araujo
    Avenir f. M. Araujo
    03/11/2024 15:14

    Brasil país de quinto mundo do e vcs querem igualar a países de primeiro mun do só na roubalheira poluticos canalhas

    Luiz
    Luiz
    03/11/2024 15:52

    Quem vai gostar é a bandidagem que vai ter um maior movimento nas madrugadas, já que o preço do pedagio com certeza vai ser mais barato.

    Paulo Victor braun
    Paulo Victor braun
    03/11/2024 17:25

    Resumindo. Se o usuário pega trânsito, paga mais.
    Conveniente para a concessionária. Vão usar o horário de pico para fazer reparos, interditar faixas sem necessidade, fazer o possível para que a sua passagem seja a mais longa possível para ganhar mais.

    Carlos Rodrigues
    Carlos Rodrigues
    03/11/2024 19:19

    Isto não é novidade nós ano 60 as estradas estaduais de São Paulo, pedágio era mais barato no período da madrugada da meia noite as seis da manhã, deveria voltar

    Alonso de Toledo
    Alonso de Toledo
    Em resposta a  Carlos Rodrigues
    04/11/2024 22:18

    Isso causava muitos acidentes. Os motoristas aceleravam para aproveitar os últimos momentos de tarifa baixa. Também estacionavam nos acostamentos um pouco antes da meia noite, ou reduziam a velocidade ao extremo para pegar a tarifa mais barata. Pior eram as discussões porque um carro pagava mais ou menos que o anterior.

    Alisson Ficher

    Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

    Compartilhar em aplicativos
    0
    Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x